Por: Venâncio Mondlane
A Renamo para as eleições 2023 portou-se como um estudante com alta experiência de repetir a mesma classe. Mas, desta vez, procurou "tapar todos os furos": formou a sua gente, preparou delegados de candidatura atempadamente, fiscalizou todas as mesas e implementou uma estratégia de contagem paralela sem precedentes. No fim, conseguiu ter resultados das mesas - apuramento parcial - muito antes da TVM e dos Órgãos eleitorais.
Esta planificação e estratégia é que levou a vitória inquestionável da perdiz nas principais e mais importantes autarquias em 2023, com destaque para as maiores cidades do País com excepção do caldeirão do chiveve: Maputo, Matola e Nampula. Mas, mesmo perante evidências documentais, actas e editais, o venenoso frelimicídio foi implementado ora usando a força brutal da polícia, ora ordenando os Órgãos eleitorais a rasurar e falsificar resultados e, no final da picada, instruindo o Conselho Inconstitucional a realizar o golpe de misericórdia: colocar a coroa sobre a cabeça do chefe da máfia.
Desta vez, tudo que não foi feito com sucesso deste o distrito até a CNE, a mamã Lúcia tratou dos acabamentos, chegando a incrível inovação de mexer nos números, fazer trabalho operacional que não é e nunca foi competência de um órgão daquela dimensão que tem atribuição de apreciar apenas decisões e procedimentos (competência jurisdicional).
Nestas repetições de eleições, dia 11 de Dezembro de 2023, o venenoso frelimicídio voltou à ribalta mas com maior intensidade. Em Marromeu, como um papel químico, se repetiu o mesmo cenário de Maputo e Matola, os resultados saídos da mesa foram rasurados e adulterados. Antes da consumação de tal bandidagem um ingrediente foi usado como tempero habitual: interromper a contagem de votos, recusar assinar editais e produzir novos resultados de forma mágica e diabólica.
Em paralelo aos resultados rasurados, o venenoso frelimicídio, desta vez, sobretudo em Gurué, colocou forças anti-motins - Unidade de Intervenção Rápida - no recinto dos postos de votação, violando grosseiramente a lei, espancou delegados de candidatura da oposição, torturou cidadãos indefesos e disparou contra população causando mortos e feridos ainda por apurar a magnitude.
Estimados irmãos, Moçambicanos e Moçambicanas! Perante este figurino é muito justo e certeiro dizer que o venenoso frelimicídio matou a democracia. Aboliram eleições. Instalaram ditadura pura e crua.
Assim, só um e exclusivo caminho nos resta: UMA REBELIÃO A ESCALA NACIONAL até a queda do regime.