Desde às 15 horas do dia 26 do presente mês que a situação social, económica e militar na Localidade de Pangane e no Posto Administrativo de Mucojo-Sede, no distrito de Macomia, na Província de Cabo Delgado, encontra-se complexa e complicada, uma vez que um dia após a celebração do dia da família, homens armados em número não especificado atacaram posições militares nos locais acima descritos, criando o rompimento da circulação de veículos, passageiros e bens.
Conforme fontes locais, as perdas nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) foram várias, onde foi levado um blindado e o outro incendiado pelos terroristas. Apesar dos terroristas terem reivindicado a morte de nove militares moçambicanos, populares revelaram que em Pangane e Mucojo-Sede é possível verificar corpos de militares espalhados pelo chão e que foram recolhidos pelas Forças armadas do Botswana e Tanzânia com destino para Pemba.
De acordo com dados colhidos pela “Integrity”, a região ora atacada já não aconteciam ataques terroristas, uma vez que havia um “tratado de não agressão entre os terroristas, a população e os militares escalados para aquela região”, facto que veio a mudar entre os dias 01 e 02 de dezembro do presente ano, quando foi enviada uma nova Força militar para aquela região, tendo reacendido o ambiente nos dois locais.
Sobre o ataque, fontes militares das FADM confirmam a situação, mas não avançam detalhes alegadamente porque ainda não existem ordens superiores para que se pronunciem, seja em conferência de imprensa ou mesmo por meio de comunicado de imprensa enviado às redacções.
De referir que apesar do discurso oficial trazer aspectos ultra-positivos, o facto é que a situação em Cabo Delgado continua sinuosa, concretamente em Macomia e algumas aldeias de Mocímboa da Praia, onde os terroristas não querem que haja qualquer autoridade militar, governamental e muito menos da sociedade civil. (O.O.)
INTEGRITY – 28.12.2023