Moçambique assinou um acordo com um consórcio liderado pela gigante energética francesa EDF para construir o novo projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, no valor de 5 mil milhões de dólares, disse o governo na quarta-feira, que procura aproveitar a energia de um dos maiores rios de África.
A barragem e a central hidroeléctrica serão construídas ao longo do rio Zambeze, na província de Tete, centro de Moçambique, e irão gerar 1.500 megawatts de energia numa primeira fase.
“Este é o primeiro passo concreto para Moçambique capitalizar o imenso potencial hidroeléctrico do rio Zambeze e outros recursos energéticos do país”, disse o ministro da Energia de Moçambique, Carlos Zacarias, num comunicado.
A nova barragem fornecerá electricidade de baixo custo ao país da África Austral e ajudará a posicioná-lo como um exportador regional de energia limpa e renovável, acrescentou.
A barragem ligará Tete à capital Maputo através de uma linha de transmissão de cerca de 1.300 km. A primeira turbina deverá entrar em funcionamento até 2031, disseram autoridades durante uma cerimónia de assinatura com a presença de altos funcionários do governo francês e moçambicano, incluindo o Presidente Filipe Nyusi.
A maior barragem de Moçambique, Cahora Bassa, também localizada no rio Zambeze, já fornece energia a África do Sul, país mais industrializado de África, que luta contra os piores cortes de energia de que há memória.
O consórcio vencedor liderado pela EDF é composto pela TotalEnergies e pela Sumitomo Corporation, e irá desenvolver, construir e operar o projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.
O consórcio franco-japonês é o accionista maioritário, com uma participação de 70% no empreendimento, enquanto a concessionária de energia de Moçambique EDM e a Hidroeléctrica da Cahora Bassa (HCB) ficarão com os restantes 30%.
VOA - 13.12.2023
NOTA: Cahora Bassa custou a Moçambique cerca de 950 milhões de dólares americanos. Façam as comparações e vejam se Cahora Bassa não foi a maior oferta que Moçambique já teve até hoje. Não fora Cahora Bassa e Moçambique estaria ainda hoje às escuras. Esta é a realidade.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE