A Eni Rovuma Basin (ERB) anuncia o início da produção de óleo vegetal que será utilizado como matéria-prima no bio refinarias da Eni na Itália.
Que mais te irá acontecer povo de Moçambique?? Quem te deveria proteger o teu governo fica lá no Maputo a receber as rendas e tu sofres, sofres e só mais pobres vais ficando.
O óleo vegetal que é extraído de subprodutos de fábricas locais de agro-processamento, está certificado de acordo com os padrões ISCC-EU (International Sustainability Carbon CertificationEurpean Union), que garantem que os insumos para a produção de bio-combustíveis são produzidos de forma sustentável e permitem a rastreabilidade, o respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos.
Em Moçambique o governo se nega a subsidiar o fertilizante, NPK custa 100 milhões de USD anualmente, ao contrário do Malawi e da África do Sul, que conseguiram subir as produções de 1000 kgs para 3000 ou 4000 kgs por hectare.
Toda a agricultura em Moçambique é baseada na queima e derruba da floresta, as produções são cerca de 1000 kgs por ha, há uma destruição permanente do ecossistema, as famílias após 2 ou 3 anos abandonam as terras e vão queimar para outro lado.
Onde a ENI está a respeitar o meio ambiente e os direitos humanos se estão a ser destruídas as florestas e estão a tirar o Óleo alimentar da boca das crianças Moçambicanas?
Como a ENI com a União Europeia têm a vergonha de dizer que estão certificados pelos padrões de sustentabilidade ISCC-EU? Quando toda a agricultura é baseada na destruição da floresta com o "Slash and Burn"?
Sim, a semente de algodão que a ENI comprou para produzir óleo nada tem de sustentável, o algodão é produzido sem fertilizante, só usando químicos contra as pragas, de 2 em 2 anos, mais área é aberta em zonas de floresta, derrubando e queimando.
Essa semente de algodão era usada para produzir óleo para o povo de Moçambique e assim vai encher o depósito dos ricos em Itália.
Em Moçambique o óleo alimentar é mais caro que na Europa, cerca de 2 usd por litro quando em Portugal custa 1,5 usd por litro.
O Indiano comprou as instalações no Monapo do Entreposto de produção de Óleo alimentar para as fechar e importar o Óleo de Palma da Indonésia e da Malásia, quase todo o óleo alimentar que se consome em Moçambique é importado e a ENI vem buscar o Óleo alimentar da boca das crianças Moçambicanas para encher os depósitos dos carros em Itália?
Porque não enchem os depósitos dos carros em Moçambique com biodiesel de Moçambique e é necessário importar diesel que contribui para agravar as alterações climáticas?
Já não chega os Moçambicanos continuarem a ver o gás natural da Sasol de Inhambane e de Palma da ENI a ser roubado e eles a destruírem as suas florestas para produzirem carvão se querem cozinhar a comida?
Morrem nos ciclones por causa da desflorestação e o governo vem dizer que a culpa dos 1000 mortos do Idai é devido às alterações climáticas.
Senhores da ENI, máfia Italiana não podem continuar a sustentar um dos governos mais Corruptos, Cleptocratas do mundo da Frelimo do Maputo.
A Sra. Meloni visitou Moçambique um dia, durante a fraude eleitoral das eleições autárquicas, nada disse sobre a democracia em Moçambique, a Europa não pode querer continuar a fazer de conta que há democracia em Moçambique.
Anda ocupada com a guerra na Ucrânia e na Palestina, mas o Moçambicano também é gente e quer viver em democracia como o Italiano ou o Português.
35 milhões de Moçambicanos não suportam mais tanta fome, tanta miséria.
Moçambique tem condições excelentes para produzir oleaginosas, o seu povo está disponível para trabalhar e produzir, mas sem haver fertilizantes e sementes melhoradas a um custo que eles possam comprar, nada se consegue fazer, só estão a agravar a pobreza e a fome.
O fertilizante, NPK tem que ser subsidiado a 30% como faz o Malawi para acabar com a Agricultura de queima e derruba e iniciar a revolução verde que tirou o mundo da fome.
Não, não e não, parem de roubar e tirar a comida ao povo de Moçambique.
A velha Chica sabia mas não dizia a razão de tanta pobreza e tanto sofrimento.
Che minino, não fala política, não fala politica.
Pedro Mesquita