Depois da prisão de Noralamin Golam, mais conhecido por Nuro Golam, pela FBI, a polícia Portugal abriu uma investigação contra os moçambicanos residentes em Portugal.
A polícia judiciária ( PJ ), quer saber de onde vêm os fundos para os investimentos de todos moçambicanos que obteram vistos de residência em Portugal nos últimos 7 anos. O objetivo é saber a proveniência de dinheiro dos investimentos que os moçambicanos fizeram nos últimos anos. Conforme a PJ, os investimentos são milionários, desde hotéis, lares de idosos, apartamentos de luxo e muitos prédios.
Nuro Golam, foi preso a mais de 14 dias nos Estados Unidos, com o seu assessor João Jorge. Foi apreendido na sua posse, telemóveis e um laptop.
A polícia Americana, já tinha o Nuro na mira há algum tempo e acabou fazendo um plano para conseguir recolher provas dos negócios fraudulentos.
Conforme a Polícia Judiciária, o Nuro é uma ponta de iceberg, ainda tem muitos Moçambicanos que chegaram e do nada começaram a investir valores absurdos sem se saber de onde veio este dinheiro.
A polícia Judiciária neste momento, quer fazer um trabalho com as autoridades Moçambicanas, para investigar os rendimentos dos últimos 10 anos destes Moçambicanos e saber se os investimentos que fizeram em Portugal, fazem jus aos rendimentos.
“Precisamos saber como este dinheiro chegou a Portugal, se foram pagos impostos e precisa se saber também, como vivem estes imigrantes, muitos têm vistos de trabalho mas não fazem nada”. Disse-nos uma fonte da PJ.
Sabe se que Nurolamin Golam, também fez investimentos milionários em Moçambique nos ultimos anos. Chegou a comprar um prédio na Baixa da cidade de Maputo por cerca de 8 milhões de usd. Valor este que foi pago fora do País, este valor da venda deste imóvel nunca chegou a ser depositado em Nenhum banco Moçambicano. O ex proprietário deste prédio, Altaf Mussa, é um senhor que é conhecido como um dos maiores agiotas de Moçambique, investiu muito dinheiro em Portugal e acredita se que nunca pagou impostos de exportação de fundos em Moçambique. Acredita se que este senhor, Altaf Mussa, também tem ligações com Nuro no negócio de lavagem de dinheiro, branqueamento de capitais e agiotagem.
A fonte da PJ, disse nos também, que o senhor Toni, um Moçambicano que tem alguns edifícios em Moçambique, os edifícios Jat, também tem ligações com o Nuro Gulam.
Outro Moçambicano que levantou muita suspeita da polícia nos últimos meses, é o genro do ex ministro das financas moçambicano Manuel Chang, acredita se que este também tem ligações com o Nuro Gulam através de um sócio seu de nome Adil Hashim.
A PJ, disse que a zona das colinas em Odivelas, virou um centro de Moçambicanos, a maioria ligada a negócios obscuros. “Desde que estes Moçambicanos chegaram, os apartamentos subiram o preço 100% a 150%. Os apartamentos de custavam 300 mil Euros hoje estão perto de 1 milhao de Euros, nós portugueses não temos como comprar por estes preços “. Disse nos a fonte da PJ.
Muitos destes Moçambicanos, investem em lares de idosos e usam estes lares como centros de lavagem de dinheiro.
“Ha Moçambicanos, que investiram em hoteis, temos o exemplo da família Masa, que são famíliares do Nuro Golam. Esta família sempre viu se envolvida em escândalos de negócios de droga, na década 80, mais precisamente em 1986 a 1987, já teve um dos membros presos por tráfico de droga em Portugal. Hoje esta família, aparecem como uns Tycoon’s de Hotéis, já somam mais de 3 só em Lisboa, tem o Masa Almirante, Masa 5 de Outubro e o Masa Campo Grande”. Disse a fonte que não conseguiu disfarçar a sua repulsa.
Esta família Masa, é conhecida em Moçambique como família Tiger.
Na semana passada, a PJ, recebeu uma denúncia, que num apartamento em Setúbal, pertencente a um Moçambicano, tinha somas avultadas. Numa busca, a PJ, conseguiu encontrar 1 milhão de Euros em notas de 20 e 6KG de heroína. O proprietário que é Moçambicano conseguiu fugir e está em parte incerta.
No ordenamento jurídico português, o branqueamento constitui um crime previsto no artigo 368.º-A do Código Penal, punível com pena de prisão de 2 a 12 anos.
Já na maioria dos casos, este crime é associado ao financiamento ao terrorismo e neste caso as penas podem disparar.
Um dos pontos que vale notar é que a pessoa que for apanhada a fazer branqueamento de capitais, terá os seus bens confiscados.
Unay Cambuma
Fonte: polícia portuguesa