Foi durante as cerimónias fúnebres do comandante da companhia e do comandante distrital da PRM em Quissanga, na província de Cabo Delgado que Bernardino Rafael, Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) comprometeu-se em lutar até encontrar o último autor destes crimes hediondos contra aqueles que ele considera serem “os fazedores da riqueza da República de Moçambique e defensores da pátria.”
Rafael contou como foram os últimos momentos de vida dos dois comandantes que na ocasião revelaram que estavam cercados e que a única alternativa que tinham era beber água de chuva. “Lembramos nós, as vezes que nos comunicamos desde o dia 03 à comunicarmo-nos via telefónica com o Comandante da companhia e o Comandante Wiliamo, o Comandante distrital de Quissanga até a última voz que falamos com ele, quando nos explicava que estava a chover e eles estão completamente cercados e a única alternativa era beber água de chuva e dissemos vamos resistir até às últimas consequências.”
Segundo Bernardino Rafael, “temos que procurar respostas para aqueles que cometeram este crime, custe o que custar. Do Sangue não pudemos falar porque já derramamos o sangue (…) o que falta para nós é perseguir os autores deste crime, porque nós estamos na razão de defender Moçambique, defender os moçambicanos, defender os fazedores da riqueza da República de Moçambique (…).”
“Nós nos comprometemos a lutar, a lutar, a lutar sempre até encontrarmos o último autor deste crime. Não temos outra via, não temos outra opção qualquer que seja, nossa opção é lutar até encontrar os autores deste crime”, garantiu Bernardino Rafael.
De referir que os terroristas invadiram o distrito de Quissanga entre os dias 03 e 06 de março de 2024, onde saquearam vários produtos, incendiaram a viatura do administrador distrital e levaram a ambulância dos Serviços Distritais de Saúde com quem circulavam com ela na vila e aldeias.
INTEGRITY – 27.03.2024