Às ações terroristas nesta província as autoridades têm respondido com ações militares. Estará na altura de abrir “canais de diálogo”, acompanhados por “reformas profundas do Estado” e “políticas públicas estruturadas”, defendem investigadores. Oiça aqui o podcast O Mundo a Seus Pés
Após um 2023 de relativa acalmia, Cabo Delgado voltou a ser palco de ataques terroristas de grande envergadura. O Daesh, o autoproclamado Estado Islâmico, reivindicou a autoria de vários desses ataques na província localizada no nordeste de Moçambique.
Estas ações, em crescendo desde dezembro, têm-se traduzido em vítimas mortais e na destruição de casas, igrejas e hospitais.
A atual vaga de ataques terroristas provocou cerca de 100 mil deslocados em fevereiro, 61 mil dos quais crianças, segundo uma estimativa divulgada pela Organização Internacional para as Migrações.
O conflito, para que são frequentemente recrutados jovens e até crianças, dura há sete anos e já resultou em cerca de 780 mil deslocados. A região é rica em recursos naturais e constitui a terceira maior reserva mundial de gás.
Maria Fonseca, professora e ativista de direitos humanos, que nos fala do distrito de Namuno, em Cabo Delgado, e Jessemusse Cacinda, investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, são os convidados desta edição.
Este episódio foi conduzido pelo jornalista Hélder Gomes e contou com a sonoplastia de Tomás Delfim e Salomé Rita.