Vamos deixar isto bem claro: não somos a favor do terrorismo ou qualquer outra forma de guerra. Mas as autoridades moçambicanas não ajudam. Por exemplo, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse ontem que o ataque à sede do distrito de Quissanga, no sábado, visava "criar pânico".
Na semana passada, o ministro da Defesa disse quase o mesmo. Até chegou a referir que havia condições para se fazer o recenseamento eleitoral. Ora, organizações que trabalham em Cabo Delgado dizem que esta nova vaga de ataques obrigou 67.321 pessoas a fugirem das suas terras de origem.
Estamos a falar de somente duas semanas!
O que mais mata nesta guerra é a falta de informação ou o cinismo das autoridades que suavizam tudo. A política do avestruz nunca trouxe resultados. As pessoas estão a morrer em Cabo Delgado e quem devia defende-las brinca com a situação.
Por exemplo, era dever das autoridades informarem ao povo o que está a acontecer em Cabo Delgado. Por que isto agora depois de um tempo de uma relativa calmia? Quais são, afinal, os planos do Governo para a província de Cabo Delgado?
Que é feito da ADIN, a tal Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte? Diz-se que a sua missão é Impulsionar e coordenar o desenvolvimento socioeconómico integrado, harmonioso e inclusivo da região norte de Moçambique, com vista a melhoria da qualidade de vida das comunidades, promovendo a harmonia e coesão social.
Nós não estamos a ver nada. Nada mesmo!
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