(Putin tem a «Queda do Muro de Berlim» (ainda hoje) “atravessada” na garganta...)
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O Ocidente, que ainda é muito influenciado pela cultura, pela arte e pela música norte-americana — e até pelo que se designa de american way of life —, está a ser apertado. Não nos esqueçamos que os Estados Unidos são, em certa medida, uma nação erigida e desenvolvida pelos colonos que foram do Velho Continente desbravar aquele imenso território povoado de índios e bisontes. E cowboys. Hoje, o Ocidente, que desde o término da Segunda Guerra Mundial sempre esteve ligado aos Estados Unidos, mais do que a outras nações de outros continentes, enfrenta sérias dificuldades. O chanceler alemão Olf Scholz está ver as coisas mal paradas e desconfia das reais intenções desse atrasado mental do Putin, que está imbuído de um espírito belicista maléfico, quiçá imaginando reconstruir a Grande Rússia antes da Queda do Muro de Berlim, queda essa que lhe estará atravessada na garganta, como sói dizer-se. A Guerra na Ucrânia, de certa maneira, já está a condicionar a economia da Zona Euro e Scholz asseverou que a Alemanha se prepara para se virar para a produção em massa de equipamentos militares e a curto prazo quer fortalecer a base industrial de defesa com a produção de armas em grande escala, contando que outros países europeus façam o mesmo.
A piorar a situação, o histriónico e demagogo Trump — outro atrasado mental à solta e que já devia estar a apodrecer na prisão! — não está nada interessado que os Estados Unidos estejam na NATO e já ameaçou que, se for Presidente, retirará o seu país dessa aliança. Se isso vier a acontecer, Putin agradecerá, ficará mais robustecido e estará mais à vontade para consolidar a sua política expansionista e imperialista. Putin quer ver um Ocidente enfraquecido e debilitado.
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Vladimir Putin está a criar uma geração militarizada de jovens, à semelhança do que A. Hitler fez. Quem tiver a oportunidade de ler o excelente livro de Ian Garner intitulado “Geração Z entre a juventude fascista da Rússia” deparará, logo na página 13, com esta pérola propagandística russa: “Deus está com os nossos rapazes. Puta que pariu a escumalha nazi ucraniana! Deus está com os nossos rapazes. Morte aos paneleiros. Não vendas a tua pátria, cabra. Morte à escumalha traidora”. Estas afirmações são de uma gravidade inaudita para a manipulação enviesada do cérebro dos jovens russos. É constatável que Putin se está a assemelhar, cada vez mais, a Hitler (e Estaline), pese embora, paradoxalmente, acuse os ucranianos de serem nazis. “A Rússia (é que) está impregnada de simbologia Fascista. A população é instada a juntar-se à causa por hordas de trolls e incontáveis vídeos on line, nos quais jovens zangados e agressivos não se cansam de berrar frases patrióticas. A própria televisão estatal aterroriza a sua audiência com histórias forjadas sobre conspirações contra a nação e crianças soldados desfilam orgulhosamente pela Praça Vermelha”.
Isto no-lo diz Ian Garner no seu livro. Perante este comportamento belicista e expansionista russo, será de admirar que o chanceler Olaf Scholz, no pretérito dia 13 de Fevereiro, tivesse instado os europeus a reforçarem a produção em massa de equipamentos militares, fortalecendo a base industrial de defesa e a produção de armas em grande escala? A Rússia, actualmente, é uma ameaça. Uma conclusão se pode tirar: o Ocidente está num dilema, mas um Mundo com mais armas é uma loucura — temos de admitir esta (triste) Realidade e o perigo que ela representa...