O moçambicano Nuro Golam já está a dar com a língua nos dentes. Ele teve que escolher entre uma pena leve, para depois ter liberdade condicional ou enfrentar prisão perpétua. E já sabem que ele escolheu a saída mais fácil.
O fácil para Golam é um pesado para muitos moçambicanos, que vão desde cidadãos anónimos até figuras influentes, dentre elas figuras de proa da Frelimo.
Golam confessou que faz pagamentos e mobiliza pagamentos para pagar carregamentos de droga que passam por Moçambique, através da costa, com maior incidência para Cabo Delgado, Nampula e Zambézia.
Também confessou que faz pagamentos para contas no estrangeiro e para compra de casas para várias pessoas em Moçambique.
Na sua confissão diz que algumas das operações não são feitas pelos donos, mas sim através de intermediários que viajam com frequência para Portugal.
Sobre o tráfico de deogas alistou pessoas envolvidas:
- Famila Nyusi (Filipe, Isaura, Jacinto e Florindo). A família presidencial é que detém a maior fatia do tráfico de drogas. Controla a costa de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Inhambane e cidade de Maputo. Foi Filipe Nyusi quem sabotou o programa de segurança marítima do Sise (a secreta moçambicana) para permitir que os carregamentos de drogam não fossem interceptados. Nyusi demitiu o antigo ministro do Interior Amade Miquidade que já tinha o dossier completo do tráfico. E para evitar que Miquidade falasse mandou para prisão domiciliar no Ruanda, nas vestes de embaixador.
- Alberto Joaquim Chipande. O general na reserva da a sua benção a família Satar e outras famílias de Cabo Delgado.
- Valige Tauabo, é o homem do terreno de Chipande para controlar as operações de chegada e de partida de drogas.
- Chipande Júnior, é filho do primeiro da lista. Este tem a missão de usar a sua identidade diplomática para meter droga na antiga Suazilândia.
- Margarida Talapa, ministra do trabalho, da a sua benção às mafias de Nacala e Angoche. É quem escolhe os administradores desses distritos.
- Faizal António, deputado da Frelimo e membro de um dos órgãos mais altos do partido. Usa Angoche para a sua mercadoria. Mas foi obrigado a usar o Porto de Macuse por estar em contradições com a família Nyusi.
- Bernardino Rafeal, compete a ele garantir a logística de segurança da droga em todo o território nacional. Mas tem a cabeça a prémio porque Bernardino acaba roubando a droga que tem que proteger para depois vender no mercado negro a nigerianos e chineses.
- Joaquim Mangrasse, tem também a missão de garantir a logística de segurança do tráfico em todo o território nacional e de movimentar as forças armadas para não interceptarem a droga.
- Osório Lucas, da guarita ao tráfico de drogas no Porto de Maputo. Recebe ordens da família Nyusi e tem parceirias com traficantes de droga.
- Celso Correia, usa o corredor de Maputo e camufla as operações através de barbearias, salões de cabeleireiro e ginásios.
- Hélder Injojo, usa o corredor de Macuse e cobra propinas para a passagem de drogas.
No tocante a transferência de valores para a compra de casas em Portugal, Dubai, Espanha e Inglaterra, são usados intermediários, citou Ingilo Dalsuco, Djalme Chale (Sanka) e Bashir Issá.
Diz ter comprado casas para:
- Beatriz Buchili
- Agostinho Rututo
- Catarina Dimande
- Jacinto Nyusi
- Claudia Nyusi
- Florindo Nyusi
- Ivan Gonçalves (filho de Beatriz Buchili)
- Adelino Muchanga
- Ana Sheila Marrengula
- Margarida Talapa
- Carlos Mesquita
- Pio Matos
- Celso Correia
Nuro está na posse de mensagens, vídeos, gravação de voz e já entregou aos americanos.
Uma equipa do FBI chega a Moçambique para fazer a confrontação e confirmação das informações prestadas por Nuro Galam.
A coisa promete arder nos próximos dias.
(Recebido por email)