A situação continua complexa e complicada no distrito de Quissanga, na província de Cabo Delgado.
Segundo fontes locais, os terroristas que há mais de uma semana circulam por aquela região da província de Cabo Delgado, incendiaram a viatura do administrador local e levaram a ambulância dos Serviços distritais de saúde com quem circulam com ela pelo distrito, onde até chegam a transportar pacientes como aconteceu na quinta-feira (07.03) depois do abate de uma embarcação suspeita na região de Tandanhangue, no distrito de Quissanga.
Conforme explicou uma fonte local, após o abate da embarcação pelas autoridades militares que combatem o terrorismo em vários distritos da província, onde se presume que seguiam 22 tripulantes, entre eles pescadores provenientes de Nacala-Porto, na província de Nampula, tendo na ocasião alguns ocupantes sobrevividos e transportados na ambulância pelos terroristas que arrombaram o Centro de Saúde e o armazém com medicamentos e fizeram assistência dos mesmos.
Ainda em Quissanga, nos últimos dias, os terroristas vêm se reunindo com a população local e procurando doutrinar as pessoas com supostos princípios islâmicos e orações conjuntas com as pessoas.
De referir que o número de terroristas presentes em Quissanga é preocupante, tendo inclusive obrigado uma brigada da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) a abandonar o local depois da verificação do número de terroristas presentes no terreno através de drones controlados pelo Exército sul-africano e uma ordem superior de Maputo. Entretanto, a situação torna-se mais preocupantes, uma vez que os militares destacados para algumas regiões de Cabo Delgado encontram-se há três meses sem salários, o que deixa o problema mais difícil e preocupante, uma vez que alguns acabaram recusando seguir para Metuge na quarta-feira, quando os terroristas incendiavam casas e matavam um civil.
Ainda sobre os ataques em Cabo Delgado, o Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael destacou mais unidades de diferentes especialidades e unidades para reforçarem a prontidão combativa na Ilha do Ibo, um dos locais assolados pelos ataques terroristas e que já levou a evacuação de funcionários públicos e privados, assim como à elevada preocupação da população que não conseguiu sair do distrito. (O.O.)
INTEGRITY – 08.03.2024