Por Afonso Almeida Brandão
Quando um País está de cuecas, é difícil saber o que se passa por baixo — já dizia o Meu Querido Amigo e Saudoso Jornalista Machado da Graça. E ele tinha razão. As eleições Presidenciais em Moçambique, agendadas para Outubro do corrente ano de 2024, configuram um cenário de incerteza, especialmente em face da actual gestão (des)governamental. Este período das próximas Eleições Presidenciais não apenas suscita reflexões políticas, mas também desafia o tecido empresarial, o ambiente laboral e, por conseguinte, as estruturas familiares do País.
Desafios para as empresas: estratégias em tempos de incerteza governamental
As Empresas Nacionais e o Médio e Pequeno Mercado enfrentam uma encruzilhada considerável no presente ano de 2024, instigadas pela complexidade de planear o Futuro com um ambiente de um (des)Governo “sem eira nem beira” com os “metralhas” da FRELIMO no “poleiro” há cinco décadas. A incerteza política, por parte das Grandes, Médias e Pequenas Empresas, sejam elas de que nacionalidade forem, e designadamente pelos empresários, conforme demonstrado por diversos estudos — e por nós analisado — e comentado, amiúde, através de diversos artigos de opinião, emerge como um dos obstáculos mais prementes ao Crescimento Económico de Moçambique.
Consumidores e Investidores, independentemente da sua grandeza, em face de um panorama nebuloso, tendem a adoptar posturas cautelosas, retardando decisões de consumo e investimento. Tal hesitação, por sua vez, acarreta as consequências que já por diversas vezes sentimos, tanto de prejudiciais, como de abandono ao crescimento económico.
Além disso, a instabilidade política impõe obstáculos à tomada de decisões corporativas, forçando empresas, empresários e comerciantes, a aguardar os desdobramentos das Eleições Presidenciais antes de se comprometerem com investimentos ou projectos significativos. Esta contingência impacta negativamente a competitividade das organizações, instaurando atrasos e incertezas. Adicionalmente, os custos empresariais são impactados adversamente, reflectindo-se no aumento de despesas com seguros, licenças e outros encargos. Para além de outros receios que se prendem com a figura com quem se segue à frente dos Destinos do nosso País, a partir de Outubro próximo, e consequente Futuro da maioria dos nossos (des)governantes a partir de 2025. Será que alguns deles irão “viver” para a prisão afim de passarem uma temporada, em consequência dos roubos e desvios sucessivos ao Erário Público que cometeram, a começar pelo nosso actual Presidnte Filipe Nyuse e a acabar no “metralha” do conhecido Ministro Celso Correia?
Desafios para os Recursos Humanos: A insegurança no “front” Laboral
A instabilidade política reverbera significativamente no âmbito da má governação existente em Moçambique, de roubos avultados, crimes relacionados com o envolvimento no Tráfico de Droga, compadrio dos “membros frelimistas” nos Recursos Humanos a todos os âmbitos, desencadeando um ambiente de insegurança entre os Partidos Políticos da Oposição, seus Membros, Simpatizantes, Colaboradores e restante População. A incerteza em relação ao Futuro do emprego e da carreira contribui para a redução da Produtividade e do Comprometimento dos funcionários de uma forma generalizada, sejam eles do Sector Público ou Privado, nas mais diversdas áreas da Sociedade.
Paralelamente, o aumento do stress e da ansiedade no ambiente de trabalho emerge como uma consequência directa desta incerteza política.
A insegurança sobre o Futuro profissional manifesta-se através do receio de toda a População Moçambicana, envolvendo tudo e todos, quanto a mudanças políticas iminentes, reflectindo-se numa redução da eficiência laboral. Este contexto, aliado ao incremento da incerteza e da ansiedade, não apenas compromete a Saúde Física e Mental dos trabalhadores, mas também ameaça a estabilidade e a produtividade organizacional do nosso País.
Desafios para as Famílias: Impactos Sócio-Económicos E Emocionais Abrangentes
No âmbito das incertezas políticas que pairam sobre Moçambique, as famílias do País deparam-se com desafios complexos e multifacetados. A insegurança política incita inquietações particulares entre os pais, sobretudo no que concerne ao Futuro de seus Filhos. A ansiedade gerada pelo cenário governativo moçambicano contribui para um ambiente de incertezas e dúvidas, afectando não apenas o sistema educativo, mas também projectos familiares de longo prazo. As famílias, ao confrontarem essa atmosfera de indefinição, vêem-se compelidas a repensar e reavaliar as suas estratégias para assegurar um Futuro estável e promissor para as Gerações Vindouras.
Adicionalmente, a incerteza política permeia os projectos familiares, impactando escolhas que vão além do âmbito educacional. Planos relacionados a investimentos, compra de propriedades e até mesmo decisões sobre o número de filhos a ter podem ser moldados pela imprevisibilidade que caracteriza o cenário político. Essa dinâmica contribui para a complexidade do tecido social, à medida que as famílias procuram adaptar-se e equilibrar as suas aspirações com a realidade instável do panorama político moçambicano. Assim, as famílias, cientes das incertezas que pairam, são desafiadas a criar estratégias resilientes e flexíveis que permitam navegar pelas águas tumultuadas do futuro — do qual o desemprego e as oportunidades são praticamente inexistentes —, preservando ao máximo as suas aspirações e objectivos familiares.
Conclusão: navegando nas águas incertas do Futuro
À luz dos desafios apresentados pela Eleição Presidencial do próximo mês de Outubro de 2024, torna-se imperativo que os candidatos estejam cientes das complexidades enfrentadas pelas empresas, pelos recursos humanos e pelas famílias. Propor soluções que enderecem esses desafios é crucial para a estabilidade e o desenvolvimento de Moçambique e de todos nós.
Perspectivando o Futuro, a incerteza política projecta sombras sobre o horizonte do País e de todos os cidadãos nacionais e para todos aqueles estrangeiros que quem vive em Moçambique. O resultado das próximas Eleições Presidenciais de Outubro próximo será determinante para o País e para toda a África Austral, Europa e América.
É imperativo que os cidadãos estejam conscientes dos desafios que o país enfrenta. As Eleições de Outubro de 2024 para o próximo Presidente da República de Moçambique vão representar uma oportunidade única para os Moçambicanos sobretudo moldarem o Futuro da Nação. Em tempos de incerteza, a colectividade é convocada a decidir se prefere enfrentar as águas agitadas ou encontrar refúgio seguro. Este capítulo inicial da novela Presidenciaç que se aproxima, a pasos largos, promete emoções fortes, e todos Moçambicanos estão convocados a acompanhar de perto. Até lá resta-nos aguardar.