Por Afonso Almeida Brandão
No momento em que o Mundo vive, com os problemas mais variados, curioso é que a questão envolvendo a Democracia Liberal e Capitalista e os diferentes (chuxa)socialismos que circulam por toda a parte, incluindo em Moçambique e Angola, com a FRELIMO e o MPLA no “poleiro” desde 1975, desde a Social-Democracia Europeia, a Esquerda do Partido Democrata americano aos bolivarianos da América Latina, dispensa uma discussão académica, um discurso de palavreado vazio, em favor da avaliação de factos, de números, de uma realidade que não pode ser contestada.
Os anos dourados do Século XX devem-se à acção de três personagens marcantes, que foram João Paulo II, Ronald Reagan, Margaret Thatcher e de Nelson Mandela, na África do Sul. Um derrubou o muro a partir de sua visita em 1979 à Polónia, outro abrindo a economia americana para anos de crescimento económico e social sem precedentes, outra quebrando a contestação do Sindicalismo predatório e reaccionário e finalmente Nelson Mandela que foi decisivo em acabar com o Racismo e o “jugo dos brancos” (entre outras coisas). Foram as premissas para uma ERA de Liberdade com ordem e progresso. No Brasil, a título de exemplo, o grande intérprete daquele momento foi o político e intelectual Roberto Campos.
Na Literatura, foi a ruptura consolidada com o Comunismo dos grandes da época, como Yves Montand, Mario Vargas Llosa, Jorge Semprún, Costa Gravas e Fernando Arrabal. Este último, de hóspede de honra em Cuba, a grande acusador do regime, com sua obra “Carta a Fidel Castro”. Entre outras Figuras, evidentemente, que a falta de espaço não nos permite aqui alargar.
O Papa, hoje santo, denunciou sempre que pôde o Comunismo, os Regimes como os da Nicarágua e de Cuba, defendeu a Liberdade e a Propriedade, com habilidade e competência. Limpou a Igreja da “teoria da libertação”, do Clero Vermelho. Foi popular, querido na Juventude que trouxe de volta à Igreja, sem ceder à Tolerância com o erro. A sua ligação com Fátima comprova o seu compromisso com a “conversão da Rússia”.
Já a “Dama de Ferro” encantou o Mundo com a sua firmeza, visão do que é o progresso para atender a todos e não a alguns mais organizados, abrindo uma Era de Prosperidade ao Reino Unido. Matou a Esquerda Trabalhista com os resultados que apresentou em seu longo governo. Colocou os pontos nos “is”, como se diz, ao lembrar que “o problema do Comunismo é que um dia o dinheiro dos outros acaba”. Muito didáctica, ela fez-se compreender pelos ingleses ao afirmar que “qualquer mulher que entenda como cuidar de uma casa está muito perto de entender como se cuida de um país”. Esta admirável mulher legou-nos lições da arte de bem governar. Tinha boa cabeça e habilidade política. Os conservadores de hoje pecam na Comunicação e na Articulação. E da parte dos nossos (des)governantes da CPLP nem vale apena falar... a começar pela pobreza “franciscana” que impera nas “hostes” da FRELIMO... e dos actuais membros do Governo que temos tido ao longo destas cinco últimas décadas.
Ronald Reagan aparece em todas as pesquisas feitas nos EUA como o mais querido e eficiente governante do país no pós-guerra. O actor de Hollywood tinha bom senso, coragem, naturalidade e autoconfiança para ter feito o mundo, e não apenas o seu país, viver um grande momento. Tivesse tido herdeiros à altura e não teria havido espaço para o surgimento desta poderosa China Contemporânea. Foi o fracasso dos Democratas e a Mediocridade dos Republicanos que enfraqueceram os EUA.
Vale a pena lembrar alguns de seus conceitos que poderiam ser aproveitados e repetidos pelos novos conservadores, que são verdadeiras pérolas:
— “Não devemos julgar os programas sociais por quantas pessoas estão neles, e sim por quantas estão a sair”.
— “O melhor programa social é o emprego”.
— “O Comunista é alguém que lê Marx e Lenine, o anticomunista é o que entende”.
— “O contribuinte é uma pessoa que trabalha para o governo sem prestar concurso”.
— “Quando uma empresa gasta mais do que arrecada vai à falência e quando o governo faz o mesmo aumenta os impostos”.
Relativamente aos países da CPLP a lista é grande que não dá para aqui mencionar (repetimos) porque estamos limitados ao espaço de uma página de opinião.
Em relação aos restantes, não parece ser possível contestar. E vale a pena lembrar de que os povos sob gestão Comunista ou Socialista fogem ou emigram quando podem. E OS NÚMEROS FALAM POR SI.
Para concluir basta acrescentar que em relação aos PALOP´s a Fuga e a Emigração não é assim tão significativa (por enquanto!), porque a questão financeira dos Povos desses países africanos de expressão portuguesa não permiti aos seus cidadãos africanos tal possibilidade... porque vontade não lhes faltava...