RESUMO DA SITUAÇÃO
As forças de segurança têm tentado recuperar a iniciativa desde o início de Abril, lançando uma ofensiva na costa de Macomia, controlada pelos insurgentes, em torno da vila de Mucojo. Entretanto, o Estado Islâmico de Moçambique (EIM) matou pelo menos quatro pessoas no distrito de Quissanga, com o fim do Ramadão a assinalar provavelmente um recrudescimento da actividade insurgente.
No dia 2 de Abril, os insurgentes montaram um bloqueio na estrada para Mucojo, onde continuam a impor uma forma rígida de governo islâmico, incluindo a proibição do álcool e o jejum obrigatório durante o Ramadão, informou a Carta de Moçambique. Quatro dias depois, a Força Aérea de Moçambique disparou sobre a área a partir de helicópteros, segundo múltiplas fontes. A extensão dos danos infligidos não é clara, mas houve relatos não confirmados de fontes locais de que houve vítimas civis.
Uma aeronave ultraleve Bat Hawk equipada com metralhadoras também esteve ativa nas operações na área. Os Bat Hawks tinham sido usados pela empresa militar privada Dyck Advisory Group (DAG) quando combatia insurgentes em Cabo Delgado entre 2019 e 2021, um dos quais caiu durante uma patrulha. Não há provas de que a DAG ainda esteja a operar em Moçambique. No dia 10 de Abril, o Bat Hawk desapareceu e acredita-se que se tenha despenhado perto de Mucojo. Nesta ocasião, parece que o piloto era um indivíduo contratado, originário da África do Sul, e que trabalhava com a Polícia da República de Moçambique.