Uma embarcação que transportava 130 pessoas naufragou ontem (07.04) no distrito da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, mas até ao momento foram achados 94 corpos de cidadãos moçambicanos que residiam no Posto administrativo de Lunga e viriam a perder a vida quando supostamente uma onda enorme embateu no barco de construção local e causou a tragédia que já foi confirmada pelas as autoridades governamentais ao nível distrital e provincial.
Conforme apuramos as vítimas fugiam daquela região devido ao surto de cólera que atingiu níveis preocupantes. Entretanto, ainda existem vários desaparecidos. De acordo com Silvério Nauaito, administrador da Ilha de Moçambique, a embarcação tinha uma capacidade estimada para 100 pessoas, mas infelizmente no fatídico domingo (07.04) transportava cerca de 130 pessoas.
Silvério Nauaito revelou que “as pessoas ficam com sintomas, três minutos depois já estão a morrer. Portanto, foram procurar essa embarcação para ver se podia carregar as pessoas para a Ilha de Moçambique”. No entanto, a administradora Marítima da Ilha de Moçambique, Fahara Luís confirmou a tragédia e a contabilização de 91 corpos e afirmou que as primeiras suspeitas indicam que a “embarcação pode ter sido atingida por ondas gigantes, o que veio a causar a terrível tragédia marítima.”
Reagindo à tragédia, o antigo estadista moçambicano Armando Guebuza escreveu na sua página oficial do Facebook o seguinte: “Estamos profundamente consternados com a notícia que acabamos de receber dando conta de um naufrágio em Nampula que matou 91 pessoas. Às famílias enlutadas endereçamos os nossos mais profundos sentimentos de pesar.”
De referir que os dados oficiais indicam que morreram 91 pessoas, entretanto, ao longo da noite mais três corpos apareceram e que até ao fecho desta reportagem não haviam sido reclamados. Este é até ao momento um dos maiores naufrágios já registados no País nos últimos anos.
INTEGRITY – 08.04.2024