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31/05/2024
Semanário Savana 1586 de 31.05.2024
LÍNGUA AFIADA: DE MINISTRA DA SAÚDE A “CABEÇA DE LISTA” ÀS ELEIÇÕES EUROPEIAS
(De ex-Ministra da Saúde a Candidata às Eleições Europeias pelo Partido (Chuxa)lista...)
Por Afonso Almeida Brandão
Faz este ano, no dia 30 de Agosto de 2024, que Marta Temido apresentou a sua demissão, de Ministra da Saúde, por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo. A saída da responsável política pela má gestão da pandemia abriu uma porta de esperança para a mudança. Na verdade, a decisão recorrente de canalizar todos os recursos para tratar doentes Covid, descorando todos os outros doentes, levou a um aumento das listas de espera para consultas e para cirurgia para valores nunca antes vistos e, pela primeira vez em vinte anos, a esperança média de vida dos portugueses diminuiu.
O novo e aguardado Ministro tomou posse num clima de grandes e fundadas esperanças. Era difícil fazer pior.
Mas após os primeiros tempos de estado de graça, o Ministério da Saúde pouco mais fez do que criar a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (e esta inicialmente sem estatutos, quase um ano após a sua formação). Um ano volvido, nenhuma alteração verdadeiramente estrutural foi levada a cabo. Nenhum problema foi resolvido. O acesso aos cuidados de saúde não melhorou. As listas de espera não diminuíram. A qualidade dos Centros de Saúde e dos Hospitais não melhorou. O problema das urgências continua… apesar de já estarmos a ser governados pela AD do Primeiro-Ministro Luís Montenegro.
Mas, mais grave, numa atitude normal para o então Partido Socialista, do então Governo, quando não se consegue resolver um problema, arranja-se um bode expiatório; e o pessoal de Saúde é continuamente destratado, desconsiderado e desprezado. Ora vejamos:
— Os meses de negociação sucedem-se, sem que haja nenhum sinal de boa vontade por parte do Ministério. No entanto, os médicos do SNS são o grupo profissional português que viu a maior erosão dos seus rendimentos, com uma brutal perda do poder de compra nos últimos anos e uma diferença cada vez maior para os seus colegas europeus.
— A meio desta negociação, a notícia da contratação de médicos cubanos, com ordenados muito superiores aos que são pagos aos médicos portugueses, e sem o domínio da língua e da cultura portugueses para que possam assegurar o mesmo nível de cuidados de saúde.
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Presos em Nampula: Cúmplices de Nuro Gulam já estão numa cadeia em Maputo!
Com um forte aparato policial e com funcionários da PGR à mistura, chegaram ontem num voo da LAM por volta das 19 horas, os arguidos Mahomed Jhamil Abdul Elias, Zumir Amin Hassan e Hassan Gulam. Ao desembarcar, todos estavam algemados e encapuzados e foram levados, a toda velocidade, para parte incerta, que mais tarde esta página soube tratar-se do edifício da PGR.
Volvido algum tempo na PGR, o trio saiu ainda sob forte escolta e foi levado para uma cadeia em Maputo, que Justiça Nacional (JN) ainda está para apurar. Ainda ontem, um Procurador que tem em mãos este processo, garantiu a JN que haverá mais detenções nos próximos dias.
Sabe-se ainda que o irmão de Hassan Gulam, de nome Hussein Gulam, e um dos seus cunhados, conseguiram fugir de Nacala antes que fossem detidos. Estão em parte incerta mas a caça ao homem foi activada.
Refira-se ainda que todos (presos e fugitivos) são acusados de branqueamento de capitais, associação criminosa, financiamento ao terrorismo e tráfico de drogas. Todos, se forem julgados e condenados, poderão apanhar uma pena que varia de 12 a 16 anos de prisão.
Fonte da PGR disse que a transferência dos arguidos, de Nampula para Maputo, deve-se ao facto de se temer que eles fossem soltos, uma vez que são indivíduos influentes naquela província nortenha.
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
Mocímboa Da Praia: Autoridades Contabilizam 13 Terroristas Abatidos
As autoridades conseguiram contabilizar, até ao fim da tarde desta quarta-feira, um total de 13 terroristas tombados no ataque frustrado que os bandos protagonizaram, de forma simultânea, contra a sede do posto administrativo de Mbau e a aldeia Limala, distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.
A estratégia de ataque simultâneo à sede de Mbau e à aldeia Limala foi a tentativa de reedição do primeiro ataque à sede distrital de Mocímboa da Praia e ao posto policial do cruzamento de Auasse, em Outubro de 2017, protagonizada pelo bando.
Falando ao canal público de radiodifusão, o administrador distrital de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, deu a conhecer que, até ao fim desta quarta-feira, se tinha conseguido contabilizar 13 terroristas mortos, divididos entre a sede do posto administrativo de Mbau e a aldeia Limala. Entretanto, acredita-se que mais terroristas tenham sido mortos na tentativa de ataque, que culminou com a reacção bem conseguida da força conjunta.
Ainda de acordo com o administrador distrital, a reacção ao ataque terrorista foi dada pela força local e Forças de Defesa do Ruanda.
“Do nosso lado, registamos um elemento da população que foi ferido no antebraço, mas a força do Ruanda, que tem uma unidade sanitária para eles, conseguiu socorrer aquele cidadão” – disse, esclarecendo que a sede do posto administrativo de Mbau ainda não tem serviços de saúde públicos, por conta da grande destruição de infra-estruturas que se assistiu na zona, antes de os bandos serem corridos com a chegada do apoio internacional do Ruanda e da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique. Depois da ocorrência, garantiu o administrador garantiu, a população já regressou às actividades do dia-a-dia, apesar de o clima de medo prevalecer.
MEDIA FAX - 31.05.2024
"De vez em quando, como que a fazer prova periódica de vida, após prolongado silêncio, alguns governantes da Frelimo vêm a público dizer disparates"
EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (187)
De vez em quando, como que a fazer prova periódica de vida, após prolongado silêncio, alguns governantes da Frelimo vêm a público dizer disparates. Desta vez, coube ao ministro Carlos Mesquita abrir a boca para tirar bacoradas que terá que fazer um exercício gigantesco para a sua correcção.
O governante, para defender a péssima qualidade das estradas do País- e quiçá a sua incompetência como ministro da tutela-, atirou a culpa às viaturas usadas que o povo importa de vários países estrangeiros, nomeadamente o Japão.
Para o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, são essas viaturas usadas, as responsáveis pela degradação das estradas moçambicanas, esquivando-se assim, à evidência de que tal acontece em virtude da péssima qualidade das obras, executadas por empreiteiros obscuros, os mesmos que amiúde, sem nenhum esforço, ganham os concursos de adjudicação das empreitadas ou lhes são atribuídas em esquemas habituais de adjudicação directa.
Bom: consideremos a hipótese de que o senhor ministro tem razão. Que alternativa teria o povo se não recorresse a essas viaturas usadas, uma vez que o Governo, de que o tal ministro faz parte, não é competente o suficiente para colocar, à disposição do povo, transporte público adequa - do e em fartura, para este se poder transportar?
Devia ser vergonhoso, para o próprio ministro, dizer o que disse em público sabendo que a principal falha está no Governo de que ele faz parte. Portanto, Carlos Mesquita não só é mau político, como, igualmente, é péssimo a escolher o timing e o que se pode dizer em público. As declarações de Carlos Mesquita acontecem numa altura em que o povo anda descontente devido ao aumento no preço da internet.
Os profissionais da saúde estão em greve. A dos médicos e dos juízes está em estado latente. E, acima de tudo, trata-se de um ano eleitoral em que o próprio ministro fará parte dos que irão mendigar o voto, ao povo que ele hoje insulta, em nome do seu partido e do “sortudo” candidato da Frelimo.
Em resumo: as estradas moçambicanas estão degradadas porque de péssima qualidade. Fala-se de muito investimento mas, na verdade, a maior parte do bolo é distribuído entre os governantes e lobistas de ocasião.
Escrevi esta carta para si, Presidente, e não para o Carlos Mesquita, porque sou obrigado a acreditar que ele só disse o que todo o Governo da Frelimo pensa. E quem é o chefe desse Governo?
DN – 31.05.2024
30/05/2024
TAWAPA HONGORA! TAWAPA PONGEZI, ASKARI JESHI WAASI KULE KASKAZINI YA MSUMBIJI
Por Francisco Nota Moisés
TAWAPA HONGORA! TAWAPA PONGEZI, ASKARI JESHI WAAHI KULE KASKAZINI YA MSUMBIJI (swahili para dizer cumprimentos e felicitações para os combatentes rebeldes no norte de Moçambique)
Os rebeldes leem o "Moçambique para todos." Prova disto é que depois de eu os ter criticado por só lutar sem se explicarem ou dar as razões da sua luta, aquilo os tornava de rebeldes sem causa. Eles na verdade vieram a repetir as causas da sua luta como na verdade eu tinha dado nos meus artigos neste jornal eletrónico como o desterramento e a chacina das populações nortenhas que os terroristas da Frelimo empreenderam em aliança com as companhias estrangeiras que queriam as suas terras para açambarcar e pilhar o petróleo moçambicano. Os terroristas frelimistas também chacinaram os habitantes locais, queimando ou enterrando os vivos nas operações da sua pela policia dita de intervenção rápida, a exclusão dos nortenhos e dos populares de todo Moçambique em geral dos recursos do país. Os nortenhos não se tinham esquecido de que Samora Machel lançou o combate generalizado contra os muçulmanos na província de Nampula onde os rebeldes agora actuam contra os ateus e inimigos do Allah da Frelimo.
Somente das mentes mentirosas dos frelimistas vem a fantasia de que os rebeldes são uns jihadistas russos, portugueses, americanos, franceses com os seus corpos fervendo e estremecendo com uma Fé do diabo como os próprios frelimistas são e se comportam quando matam pessoas.
Mas os rebeldes não são loucos como tal. São pessoas sesudas a quem os terroristas da Frelimo atribuem a responsabilidade dos seus malfeitos. Felicitações por vossas ações contra os mercenários britânicos, franceses, bandidos russos da Wagner putinista, os matsotis da SADC, os terroristas ruandeses e os socialistas tanzanianos.
Analistas políticos moçambicanos criticam operação contra lavagem de dinheiro sem revelar os acusados
A operação, designada ‘’Stop Lavagem de Capitais’,’ fez várias buscas a residências e estabelecimentos comerciais em Maputo, Matola, Nampula e Nacala
Analistas políticos moçambicanos tecem duras criticas ao comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) relativo à instauração de processos com 40 indiciados no crime de lavagem de dinheiro e à apreensão de 330 milhões de dólares, por não arrolar as pessoas envolvidas nisso nem indicar onde é que estão os bens apreendidos.
Entretanto, uma fonte policial disse que o empresário Gulam Hassan, pai de Nuro Gulam, procurado por alegado tráfico internacional de droga, foi detido nesta quarta-feira, 29, em Nacala, província de Nampula, no âmbito da operação ‘ stop ’Lavagem de Capitais levada a cabo pelo Ministério Público (MP).
O comunicado do MP diz que o modus operandi dos arguidos se traduzia na criação de empresas de fachada que as usavam como veículo de exportação de capitais, cuja origem dos fundos em causa é de proveniência ilícita, nalguns casos desconhecida.
Na operação, designada ‘’Stop Lavagem de Capitais’’, várias buscas a residências e estabelecimentos comerciais foram feitas nas cidades de Maputo e Matola, sul de Moçambique e Nampula e Nacala.
Para o jornalista Luís Nhachote, este é um comunicado para vangloriar uma pretensa vitória porque isto está longe de representar um combate ao crime organizado.
Aquele analista político refere que ‘’um combate cerrado sobretudo contra o crime organizado não passa por comunicados, o que é importante é ver pessoas julgadas e efetivamente condenadas’’.
Entretanto, uma fonte policial disse que o empresário Gulam Hassan foi detido em Nacala no contexto da operação contra a lavagem de dinheiro, uma cidade onde, segundo Luís Nhachote, o Estado tem sido incapaz de combater o trafico de drogas.
O também analista político Rui Mate reconhece que as apreensões do MP mostram algum trabalho, mas critica a falta de transparência nesta operação porque não se diz quem são as pessoas, nem onde se encontram os bens apreendidos.
Por seu turno, o analista Egidio Plácido considera que Moçambique precisa limpar a sua imagem a nível internacional, porque tem sido apontado como um país onde o crime organizado, incluindo o narcotráfico está a um nível muito elevado.
VOA – 30.05.2024
Cabo Ligado 170 26.05.2024
RESUMO DA SITUAÇÃO
Após o ataque do Estado Islâmico de Moçambique (EIM) à vila de Macomia, a 10 de Maio, os insurgentes na província de Cabo Delgado mantiveram-se, em grande parte, discretos. Para além de dois ataques reivindicados pelo EIM, o desenvolvimento mais notável foi o regresso dos insurgentes ao distrito de Nangade, no norte, na fronteira com a Tanzânia, onde não actuam desde 2022.
O EIM afirmou ter baleado e matado uma pessoa na aldeia Muaguide, no distrito de Meluco, 22 km a sul da vila de Macomia,no dia 13 de Maio, mas isto ainda não foi corroborado por outras fontes. Na tarde de 14 de Maio, os insurgentes atacaram a aldeia de Nanduli, no distrito de Ancuabe, enquanto muitos trabalhavam nas machambas, segundo a agência Lusa. O EIM alegou ter queimado um posto militar moçambicano na aldeia. Dois dias depois, divulgou imagens do ataque, incluindo a foto de um pequeno esconderijo de armas capturadas. Carta de Moçambique informou que a força insurgente era composta por seis homens e que as forças de segurança do Ruanda foram enviadas para proteger a sede do distrito de Ancuabe. Uma fonte informou que cerca de 25 crianças também foram raptadas, mas isto não foi verificado de forma independente.
Leia aqui Download Cabo-Ligado-170 26.05.2024
Desmobilizados de “Paz de 1992” amotinam-se na sede da ONU em Maputo
Um grupo de desmobilizados das Forças de Defesa e Segurança do Estado está, há três dias, amotinado na sede das Nações Unidas, em Maputo. Trata-se de antigos militares que “calaram as armas” para dar lugar à assinatura dos Acordos Gerais de Paz, a 04 de Outubro de 1992, em Roma, Itália. Mas também, no grupo é possível encontrar antigos combatentes da guerra colonial.
Em declarações ao MZNews, esta quinta-feira, o representante do grupo disse que isso se deve à falta do cumprimento das promessas feitas pelo Estado e a ONU.
“Desde essa altura fomos abandonados à nossa sorte. Estamos a reivindicar por na altura fomos prometidos uma compensação financeira. De lá a esta parte nem água vem nem água vai”, disse o coordenador, Adolfo Samuel Beira.
Ele disse que a concentração do grupo na sede da ONU em Maputo tem que ver com o desgaste de as suas reivindicações não serem atendidas nas instituições do Estado.
“A única forma de diálogo com o Governo tem sido através de documentos que nunca são respondidos, inclusive pedidos de audiências”, disse.
No entanto, ele referiu que estas últimas incursões reivindicativas foram acolhidas pela ONU, que prometeu encaminhá-las ao Governo.
“Estamos aqui a aguardar as respostas. É aqui onde iremos aguardar”, disse.
A ONU não respondeu a um pedido de comentário.
MZNews - 30.05.2024
Mais De Uma Dezena De Insurgentes Mortos Em Confrontos Em Mocímboa Da Praia
Os insurgentes tentaram saquear Limala por volta das 4 da manhã, mas foram apanhados pelas tropas ruandesas baseadas em Mbau, a cerca de 10 km de distância.
As forças de segurança ruandesas mataram esta manhã mais de uma dezena de insurgentes apoiados pelo Estado Islâmico em confrontos na aldeia de Limala, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, disseram fontes locais ao Zitamar News.
Os insurgentes tentaram saquear Limala por volta das 4h da manhã, mas foram apanhados pelas tropas ruandesas baseadas em Mbau, a cerca de 10 km de distância. Outro grupo de insurgentes montou simultaneamente dois bloqueios na estrada N380 entre Chinda e Awasse, possivelmente para desviar as forças de segurança, afirmou uma fonte local.
Um vídeo que circula na Internet mostra os corpos de sete insurgentes com ferimentos de bala. As estimativas do número de insurgentes mortos variam, mas mais de uma dúzia foi confirmada como morta, de acordo com fontes locais.
O Presidente Filipe Nyusi reconheceu o confronto esta manhã e afirmou que as forças moçambicanas e ruandesas estavam a perseguir os insurgentes que fugiram de Limala. Disse ainda que dezenas de insurgentes tinham sido mortos em Limala e no distrito de Nangade, onde as milícias da Força Local iniciaram operações contra os insurgentes há dois dias. Três membros de uma família que se acredita ter aderido à insurgência foram mortos por membros da Força Local na aldeia de Nova Família, em Nangade, na segunda-feira.
Ontem, um pequeno grupo de insurgentes foi reportado a disparar tiros na aldeia de Naquiero, a cerca de 30 km de Limala, informaram fontes locais.
Ministério Público (MP) faz buscas em residências e empresas de 40 arguidos por branqueamento de mais de 330 milhões de dólares
O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional está a realizar buscas em residências e 15 estabelecimentos comerciais de 40 arguidos acusados de exportar 330.241.242,39 dólares, equivalentes a 21.135.439.512,96 meticais, entre 2019 e 2023.
O trabalho de buscas denominado Stop Branqueamento de Capitais (Stop BC) ocorre nas cidades de Maputo, Matola, Nampula e Nacala. Até então já foram detidos cinco cidadãos e apreendidos diversos documentos e equipamentos objectos de investigação.
Os 40 arguidos, entres nacionais e estrangeiros, são indiciados, entre outros, da prática de branqueamento de capitais; falsificação de documentos; fraude fiscal; abuso de confiança fiscal; associação criminosa; e uso de documentos falsos.
De acordo com uma nota do Ministério Público (MP), os suspeitos criaram empresas de fachada para exportar capitais de proveniência ilícita e em alguns casos desconhecida.
Os indiciados contavam com a colaboração de despachantes aduaneiros e colaboradores de bancos que “falsificam os termos de Intermediação Bancária e os Processos de Desembaraço Aduaneiro que as usavam para a exportação de capitais, sob pretexto de importação de mercadorias em diversos países, principalmente os considerados paraísos fiscais”.
O MP diz já ter accionado a Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional, com cerca de 12 países, identificados como receptores dos fundos, com vista a assistência mútua legal e respectiva recuperação de activos.
O processo dos arguidos detidos será submetido ao Juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório, enquanto ocorrem diligências para a captura de mais envolvidos.
MZNews - 30.05.2024
O Netanyahu precisa ser detido [Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, nós vamos falar sobre actual situação de Israel, principalmente o Primeiro-ministro o Benjamin Netanyahu. Em todo mundo não se 'fala' outra coisa comenta o ataque das Forças Armadas israelitas a Rafah que deixou + de três dezenas de palestinos mortos. A 'impressão' que agente tem para quem 'olha' de longe é que o Exército de Israel está fora de controle, quando as 'coisas chegam' nesse ponto é que os Generais já não tem + controle sobre a tropa, ou seja, isso, já está na mão de Tenente, de Capitão por uma série de problemas: traumas de batalha, desesperança, Comando deficiente e…etc.
Pode-se dizer, que o Exército está se 'desagregando' no seu 'moral' e na 'disciplina', porquê atitudes como essa, seja da Força Aérea, seja do Exército, da Marinha quem quer que for ela já 'caracterizam' quê as coisas não vão muito bem; o problema todo é que a Comunidade internacional 'parece' quê não quer fazer nada contra o Netanyahu deixando ele fazer o quê ele quer, depois agente vai-se 'arrepender' como se 'arrependeu' do Ruanda, de Srebrenica, do Cambodja, do Soweto e… ai vai.
Por 'inacção' da Comunidade internacional nós temos um 'genocídio' que é o que está acontecendo ali em Gaza, só que, o problema para Israel vai ser muito maior do que parece, porquê? Porque as pessoas não 'vão esquecer' tão cedo o que está acontecendo, isso vai levar gerações e gerações para esquecer; Israel vai ser um país 'estigmatizado' é inevitável isso!
O país já está sendo 'estigmatizado' isso vai 'perseguir' por anos e décadas a sociedade israelita tenha ela ou não a 'responsabilidade' pelo o quê aconteceu no local. O facto é, que o Netanyahu porquê que ele precisa ser detido. Assim não vamos colocar nem a situação dos palestinos, mas para 'salvar' Israel mesmo, porquê? Porque nós temos uma faixa de Israel no Norte do país de +- [10] km Israel a dentro, de Norte para o Sul ali próximo ao Líbano que a população civil 'precisou' ser evacuada e… já se evacuou + de [60] mil civis porque a artilharia do Hezbollah 'atinge' os povoados fronteiriços.
Então, Israel perdeu 'acesso' a território, a segurança que eles 'obtiveram' em 19[67] há [55] anos atrás; no Sul o Porto de Eilat praticamente está falido Navios que vão para Israel estão tendo uma 'dificuldade enorme' . A situação de Gaza é aquilo quê eu já falei outro dia para vocês, agente não 'sabe' quantos soldados israelitas morreram ali, mas seguramente está na casa de milhares dada a 'intensidade' e o 'tempo' de duração do conflito. Agora, como se não bastasse toda essa 'hecatombe' nesse fim-de-semana se 'acrescentou' + uma porquê? Porque houve um tiroteio entre as Forças Armadas de Israel e as Forças Armadas do Egipto até onde se sabe 'morreu' um Oficial egípcio e… isso pode 'gerar' problemas muito graves de disciplina e hierarquia nas Forças Armadas do Egipto, porquê eles pensam… “olha…nós estamos vendo nossos irmãos palestino serem massacrados nós… não estamos fazendo nada e… agora os nossos militares estão morrendo também.” Então, isso pode virar um problema muito sério.
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29/05/2024
Detido pai de Nuro Gulam: O moçambicano preso em Nova Iorque pelo FBI
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deteve na manhã desta quarta-feira (29) Gulam Hassam, pai de Nuro Gulam, o moçambicano detido em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), sob alegação de tráfico internacional de drogas.
Não se sabe ao certo se a detenção de Gulam Hassam tenha alguma relação com o caso do filho, mas uma fonte do meio judiciário confirmou ao Ikweli que na justiça moçambicana corre um processo contra a família.
Esta família é proprietária do Grupo Maiaia, fundado nos anos 80, tendo sido um dos grupos empresariais mais prósperos e influentes de Nacala, mas chegou a decadência devido a dívidas que contraiu com a banca comercial e não honrou com os compromissos.
Em Nacala, o Grupo Maiaia já foi um dos maiores empregadores, através das suas fábricas de trigo, chapas de zinco, plásticos e bolachas.
Citando fontes bancárias, a Carta de Moçambique já escreveu que o grupo Maiaia “em 2012, o Grupo Maiaia devia cerca de 17 milhões de USD ao BIM e 15 milhões ao BCI, dívidas consideradas por fontes bancárias como difíceis de cobrar”.
Em Nacala, uma equipa da PGR, vinda de Maputo, vasculhou em, pelo menos, 3 casas da família de Gulam Hassam, sendo que, em algumas delas, tiveram de usar a força para entrar, pois não lhes queria ser dado o acesso.
Na cidade de Nampula, a operação esteve baseada na Residencial Fénix, uma das mais novas instâncias hoteleiras da urbe, tendo no local sido apreendidos computadores, talões de depósito, entre outros equipamentos.
Igualmente, um trabalhador da empresa foi recolhido para as celas da Polícia da República de Moçambique (PRM).
A PGR ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Ikweli contactou o porta-voz da Procuradoria Provincial de Nampula, o qual disse não ter detalhes, remetendo um pronunciamento para esta quinta-feira (30).
A Polícia da República de Moçambique confirma a operação, mas diz que pouco pode falar dela porque pertence ao Ministério Público, tanto é que apenas tinha lhe sido solicitada a protecção.
IKWELI – 29.05.2024
Ataque insurgente à Mocímboa da Praia
Os insurgentes atacaram na manhã de hoje a aldeia Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. As forças de segurança do Ruanda e a Força Local baseadas na aldeia responderam ao incidente. Os insurgentes também bloquearam a estrada N380 entre as aldeias de Chinda e Awasse, no sul de Mocímboa da Praia. Nenhum detalhe adicional foi confirmado até o momento.
Ontem, foi relatado que um pequeno grupo de insurgentes disparou tiros na aldeia de Naquiero, a sul da vila de Mocímboa da Praia.
Fonte: Zitamar News
28/05/2024
LÍNGUA AFIADA: O ARQUIDUQUE QUE SALAZAR AJUDOU
Por Afonso Almeida Brandão
Depois da morte do jovem imperador, a 1 de Abril de 1922, fez este ano 102 anos, a viúva Zita, grávida e com sete filhos nos braços, faz as malas e segue para Espanha. É Afonso XIII quem lhe dá a mão, oferecendo-lhe asilo em Madrid. É no Escorial que acaba por nascer a ultima filha, Isabel, numa casa que já fora deles.
Daqui seguem para o país basco, onde a jovem imperatriz, que até ao dia da morte não mais tirou o luto, educa e prepara o filho primogénito para um eventual regresso ao trono.
Alguns anos mais tarde, a convite do Rei Leopoldo da Bélgica, fixam morada no Castelo de Steenokerzeel, perto de Bruxelas. O jovem arquiduque, junto com a irmã Adelaide, formou-se na Universidade Católica de Lovaina, em Ciências Políticas.
Depois de concluídos os estudos, segue para Berlim fazer pesquisa para a sua tese de doutoramento, que versava sobre “Os direitos do campesinato na Áustria”, uma espécie de reforma agrária “avant la lettre”.
Estamos em 1932, com Adolfo Hitler já muito perto do poder, o qual, tal como Herodes com Jesus, não perde tempo e imediatamente o convida para uma audiência.
Fora o filho do Kaiser Guilherme, uma estrela ascendente na hierarquia militar, quem intermediara esse encontro. O seu pai, a troco de ter abdicado, evitou o exílio e conseguiu manter intacta parte da fortuna. Exactamente o contrário do seu aliado austríaco que, não tendo abdicado, morreu na miséria.
O jovem arquiduque por duas vezes recusou a solicitada audiência, não por que tivesse medo de ser influenciado, mas tão simplesmente para não dar esse trunfo ao Führer, que seguramente faria desse encontro notícia de primeira página e um factor importante na sua máquina de propaganda.
Mas não resistiu a assistir a um comício do Führer, ao qual também compareceram um grupo de arruaceiros comunistas, com o propósito de desestabilizar a manifestação. No final foram eles os primeiros a levar Adolf Hitler em ombros.
Pouco tempo depois, a 30 de Janeiro de 1933, Hitler toma o poder e o jovem arquiduque, nessa altura com apenas 22 anos, regressa rapidamente a Bruxelas. Aí acaba o seu doutoramento “avec la plus grande distinction”.
Daí em diante, e até 1938, Hitler intensifica a pressão sobre a Áustria. O chanceler Dolfuss é assassinado em 1934, mas o golpe final falha. Sucede-lhe Kurt von Schuschnigg, igualmente antinazi que consegue resistir à besta nazi até ao fatídico dia 11 de Março de 1938, data em que os blindados de Goering atravessam a fronteira em Salzburgo.
O chanceler austríaco é alvejado na chancelaria e deixado três horas a agonizar até morrer; pouco depois, a 15 de Março, Hitler profere o famoso discurso no balcão do Hoffburg. A Áustria deixara de existir (o México foi o único país que levantou um protesto).
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Dívidas ocultas: Finalmente, Jean Boustani lança o “prometido livro expondo a podridão do governo do dia”
É um livro que está a causar várias inquietações aos entendidos na matéria e “investigadores puros” do mediatizado escândalo em Moçambique. Em causa estão as revelações de Jean Boustani que em 2021 havia avançado que iria publicar um livro sobre os contornos do escândalo que abalou o País nos últimos anos.
No livro, Boustani revela que a Privinvest por regra não adianta taxas a intermediários para desbloquear um arquivo, para eliminar qualquer risco de suborno. “Pagamos depois, quando estiver assinado. Neste caso, não estávamos a falar de um contrato normal, mas sim de um casamento entre a Privinvest e Moçambique. Edifícios tiveram que ser construídos e equipamentos instalados”, explica Boustani.
Segundo revela Jean Boustani, “convidei o governo de Moçambique a visitar Abu Dhabi e a Alemanha para visitar os nossos locais de construção. Tinha confiança nas nossas capacidades, os moçambicanos tinham que ver do que éramos capazes. A organização foi bastante complicada, mas em dezembro de 2011, uma delegação veio a Kiel, na Alemanha. O filho do Presidente, Armando Ndambi Guebuza, esteve na viagem, bem como António do Rosário, chefe da inteligência económica, e Teófilo Nhangumele. Acho que eles ficaram impressionados. A certa altura, surgiu uma questão legítima: quem, além da Privinvest, poderia fornecer esta oferta global, incluindo navios, radares, sedes? Os meus colegas alemães, com total transparência disseram que era a americana Raytheon. Como o grupo norte-americano tinha instalações na Alemanha, a Privinvest organizou uma visita para os moçambicanos.”
Boustani conta que na reunião que teve com o então Presidente da República Armando Guebuza, abordou sobre a questão de pagamentos aos envolvidos no projecto, mas este disse-lhe: “Senhor Boustani, estamos a falar de um grande projecto estratégico. A minha resposta é simples: ninguém, nem eu nem qualquer outro funcionário moçambicano, está autorizado a receber um cêntimo para avançar como deveria. Se alguém te pedir dinheiro, recuse e venha falar comigo. Duas horas depois dessa reunião, a administração me ligou, o processo começou a ser resolvido.”
Cabo Delgado: A quem servem as forças de elite moçambicanas?
Em Moçambique, questiona-se as verdadeiras intenções das forças de elite, formadas pela União Europeia: protegerão a população de Cabo Delgado do terrorismo ou os interesses das multinacionais do gás?
Os olhos estão agora postos sobre os 1.650 soldados moçambicanos de "elite" que, segundo relatos, foram bem preparados pela Missão de Treino da União Europeia em Moçambique (EUTM-MOZ) nos últimos dois anos.
Estes soldados já combatem o terrorismo em Cabo Delgado. Contudo, João Feijó, da ONG Observatório do Meio Rural (OMR), afirma que o apoio militar externo eficaz acaba por não beneficiar quem realmente precisa.
Segundo o investigador, "é algo decidido por um grupo de indivíduos muito influenciados por interesses de grandes multinacionais extrativas que conseguem persuadir os Estados europeus a patrocinarem a formação de forças de segurança, visando mais a proteção desses investimentos do que a população".
"Há aqui um problema estrutural que reproduz o conflito", acrescenta.
Tropas da SADC devem retirar-se de Cabo Delgado até julhoTropas da SADC devem retirar-se de Cabo Delgado até julho
Macomia novamente alvo dos terroristas
Exemplo disso é Macomia. Após um período de calma garantido pela missão militar (SAMIM) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o distrito voltou a ser um alvo preferencial dos insurgentes, especialmente desde maio, com a retirada das forças amigas prevista para julho. É costume permanecerem num à-vontade tal, em grupo numeroso, por terem consciência de que uma retaliação imediata é uma raridade.
Na avaliação do investigador Fernando Cardoso, o "vazio" deixado por essas forças da SAMIM tem sido compensado com as novas tropas treinadas nos últimos dois anos por militares europeus. "No entanto, os insurgentes aproveitaram-se desta retirada, que eliminou uma posição defensiva, para ocupar temporariamente" a área, ressalta Cardoso.
Dúvidas sobre a situação em Cabo Delgado
Os recentes ataques a Macomia e Ancuabe, por exemplo, lançam dúvidas sobre as declarações do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que justificou a saída gradual das forças da SADC com a estabilização da província de Cabo Delgado.
Cardoso também está otimista quanto a melhorias no norte, mas baseia-se em variáveis externas.
"Eu creio que, com as operações do gás a iniciarem-se e com o novo Governo da Tanzânia a perceber que o piorar da situação em Cabo Delgado é péssimo para os seus objetivos de desenvolvimento, com as reservas de gás todas situadas no sul, perto da fronteira com aquela província moçambicana, creio que esta insurgência não tem muito mais tempo de vida, independentemente da situação que se vive em Moçambique, uma situação de extrema debilidade", conclui.
DW – 28.05.2024
O país que + ganha com as negociações de paz é Ucrânia [Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, nós vamos conversar sobre o lançamento de notícia por parte da Agência de notícias Reuters, segundo o qual a Rússia estaria “disposta” a fazer negociações de paz. No dia que a Reuters está colocando a notícia eles colocam +- assim: “que a ofensiva em Kharkiv estaria estagnada então o Putin decidiu abrir negociações de paz”.
Repare, ai já começam os problemas, porquê em primeiro lugar quê não houve “ofensiva” em Kharkiv, o que agente tem é uma série de ataques pontuais quê 'visam' explorar oportunidades, não é, eu ainda não acredito e não dá para formar ideias de que é uma “ofensiva geral” e se for ela está diminuída, porquê agente não está vendo. O quê eu vi um analista russo comentando nesses dias o quê se busca é a 'destruição' do exército ucraniano e… nesse ponto a Rússia vai bem obrigado até porquê os Generais ucraniano por “incompetência” acabam colaborando, porquê lançam os seus soldados em ataques desnecessários.
Então, o quê que acontece na verdade: a Rússia vai negociar a paz? Vai! E eu acho que ela negociaria a qualquer hora, antes de começar a guerra, no começo da guerra, quando a Ucrânia fez a [contra]ofensiva, quando a Rússia estava bem e quando ela não estava , ou seja, eles negociariam em 'qualquer ponto' só que, o acontece, os 'termos' iriam ficar cada vez + pesados para Ucrânia na medida que o tempo passa, porquê que eu estou falando isso? Porque o grande problema da Ucrânia são as armas de longo alcance. Vou-lhes lembrar que recentemente eles 'atingiram', dizem que 'atingiram' radar russo bem no interior da Rússia, hora a partir do momento que você 'consegue atingir' um radar de alerta antecipado para ataques nucleares, a partir do momento que você consegue 'atingir' um radar desses no interior, porque você têm armas 'muito poderosas' quê a Rússia já não quer + no seu poder então, eles vão 'exigir bastante' nos ucranianos.
As negociações serão bastante complexas daqui para frente, mas eu não acredito quê a Rússia esteja em condições de passar o pires, eu acho, quê eles vão 'impor' algum tipo de decisão, enquanto a Ucrânia 'não aceitar' isso ai ela vai continuar sofrendo esse desgaste. Agente tem um exemplo agora e agenda é longa, o Zenlensky está visitando Portugal e…agenda dele é até 'secreta' ,porque ninguém sabe o quê ele vai fazer lá. Bom…Portugal vamos 'ser honestos' não é um país 'relevante' no cenário europeu e…muito menos no cenário internacional, mas é um país que tem uma vantagem, porque dá muita 'atenção' para o Zelensky, a própria imprensa portuguesa 'tieta' muito a figura do Volodymyr Zelensky, lhe dão assim vamos dizer um 'crédito' que ele já não têm noutros países, têm países quê não quer ver nem o Zelensky pela frente, porquê eles sabem que é um pidão. Então em Portugal, ele vai 'conseguir' mostrar quê ele ainda tem “prestígio” e.etc.,mas…assim em termos mediáticos como tudo que ele tem feito funciona, mas em termos práticos não vai mudar nada efectivamente.
Agora, o quê agente observa uma coisa bastante 'interessante' é que o 'discurso de triunfalismo' do imperialismo já morreu! Já não se fala + em vitórias ucranianas e possibilidades de 'ganhar' em nada disso, se fala é que a Rússia ela está cada vez + o seu fabrico de armas é uma 'coisa colossal' e…isso está deixando os ucranianos numa situação cada vez + difícil.
Cabo Delgado: terroristas vistos em Nangade
O distrito de Nangade, norte da província de Cabo Delgado, voltou a registar esta segunda-feira (27) uma movimentação de terroristas, numa região que dista a menos de 50 quilómetros da vila sede. Depois de meses sem circulação de terroristas, este episódio pode marcar o retorno dos insurgentes ao distrito.
Residentes de Nangade-sede, disseram à "Carta" esta segunda-feira, que um grupo de terroristas [menos de dez] escalou a aldeia Nova, levando à fuga de algumas famílias.
"Foram vistos hoje (segunda-feira) na aldeia Nova, mas não temos relatos de mortes. Essa aldeia está um pouco distante da vila", disse Sebastian Américo, a partir do bairro Ndeganamade, em Nangade-sede.
Outro residente referiu que os terroristas não protagonizaram actos de violência, mas saquearam produtos alimentares. "É um grupo pequeno e pensamos que estão à procura de dinheiro, contudo, não violentaram os civis".
As fontes acrescentaram que as Forças de Defesa de Moçambique e da Tanzânia e a milícia local teriam iniciado a perseguição do grupo. Os relatos sobre a presença de terroristas em Nangade acontecem numa altura em que a maior parte da população que se tinha refugiado à sede do distrito regressou às suas aldeias e está empenhada na produção agrícola e no tratamento dos cajuais.
CARTA - 28.05.2024
Venâncio Mondlane Cria Novo Partido Político: Revolução Democrática de Moçambique (RDM)
Venâncio Mondlane, destacado político moçambicano, acaba de lançar oficialmente seu novo partido, a Revolução Democrática de Moçambique (RDM). Informações recebidas por e-mail confirmam a criação do RDM, que terá a avestruz como símbolo oficial.
Embora detalhes adicionais ainda sejam escassos, fontes indicam que Mondlane está cauteloso para evitar possíveis obstáculos de seus adversários políticos. A expectativa é de que mais informações sobre a composição e os objectivos do partido sejam divulgadas em breve.
O anúncio marca um novo capítulo na carreira política de Mondlane, conhecido por sua postura combativa e inovadora. A criação da RDM promete agitar o cenário político moçambicano, trazendo uma nova visão e energia para o debate democrático no país. (FONTE: VICENTE SEIVA)
VM é uma ameaça para todos
Por Edwin Hounnou
Enganam-se os que consideram que o fenómeno Venâncio Mondlane (VM) seja uma ameaça unicamente à Renamo e ao seu reeleito presidente Ossufo Momade. As pessoas que corriam atrás de VM ou com ele corriam, nos protestos contra os fraudulentos resultados das eleições autárquicas de Outubro de 2023, não eram apenas seguidores da Renamo, mas o conjunto de moçambicanos desiludidos pelas políticas seguidas pelo partido no poder e de outros militantes e de gente sem qualquer militância partidária que viram em VM a sua bússola que indicava o caminho de salvação do abismo e a estrada do futuro.
Aqueles jovens que corriam atrás dos seus sonhos espezinhados pela má governação do partido no poder, por montes de promessas não cumpridas, contra a habitual violência policial e pela justiça eleitoral sempre negada ao povo pelos órgãos eleitorais arregimentados ao partido Frelimo. Os mais novos ensinaram aos mais velhos, nas eleições autárquicas de 2023, que para lutar não é preciso ser de um partido. Precisa ter a cabeça, consciência e a alma para pensar no futuro do país.
Os jovens que corriam e cantavam com VM querem um líder para continuarem a lutar contra um regime corrupto e ineficaz, capaz de lhes garantir momentos de sonharem que, um dia, as coisas possam mudar para o melhor. A Renamo ao rejeitar VM provocou um enxame de abelhas contra si que lhe vão ferrar muito mal nestas eleições. Igualmente, se equivocam aqueles que dizem que VM sejam um mero fenômeno de gente fina que se ilude pelos bonecos das redes sociais.
Os factos demonstram que o fenômeno VM chega bem longe. Chega tanto às vilas de Chiúre e de Marromeu assim como faz vibrar nas cidades de Maputo e Matola. Os jovens sentem-se traídos pela forma como o imbróglio eleitoral terminou. Dizem que foi a Frelimo, através da voz de Ossufo Momade, que disse para que os protestos terminassem imediatamente. De facto, nunca mais houve manifestação. Tudo terminou assim como havia começado.
A presença activa de VM na política doméstica põe meio mundo de calças pelo joelho. Os mais ameaçados serão os que se encontram mais próximos do pólo do poder e os demais que fazem política estomacal que, hoje, em plena praça pública são detestados devido ao seu conformismo de que nasceram para ser oposição.
Ora, as camadas jovens pensam que podem mudar a situação bastando, para tal, haver líder para lhes indicar o caminho a seguir de luta. Nada é impossível quando a gente, muda o sistema que descaracteriza o nosso povo.
As eleições autárquicas, mais do que em qualquer outro momento, mostraram que, afinal, é possível vencer e as coisas se tornam mais fáceis ainda quando se tem um bom líder com visão. Os que correm a dizer que o VM seja um fenômeno citadino, podem continuar a sonecar e serão surpreendidos pelo comboio da História que não fica à espera dos que não se entregam à luta pela democracia e liberdade. O povo não vai ficar à espera dos que se deixam dormir debaixo da mesa do poder.
As barreiras inventadas por notários devem ser denunciadas. Há noticias que sugerem que já começaram a despontar nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Sofala. Até os de Sofala, terra que se bate pela diversidade, também faz parte dos sem-carácter?!
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27/05/2024
Moçambique: Profissionais de saúde prolongam greve
Os profissionais de saúde moçambicanos anunciaram a prolongação da greve por 30 dias face à falta de consensos nas negociações. Acusam o Governo de "intensificar as ameaças" à classe.
"Conversações estão a decorrer com o Governo, mas prevalece o braço de ferro, visto que este teima em não apresentar garantias concretas de que vai cumprir com os acordos de junho e agosto de 2023 firmados em sede de negociações", disse a secretária-geral da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Sheila Chuquela, em conferência de imprensa, em Maputo, esta segunda-feira (27.05).
Em causa está uma greve iniciada há quase um mês pela APSUSM, que abrange cerca de 65.000 profissionais de saúde de diferentes departamentos do Sistema Nacional de Saúde, exceto os médicos.
Chuquela afirmou que a classe quer que o Governo apresente prazos para o cumprimento dos acordos já alcançados em sede de negociações, sobretudo no que diz respeito à disponibilização de material médico-hospitalar e melhoria das condições do trabalhador.
A responsável voltou a acusar o Governo de intensificar as ameaças aos profissionais de saúde, recorrendo a transferências arbitrárias para unidades sanitárias mais distantes.
"Podemos provar a nossa desconfiança quanto à vontade do Governo de cumprir com os acordos com a APSUSM na medida em que continua seviciando o profissional com transferências arbitrárias para locais mais distantes da área do trabalho atual", afirmou.
Acusações de falta de seriedade
A secretária-geral da APSUSM acusou ainda o Governo de continuar a "negligenciar" a saúde dos moçambicanos, ao "usar estudantes totalmente despreparados" para atender os utentes que procuram pelos cuidados de saúde.
"Como se pode depreender, são manobras de quem não quer efetivamente solucionar os problemas existentes no sistema nacional de saúde e furta-se a levar com seriedade as questões apresentadas para não solucionar os problemas e cansar o profissional de saúde", acrescentou.
Mais de 50 mil profissionais de saúde aderiram à greve iniciada em 29 de abril, anunciou anteriormente a associação.
Entre outros aspetos, a APSUSM exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, que têm, em alguns casos, de ser adquiridos pelos pacientes, a aquisição de camas hospitalares, a resolução do problema da "falta de alimentação", bem como o equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta vai "obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso".
LUSA – 27.05.2024
A miopia da guerra do Golfo gerou 'triunfalismo' nos EU[Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, nós vamos falar de algumas das consequências da guerra do Golfo acontecido em 19[91], duma coalizão formada por Estados Unidos [EU] e + [30] países contra o Iraque de Saddam Hussein e como isso 'repercuti' até hoje noutros conflitos que os EU estão envolvidos.
Bom, a guerra do Golfo para quem não sabe o Saddam Hussein, invadiu o Kuwait em 19[90], os EU 'capitaneiam' uma coalizão de + de [30] países e acabam 'expulsando' as tropas de Saddam do Kuwait no ano seguinte, os EU mobilizaram + de meio milhão de soldados, uma Força Aérea impressionante, Forças Navais e etc., bom… foi uma vitória acachapante e que 'gerou' uma onda de 'triunfalismo' muito grande nos EU.
Eu, particularmente acho que todo aquele seja uma pessoa, uma Instituição, um país que se deixar envolver pelo 'triunfalismo' fica à beira do desastre e…o desastre dos EU veio [30] anos depois, mas veio. Porquê que eu digo isso? Porque na verdade eles 'enfrentaram' um Exército do Saddam que já era um Exército que vinha sendo, estava 'depauperado' desde a época da guerra Irão-Iraque entre 19[80] e 19[88]. Os iraquianos 'sofreram' muitas perdas, o Exército estava numa situação bastante difícil, o Iraque estava falido e eles não tinham os equipamentos; os equipamentos iraquianos não tinham a manutenção nem o treinamento adequado e…nem dominavam completamente a “expertise” necessária em 'enfrentar' as Forças dos EU, fora ao facto de que havia uma 'superioridade tecnológica' dos EU naquela época em termos de guerra electrónica, armamento guiado e etc.
Então, o quê aconteceu! Os EU viram nós…'derrotamos' o Saddam em menos dum mês, nós…somos como se diz a gíria popular “o rei da cocada” e…acharam quê dali para frente ia ser sempre assim, na sequência veio o bombardeamento na Jugoslávia em 19[99] foi a mesma coisa se bem quê eles 'perderam' aeronaves ali , 'perderam' também no Golfo, depois vem o ataque contra a Líbia em 20[11], a invasão do Iraque em 20[03] com o Exército do Saddam 'emasculado' desde 19[91] com as sanções ali ele já não tinha + condições de nada mesmo e…os EU e seus aliados Reino Unido principalmente começaram “achar” quê dali para frente todas as guerras seriam fácies, só que, eles 'esqueceram' uma coisa: esse ambiente militar ele é muito dinâmico, mas muito dinâmico, quando eu digo dinamismo é questão de semanas; em questão de semanas muda tudo! Iranianos, russos, chineses, Norte-coreanos essa gente toda 'observou' os EU no Golfo e…começaram a 'trabalhar' as suas contra medidas.
Então, o quê acontece, uma coisa quê essa gente já começou 'observar' é muito interessante, porquê eu andei fazer uma pesquisa e notei muita coisa: eles sabem quê as armas ocidentais são muito caras, em pouca quantidade e de eficiência duvidosa e… se vocês me dão licença, vou dar um exemplo disso; os Jacto F-117, 'cantaram' uma série de luas do F-117 na guerra do Golfo, em 19[99] foi 'derrubado' na Jugoslávia, na Sérvia então, eles começaram a 'perceber' isso essa gente não tola começaram a procurar pontos fracos.
O DRAMA DA GUERRA: GUERRILHEIROS DA FRELIMO E PORCOS DO MATO NOS MESMOS ABRIGOS NA GUERRA COM OS PORTUGUESES E AGORA SOLDADOS DA FRELIMO USAM A POPULAÇÃO COMO ESCUDO DE PROTEÇÃO NA GUERRA DO NORTE
Terrorismo em Cabo Delgado: População da aldeia Nanjaba em Macomia rejeita instalação de uma unidade militar (2)
Por Francisco Nota Moisés
... "Fontes disseram que, quando a população se apercebeu que os militares queriam estabelecer uma posição, começou a sair, alegando receio de ser atacada pelos terroristas que advertiram que não podiam aceitar a presença das FDS. "Isso é verdade, a população pediu aos militares para se retirarem. Caso contrário, iria se instalar nas machambas, porque alega ter medo dos terroristas. No dia em que atacaram Macomia, uma parte destes estava em Nanjaba. Parte dos produtos que roubaram na sede deixaram em Nanjaba e depois foram a Mucojo. Avisaram que não podiam receber os militares que eles consideram ateus", contou Ayuba Salimo, residente da vila de Macomia." CARTA - 27.05.2024
A situação do camarada de guerra do norte continua a deteriorar-se para o camarada Frelimo. Isto me faz lembrar dum chefe sectorial desertor da Frelimo no Niassa oriental que em 1969 chegara como refugiado ao campo de refugiados de Rutamba no distrito de Lindi na região de Mtwara na Tanzânia para onde eu e outros rebeldes da Frelimo tínhamos sido exilados pelo governo de Tanzânia, marcando assim o fim da nossa luta de resistência contra os chefes terroristas da Frelimo em 1968. O camarada chefe sectorial da Frelimo no Niassa oriental chegou em Rutamba numa situação péssima, diga-se mesmo caótica com piolhos nos seus cabelos e na sua roupa rasgada por toda a parte.
Estive com o Costa Magiga, que morreu alguns anos atrás em Nairobi duma crise cardíaca.
Infelizmente, Magiga que tinha sido um grande amigo meu e companheiro de fuga de Rutamba para Nairobi em 1969 veio depois a ser identificado como o homem que veio a ser infiltrado pela Frelimo em Nairobi numa operação dos terroristas da Frelimo que veio a culminar com o rapto e extermínio em 1977 do padre Mateus Pinho Gwenjere que foi um dos maiores patriotas, heróis e nacionalistas moçambicanos.
O camarada antigo chefe sectorial do Niassa tinha fugido da guerra com os portugueses que ele não aguentava mais. Costa e eu perguntamos ao desmazelado como é que ia a guerra no interior. "Jicambaradas ji irmaus," respondeu," ji não perguntar como ji vai jiguerra. Jipergunta como jinimigu jiataca e jibombardea. Ji demacha de ji manha cedo voce ouvir jijiji. Jir ser o que? Ji ser aviau. Ji voce ouvir tatata tatata tatata, bum bum bum (sons de metralhadoras aeroportadas e bombas.)
"Ji irmau, ji você incorre e ji entra num buraco onde ji encontra jicamarada porco do mato. Ji porco do mato e jivoce ser iirmaus ansi," disse o homem, pressionando os seus dedos indicadores para enfasear a simpatia entre homens e animais durante uma guerra. "Ji porco do mato ji não ataca você. Ele ji entender o seu "tabu" (swahili para dize o seu problema)" antes de jiperguntar ji você: como ji vai jiguerra la fora?"
Costa e eu rebentamo-nos de rir por causa do pretogues que estivemos a ouvir, o que era quase o tipo de português que se ouvia na Frelimo. O homem não entendeu que nos riamos do seu pretoguês.
"Ji eu não poder mais aguentar com aquele situação. Jicuambucou o Rovuma (jicuambucou que ele disse vem da palavra do Nhanza e também do Sena " kwambuka" para dizer atravessar. Obviamente o homem não conhecia a palavra portuguesa atravessar.
Da maneira como os guerrilheiros da Frelimo e os porcos do mato entravam em buracos para escapar ao tormento dos ataques portugueses, a soldadesca da Frelimo no norte de Moçambique tenta também estar perto das populações para utilizá-las como escudo de proteção contra os ataques rebeldes.
Polícia detém três homens com oito pontas de marfim
SUSPEITOS PRETENDIAM PROCEDER À VENDA NA PROVÍNCIA DE TETE
A Polícia deteve três pessoas na posse de oito pontas de marfim, quando pretendiam vender na província de Tete, centro de Moçambique, disse esta sexta-feira fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).
Os homens foram detidos em flagrante, no distrito de Cahora Bassa, em Tete, e os animais pertenciam ao Parque Nacional de Mágoe, na mesma província, disse Celina Roque, porta-voz do Sernic em Tete.
“As oito pontas de marfim pesam aproximadamente 50 quilogramas e eles venderiam cada quilograma por cinco mil meticais. Portanto, iriam lograr com esta venda cerca de 250 mil meticais”, acrescentou a porta-voz.
O Sernic referiu ainda que decorrem trabalhos, em coordenação com a ANAC , visando combater “a caça furtiva, abate de animais e venda de recursos faunísticos”. “Estamos a apertar o cerco concretamente no Parque de Mágoe e arredores, tanto é que estes [suspeitos] foram detidos no distrito de Cahora Bassa e não em Mágoe”, concluiu Celina Roque.
O Parque Nacional de Mágoe foi criado em 2013 e possui uma extensão de cerca de 355 mil hectares composta por uma floresta semi-fechada, com predominância de espécies de vegetação seca e diversas espécies de fauna bravia, incluindo búfalos, elefantes e crocodilos.
A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação. Segundo dados da ANAC, Moçambique tem cerca de dez mil elefantes.
DN – 27.05.2024
Terrorismo em Cabo Delgado: População da aldeia Nanjaba em Macomia rejeita instalação de uma unidade militar
A população da aldeia Nanjaba, localizada a 16 quilómetros da sede do distrito de Macomia, recusou-se na semana passada a receber ou viver próximo de uma unidade militar que pretendia instalar a sua posição naquela zona. No passado dia 10 de Maio, a aldeia foi alvo dos terroristas que atacaram a vila de Macomia.
Fontes disseram que, quando a população se apercebeu que os militares queriam estabelecer uma posição, começou a sair, alegando receio de ser atacada pelos terroristas que advertiram que não podiam aceitar a presença das FDS.
"Isso é verdade, a população pediu aos militares para se retirarem. Caso contrário, iria se instalar nas machambas, porque alega ter medo dos terroristas. No dia em que atacaram Macomia, uma parte destes estava em Nanjaba. Parte dos produtos que roubaram na sede deixaram em Nanjaba e depois foram a Mucojo. Avisaram que não podiam receber os militares que eles consideram ateus", contou Ayuba Salimo, residente da vila de Macomia.
Eduardo Chilave, outro residente da vila de Macomia, comentou: "um dos factores que aumenta a falta de confiança entre a população e os militares é a violência. Muitas vezes há queixas de maus tratos", disse, acrescentando: "na noite de sexta-feira capturaram um guarda de um estabelecimento comercial ali no mercado e até aqui não se sabe o seu paradeiro".
Outra fonte avançou que, provavelmente, as forças moçambicanas queriam posicionar-se naquela aldeia para controlar os movimentos da população e de possíveis terroristas, uma vez que, mesmo sem autorização, a população de Mucojo está a abandonar as famílias de acolhimento na vila de Macomia, optando por regressar às suas zonas de origem.
As nossas fontes acrescentaram que, nos últimos dias, as Forças de Defesa e Segurança não têm sido bem vistas na vila de Macomia, por causa da perseguição aos civis e alegada falta de prontidão combativa contra os terroristas que mesmo na presença das FDS atacaram a vila sede e fizeram "dawah" sem qualquer resistência.
CARTA - 27.05.2024
26/05/2024
A armadilha - Assuntos africanos: quem nunca deveria ter falado testemunha porJean Boustani e Erwan Seznec(2022)
O depoimento chocante do empresário libanês Jean Boustani, preso pelos Estados Unidos sob falsa acusação.
Jean Boustani trabalha para o grupo de construção naval Privinvest. Em 2013, supervisionou uma venda colossal: a Privinvest entregou dois mil milhões de dólares em equipamentos a Moçambique. Uma operação supervisionada. Legal.
No entanto, em 1º de janeiro de 2019, Jean Boustani foi preso ao descer do avião pelo FBI.
Motivos: corrupção, fraude, branqueamento de capitais, no contexto dos contratos moçambicanos. Porque a América não aprecia que vendemos equipamento para África sem pedir permissão...
O resultado: onze meses de detenção para Jean Boustani, uma batalha legal, uma vitória.
Este documento excepcional faz ouvir a voz de um homem que foi desprezado e depois inocentado. Revela os métodos de um governo americano disposto a renunciar a seus próprios princípios para estabelecer seu controle econômico, mesmo que isso signifique desequilibrar o jogo das relações internacionais.
"Com a ajuda do jornalista Erwan Seznec, Jean Boustani descreve a incrível maquinação, que permaneceu em segredo por muito tempo, da qual ele foi vítima. Mais do que um simples testemunho, a Armadilha é uma acusação implacável contra os excessos do imperialismo. » Valores atuais
(Tradução Google para português)
25/05/2024
TV SUCESSO "ESTREIA" FILME SOBRE MALANGA E EXPLORAÇÃO DE OURO EM MOÇAMBIQUE(video)
Na sua mais recente investigação, a TV Sucesso lança um documentário que revela detalhes inéditos sobre a exploração de ouro na província de Manica, Moçambique. O filme foca-se na figura de Christian Malanga, conhecido por liderar a milícia que invadiu o palácio presidencial na República Democrática do Congo, evento no qual foi morto imediatamente. A reportagem da TV Sucesso apurou que Malanga e seu filho realizavam frequentes viagens a Moçambique, onde mantinham relações estreitas com altos dirigentes locais e desfrutavam de "livre trânsito" em diversas áreas estratégicas.
O ponto convergente da Carta manifesto da OUA (Conl) [Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
A União Africana [UA] que é um grupo de países pouco conhecidos as vezes aparece nessas crises graves do Continente africano, a UA é uma espécie de ONU. O nome da UA veio em 20[02], ele é um nome + recente ele praticamente veio como substituição a visão anterior da OUA, um pouco como a União Europeia que já foi um mercado comum europeu e antes disso comunidade europeia de carvão e aço, a ideia é seguir um pouco nesses moldes e ai valha apena pensar.
Primeiro todos os países africanos são membros da UA, são [55] países africanos os [55] são membros. Existem Comités sobre agricultura e a economia rural, sobre finanças, sobre alfândega e imigração é importante lembrar quê na África existe muita, muita etnia que ficou 'deslocada' ou 'dividida' pelas fronteiras impostas pela colonização.
Existem Comités para integrar a ciência e tecnologia, pesquisas, recursos naturais, meio ambiente, muitas vezes o Rio que passa por um país passa por dois, três, quatro e cinco. Os problemas ambientais dos países da faixa chamada de Sahel onde o deserto 'avança' sobre a Savana esses países têm problemas comuns, tem a questão cultural, tem uma série de factores importantes, então, a ideia da UA é 'buscar' essa integração.
E, têm também tropas um pouco como ONU, existe às vezes você vê, talvez seja a face + visível, você vê uma operação de paz e… está lá um soldado com uma faixa no braço escrito UA para os países de língua latina da UA ou AU para aqueles que foram colonizados, por exemplo, pelos países de língua inglesa especificamente nesse caso o Reino Unido, mas também é usada como uma espécie de sigla internacional.
A UA é a 'juncão' também de uma série de Organizações económicas regionais; a África têm realidades regionais muito 'destintas' é importante pensar por exemplo, falando um pouco + de África que há primeiro uma divisão clara entre o Norte e Sul. O Norte sariano é também + muçulmano, + árabe e berbere. Por isso, quando você pensa no Norte da África parte desértica você tem 'basicamente' árabes por conta do processo de expansão árabe islâmica, a partir do Século VII d.C. Berberes que são os grupos locais principalmente da região do Magrebe e a religião muçulmano duma certa forma se expandiu junto, depois vai 'cruzando' o deserto chegando a África subsariana através do comércio.
Você vê, é legal fazer esse 'apanhado geral' do Continente africano e pensar essas divisões, ai você tem alguns países que estão no meio, eles estão na franja ali onde o deserto se encontra as partes + férteis na África subsariana, além de terras férteis e duma natureza diferente nós… temos as muitíssimas etnias africanas, vários grupos diferentes e basicamente cristão ou “animistas” que é o nome que se dá para as religiões locais. Dá para pensar a primeira divisão africana nesse sentido: o Norte árabe, berbere e muçulmano é a parte desértica e uma África antigamente chamada África negra, Africa subsaariana com diversos grupos étnicos negros muitas vezes ainda 'preservada' a religião nativa ou por força colonização a questão do cristianismo.
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LÍNGUA AFIADA: ATÉ QUANDO É QUE VAMOS FAZER DA MISÉRIA HUMANA UMA ACTIVIDADE LUCRATIVA?
Por Afonso Almeida Brandão
As ruas dos centros das principais cidades de Portugal, nomeadamente da sua Capital, expõem uma realidade chocante que infelizmente cresce a cada dia que passa. Pessoas a viver em situação de sem abrigo. Este flagelo está a tornar-se incontrolável e tende a aumentar exponencialmente. A abordagem que tem sido feita nos últimos anos pelas Autoridades é profundamente errada e o sistema que foi montado para o resolver não só não o soluciona, como, inclusive, está organizado para o potenciar.
Vamos ser claros. Ter pessoas em situação de sem abrigo tornou-se um negócio. Os contribuintes pagam uma quantia muito considerável de dinheiro a um conjunto de instituições, ditas de “pobre Moedas” solidariedade social, que deveriam servir para resgatar essas pessoas das ruas, mas que lucram mais se as mesmas se mantiverem por lá. E o Edil da Capital — o “pobre Carlos Moedas” — já não sabe o que fazer à stuação e pediu, há dias, ajuda ao Primeiro-Ministro Luís Montenegro. O assistencialismo visa referenciar quem mais precisa, ajudando todos aqueles que se encontram em situação de emergência. Em contrapartida recebe dinheiro do Estado por esse serviço. Esse acompanhamento, que no passado era residual, institucionalizou-se e profissionalizou-se.
As autarquias, como é o caso de Lisboa, têm equipas dedicadas a acompanhar esta situação. Também elas vão crescendo e exigindo sucessivos reforços do orçamento. Contudo, o titubeante e cada vez mais ineficaz Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas anunciou, há dias, em reunião conjunta com outros Municípios da Área Metropolitana de Lisboa, uma verba de 70 milhões de euros para “encontrar e resolver problemas”. Pediu ajuda na distribuição dos sem-abrigo por outros concelhos e que a União Europeia contribuísse com apoio financeiro.
A fórmula não pode ser a de continuar a deitar dinheiro para cima dos problemas, insistindo num modelo que não funciona, tentando com isso mascarar o assunto e enganar os Munícipes. A vereadora responsável pelo pelouro dos Assuntos Sociais da cidade de Lisboa, por sua vez, vê-se a braços com uma situação para a qual não é competente e, está visto, que não consegue tratar. Confia numa equipa que transitou do mandato «chuxa-lista» e que não a está nem irá ajudar. Assistimos com alarme ao proliferar da situação.
As causas para este flagelo são inúmeras. Desde logo o aumento continuado do custo de vida que temos vindo a assistir no nosso país. A estagnação económica e os baixos salários a que as políticas dos “metralhas” socialistas e sociais-democratas nos têm conduzido nas últimas décadas são um dos factores. A subida da inflação nos anos de 2022 e 2023, e consequentemente dos juros dos empréstimos bancários, agudizou o problema e são milhares os portugueses que se viram a braços com uma dramática situação financeira.
24/05/2024
O ponto convergente da Carta manifesto da OUA[Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Você já ouviu falar da Organização da Unidade Africana [OUA]? Você sabe qual a sua relação com o processo de descolonização da África? Qual a sua origem? Não! Então, hoje vou-te contar essa interessantíssima história.
A Organização foi criada em 19[63], mas para entendermos a OUA temos que 'recuar' um pouco. A descolonização e a 'formação' dos novos Estados independentes não aconteceram de forma homogénea e coesa; as 'contradições' e as divisões étnicas fazem parte da história africana há Séculos, mas essas 'rivalidades' não foram equacionadas quando houve a primeira grade 'divisão política' do Continente no contexto da Conferência de Berlim lá em 18[85]. É claro que a Conferência de Berlim não pode ser “responsabilizada” pela 'rivalidade', mas ao não levar tais 'rivalidades' em 'consideração' ela acabou formando um cenário propício para ‘acirrar' ainda + esses conflitos.
Na década de 19[50], o Egipto acabou se 'envolvendo' em um intenso movimento nacionalista sob a liderança de Gamal Abbdel Násser, esse movimento conhecido como pan-arabismo , resultou na formação de um novo Estado de 'vida curta' quê foi chamado República Árabe Unida. A RAU, sigla desse novo Estado representava a 'junção' de Egipto e Síria, esses dois países ou a RAU, durante o período em que existiu entre 19[58] e 19[61], se aproxima de outros países africanos como Gana, Guiné, Líbia, Malí e Marrocos. Esse conjunto de países 'criaria' certo 'consenso' em torno da melhor forma de 'construir' o Continente descolonizado; falei deles para apresentar um importante grupo no processo, tanto de descolonização quanto de formação da OUA. Sabe como ficou conhecido esse grupo? Grupo de Casablanca.
Mas, como disse no iniciou, não havia 'coesão' ou 'consenso' e, é bem óbvio, depois do que eu disse quê havia outro grupo, esse outro grupo era o grupo de Monróvia. De forma resumida o grupo de Monróvia era formado pelas antigas Colónias francesas e por outros países como Nigéria, Etiópia, Libéria, Serra Leoa, Somália, Congo e Tunísia.
Mas… vocês devem estar se perguntando, quais eram as 'divergências' entre os dois grupos?
Bom… vamos ao primeiro, o de Casablanca, aquela quê o Egipto e Gana encabeçavam. O grupo de Casablanca 'defendia' quê o desenvolvimento económico do Continente africano deveria se dar de forma 'centralizada' e pregava também necessidade de uma defesa comum no Continente, afinal em um mundo no qual já existia a NATO, OTASE e TIAR, o Continente Africano também deveria ter seu 'instrumento' de defesa notem, que o grupo inclui as agendas de Segurança e desenvolvimento, além disso, o grupo afirmava quê a 'cultura africana' precisava ser valorizada.
Mas, e o grupo de Monróvia? Os das antigas Colónias francesas e Companhias? Bom, esse grupo já não era favorável a 'centralização' , defendia a manutenção da soberania dos Estados em um processo de integração + flexível do que o defendia pelo grupo de Casablanca. O grupo de Monróvia 'via' com desconfiança esse “negócio” de integração 'centralizada' , porquê eles achavam quê o interesse dessa proposta era na verdade uma forma de 'interferir' nos assuntos internos dos demais Estados africanos. Além disso, a questão das fronteiras que haviam sido criadas lá em 18[85] na Conferência de Berlim e que muitos criticavam e diziam que deveria ser revistas, para o grupo de Monróvia é 'barril de pólvora' que ao menos naquele momento deveriam ser mantidas conforme se encontravam no momento da independência.
Por maiores que fossem as 'diferenças' entre os dois grupos, havia um ponto em comum: o 'desejo' de concretizar a descolonização, a retirada europeia do Continente. De facto, foi desse ponto 'convergente' que contribuiu para quê os dois grupos se reunissem em Addis Abeba, na Etiópia em 19[63] e… foi desse histórico encontro quê 'surgiu' a Carta manifesto pela unidade africana, nascendo OUA.
Os pontos centrais que 'orientariam' a Organização naquele momento seriam:
- Apoiar os Movimentos de Libertação,
- Perseguir a independência dos países africanos e
- Construir uma voz unânime no contexto da Organização das Nações Unidas.
Considerando que a Assembleia Geral é democrática, ou seja, cada Estado tem direito a um voto, esse tipo de concertação 'contribuiu' para ampliar agenda de desenvolvimento na pauta da Organização. Em 20[00] a OUA foi sucedida pela… União Africana.
(Cont)
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [25] de Maio, 20[24]
O dossier secreto de Celso Correia: Fraudes, silêncios e ambições = escreve Manuel de Araújo
Saudades do Mano Correia, o Agricultor-mor!
Confesso que sou fã do ativismo político do Ministro Celso Correia. Isso, claro, sem prejuízo da minha condenação aos roubos eleitorais, à violência contra eleitores, à minha detenção no dia das eleições e seu silêncio covarde, aos alegados desvios de recursos para a campanha eleitoral, do alegado falecimento insustentável do Sustenta e do Fundo Afundado, e quiçá das alegadas “ambições” presidenciais, que até saúdo! Ou como dizemos em economia, ceteris paribus…!
Aqui e agora, falo apenas do ativismo político, ou seja, a forma de ser e estar na política de Celso Correia.
Confesso desde já, ao meu pároco, o Padre Sereneu, que de facto e de jure, pequei muitas vezes, por pensamentos e ações, atos e omissões… e que, por isso, “por minha culpa, tão grande culpa, rogo aos meus amigos e irmãos e colegas da (O)posição para que me perdoem por tamanha heresia…!
E que um dos meus pecados que cometi e que devidamente confesso e presumo, por isso, também devidamente perdoado, é o facto de ter sentido saudades, sinceramente falando, desse outro “Celso”, porque rigorosamente falando, não o via desde que assumiu as pastas “quase criminais” de Coordenador da Campanha Eleitoral para as autárquicas de 2023, onde, como todos sabemos, o Mano Celso, o Roque demissionário e a Frelimo “perderam” estrondosamente, diga-se de passagem, em 22 municípios, incluindo o de Quelimane (o Vaticano da Democracia em Moçambique). Aliás, foi em Quelimane que a carapuça do Nyusi e do sistema caiu. De facto, foi nesta urbe, designada Capital da Democracia pelo Diretor do Centro de Democracia e Desenvolvimento, o Prof. Nuvunga, que foi oficialmente dito pela “Dupla Nyusi-Lenço” que as eleições na Cidade de Quelimane foram “ganhas e ou perdidas” de acordo com o lado em que o leitor se encontra, na “Secretaria”, ou seja, no Gabinete…!
Uma proclamação que deveria ter produzido efeitos e consequências jurídicas.
Pela primeira vez na história de Moçambique tivemos um Chefe de Estado a dizer em público que neste país as eleições são e podem ser ganhas na “Secretaria/Gabinete”.
E isso dito pelo Mais Alto Magistrado da Nação, ante o silêncio cúmplice e ensurdecedor da Mana Bia e seu sequaz Jamal, que recebem o dinheiro dos nossos impostos para fazer valer e fiscalizar a legalidade!
Oxalá esse silêncio lhes valha uma renovação dos mandatos, pois o vizinho mesmo à frente da porta da PGR já renovou! Aqui ficam as minhas hossanas ao Venerando! Parabéns pela renovação. Nós, súbditos da Rainha, nos orgulhamos de si…!
Aliás, sobre este ponto, gostaria de convidar o meu Mano Nuvunga para também propor Quelimane (que esta semana foi “promovida” e citada pelo “The Economist” como “a cidade mais ativa do planeta em termos de Walking and Cycling”, batendo mesmo a mundialmente conhecida Holanda, e deixando a ex-capital do mundo do “Cycling and walking”, Utrecht, em terceiro ou quarto lugar: Habemus Campeão-Quelimane).
Dizia que também pedíamos ao Mano Nuvunga para incluir Quelimane e seu povo no “Guinness Book of Records” por ter sido a primeira cidade na história de Moçambique independente a fazer “whaamular” a Frelimo, uma capital provincial inteira, e, como se não bastasse, que o feito fosse pública e oficialmente reconhecido por um Chefe de Estado (em fim de mandato).
A CARTA DE SOLDADOS EM CABO DELGADO QUE FALA DE ALTA TRAIÇÃO VINDA DOS GENERAIS!!
Meu Comandante!
Tive a honra de escutar o seu sermão que vazou através de um áudio de pouco mais de 16 minutos, que escapou depois da parada em que o meu comandante vociferou que se fartou com a tropa que se rebelou por haver demora na sua rendição.
As suas palavras são dignas de aulas magistrais de coragem, bravura, patriotismo, mas sobretudo do espírito de missão.
Meu comandante, senti-me caloiro, no meu primeiro dia em que as lágrimas da saudade e da moleza caíram em mim e quando me apercebi que a tropa não era para fracos e que não era casa da minha mãe, era TROPA e a missão era defender a pátria, mesmo que isso custasse sangue.
Meu Comandante,
Aquele discurso anima e revigora qualquer tropa.
Todavia, todo aquele discurso é de hipocrisia e cabe num caixote de lixo de cocô. Se não vejamos.
1. Tudo que nos pede, temos feito, sem logística, apesar de muita traição, que desde 2017 tem se saldado em companheiros com cabeças decepadas e corpos esquartejados, enquanto lá no Estado-Maior bebe-se do melhor vinho, champanhe e whiskey e comem o melhor novilho da tropa que não serve para combater se não garantir que os prazeres do Generais, que ficam longe do combate, sejam satisfeitos.
2. Quem é que trouxe está guerra? Que ao todo sabemos abasta as elites makondes que se divertem com a logística da tropa e deixam bravos homens dias e noites sem comida e a sua sorte.
3. O que é feito dos relatórios de inteligência que falam da traição e apontam os oficiais superiores e generais que estão a ficar ricos com a guerra a troco de venda de informação sobre posições estratégicas?
4. Sabemos que dentre as empresas que fornecem logística a tropa estão as dos filhos do nosso Comandante em Chefe, o cidadão Jacinto Ferrão Nyusi, que nunca fornece 1 kilo de mantimento sequer para a força.
5. Sabemos também que os russos foram traídos a partir do Quartel-General das FADM. Será que alguma vez o meu Comandante fez parada para irmos atacar o Estado-Maior?
Meu Comandante,
6. O senhor teria a mesma coragem para dizer ao povo que a traição chegou ao ponto de operativos do SISE serem exposto com nomes e fotos para serem recebidos com chumbo pelos insurgentes?
7. O senhor Comandante teria a mesma coragem de ir para casa dos mais de 300 homens mortos em combate e enterrados como cães e cobardes para dizer as famílias que não vale a pena esperar por eles?
8. Por acaso sabe o Comandante que a Total deixou de entregar dinheiro ao Estado para garantir segurança do compound de gás porque o tio e o amigo do Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, os generais Atanasio Salvador Mtumuke e Basilio Monteiro, respectivamente, comiam o dinheiro da tropa?
Meu Comandante,
9. É ser cobarde querer ver a família por não saber se é ou não a última vez?
10. Enquanto os filhos dos chefe que estão na tropa ficam atrás da secretaria e nunca vão ao Teatro das Operações?
11. Sabe o Comandante que a nossa luta em Cabo Delgado é inglória porque o tráfico de drogas tem interesse na guerra?
12. Sabe o meu Comandante que não vencemos a guerra de Cabo Delgado para não darmos cabo do negócio dos príncipes Jacinto e Florindo Nyusi e o Fuminhos da vida?
13. Ao acaso o meu comandante sabe que esse tal de Fuminho já dormiu no palácio da Ponta Vermelha e tinha passaporte diplomático?
Meu Comandante,
É para sermos corajosos para quê? Para morrer e garantir riqueza de Jacinto e Florindo Nyusi?
Meu Comandante,
Se pretende de facto ser justo e ver heróis corajosos, então lidere-nos para caminharmos para a Ponta Vermelha para livrarmos o país do abismo e para repormos a ordem e desalojar os porcos que ali vivem e degustam do sangue dos melhores filhos deste país e gargalham a cada sofrimento dos nossos compatriotas que são obrigados a ser refugiados na sua própria terra!
Soldado ferido
Em memória do Comandante Charles, morto para permitir que a droga de Jacinto e Florindo Nyusi entrasse no país.
ÀS ORDENS!
Um bairro, um médico
Por Edwin Hounnou
Esta foi uma das grandes apostas que o edil do Município da Cidade da Beira, Albano Carige (AC), andou a prometer durante a campanha para as Eleições Autárquicas de 09 de Outubro de 2023. AC prometeu financiar a formação médica para cada um dos 26 bairros que compõem o Município da Beira com fundos próprios da edilidade.
Como uma vez disse, AC afirmou que "nós construímos Centros de Saúde e oferecemos Ambulâncias. Pagamos salários a tempo e hora aos motoristas, e garantimos a manutenção das viaturas que alocamos aos centros de saúde. Então, vimos que podemos fechar o ciclo iniciando a marcha do longo caminho de formação dos nossos médicos para, mais tarde, trabalharem para os centros que nós próprios construímos".
O sonho pela independência já começa a concretizar-se. Os 26 jovens seleccionados, por um júri independente, composto por professores universitários e membros da Sociedade Civil, já estão sendo formados na Universidade Católica de Moçambique.
O Conselho Municipal da Beira, CMB, paga as propinas durante os sete anos de formação, tempo previsto de formação e, por sua vez, os bolseiros se comprometem a estudar com afinco de modo a evitar reprovações e, consequentemente, a perda do direito da bolsa de estudos.
De salientar ainda que todos os bolseiros, ora em formação em Medicina, são da proveniência de famílias humildes e o sentar-se no banco de uma universidade representa um grande privilégio que deve ser aproveitado ao máximo.
Quando, durante a campanha eleitoral de 2023, ouvimos AC a dizer que caso vença as eleições, um jovem de cada um dos 26 bairros beneficiar-se-ia de uma bolsa de estudos para cursar Medicina, parecia uma falsa promessa, daqueles que os políticos se servem para aldrabar o eleitorado a fim de ganhar simpatias e voto que os conduzam ao cadeirão do poder.
Outros políticos seguiam por trás a tentar desmentir, apelando para o povo não se deixar levar com mentiras, dizendo que o CMB não teria dinheiro para financiar os estudos de 26 jovens. Os beirenses quiseram esperar para ver e agora se sentem orgulhosos de verem que, de facto, os seus filhos e filhas estão a estudar para, amanhã, serem futuros médicos a fim de voltarem a servir as suas comunidades.
O CMB reservou 12 milhões de meticais destinados a custear propinas e outras despesas decorrentes da actividade de formação académica e os que falaram disseram que estão radiantes e prometem não desiludir a ninguém nem aos pais nem ao CMB que reconhecem a dimensão desse grande gesto.
Questionamos ao Edil AC de onde lhe veio a ideia de financiar a formação daqueles jovens, tendo respondido que quem quiser triunfar, tem que apostar na formação do homem do amanhã. Estamos a semear e amanhã a sociedade vai colher os frutos da nossa aposta.
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