RESUMO DA SITUAÇÃO DE ABRIL
O Estado Islâmico de Moçambique (EIM) esteve activo em Abril, desde Palma, no norte da província de Cabo Delgado, até aos distritos de Erati e Memba, na província de Nampula, a sul. Esta expansão geográfica ocorreu no mesmo mês em que o Botswana e a África do Sul começaram a retirar as suas tropas que serviam na Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM).
O avanço para sul começou no distrito de Quissanga no início do mês e culminou três semanas depois na província de Nampula. O EIM não encontrou resistência até Nampula, ilustrando a escala da ameaça que o grupo representa com a retirada da SAMIM.
No distrito de Macomia, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) levaram a cabo operações aéreas contra posições do EIM entre Quiterajo e Mucojo, na costa. Durante as operações, uma aeronave ligeira despenhou-se, matando o piloto sul-africano e um oficial da PRM que o acompanhava. Não se sabe ao certo as causas da queda da aeronave. Apesar do Estado Islâmico ter afirmado ter derrubado um “helicóptero”, é mais provável que se tenha tratado de um acidente. O falecido piloto trabalhava para o Dyck Advisory Group (DAG) em 2020, altura em que este tinha contrato com a PRM. DAG afirmou que a operação do mês passado “não teve nada a ver conosco” e que ele estava operando de forma independente. O incidente sugere que esse apoio ainda é visto como uma opção, pelo menos pela PRM.
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