Resumo
Tendências globais sobre o neoliberalismo colocaram Moçambique (mais) exposto aos jargões, às correntes teóricas e às práticas das ideologias dominantes. Discursos sobre movimentos de mulheres, feminismo, género e mulher, de uma forma geral associados aos palcos das decisões, às mesas do poder e aos meandros políticos, são localmente propostos como sistemas cosmológicos de parâmetros de estruturação da sociedade, propondo uma teoria e prática glocal, num contexto enfraquecido pela sua condição de país em vias de desenvolvimento. Com o pretexto de pensar o processo de emancipação da mulher moçambicana a partir da cultura do silenciamento da trajetória da moçambicana Joana Semião, neste artigo, o objetivo é compreender a “representação” da ausência da mulher na sociedade moçambicana no contexto dos fantasmas: homo Œconomicus e homo politicus.
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