Continuação do artigo publicado aqui:
Os partidos políticos não deviam ter empresas ou interesses empresarias de qualquer natureza, directa ou indirectamente para minimizar ou mesmo eliminar a possibilidade de fomento de terrorismo económico que Moçambique e quase todos os países africanos sofrem de partidos políticos, com destaque os ditos libertadores.
Usando os nossos critérios, a FRELIMO cai também e muito bem no perfil de uma organização terrorista, sobretudo terrorismo económico. Se os americanos fossem tao imparciais assim, no rumo da miséria que caminham os países africanos e outros fracos e manipulados a volta do mundo tirando, obviamente os tomateiros que florescem e brilham na Rússia, na China e no Irão e outros países que já acordaram e se defendem de forma heroica contra o capitalismo sanguessuga, deviam rever as regras e critérios para designar pessoas e organizações terroristas.
Para os americanos (ocidente incluído), basta uma pessoa ou grupo se levantar para defender os seus interesses pessoais, da sua comunidade e do seu país (incluindo os mais fundamentais direitos humanos) eh suficiente para ser chamado de terrorista – mas o mesmo que aconteceu na era das descolonizações em áfrica e outras partes do mundo, com apoio dos próprios americanos – que o diga o nosso Xitlango que ia buscar malas de verdinhas na embaixada das terras do Mwalimo para a farra dos seus camaradas mais próximos que nunca pisavam a linha da frente na guerra colonial e feitos autênticos generais dos gabinetes e da vida fácil na cidade, ate com direito a casas com vista ao mar – mesmo Holden Roberto, mesmo o Savimbe, mesmo o Macacho (A.K.A Dlakama), estes últimos recebia através do nosso regime minoritário de estimação. Mas quando há apoio dos americanos, tipo a Israel contra os martirizados Palestinos, não se pode chamar de terrorismo (eh terrorismo quando vem do outro lado do muro) quanta e tamanha parcialidade, e pesos e medidas duplos? E falando do próprio Ocidente, o trafico de escravos, pilhagem de recursos naturais e minerais africanos (que continua ate hoje, com as respectivas guerras criadas e controladas nos gabinetes), a repreensão colonial sem mínimo respeito pelos mais elementares direitos humanos, como chamaríamos? Não eh terrorismo também? Das mais graves, companheiros!
Ainda pintando o quadro dos verdadeiros terroristas contra o Povo, de outros tempos, já se esqueceram da barbárie da era pós independência no laboratório imoral da criação do homem novo, um enredo que inicia mesmo antes da independência com assassinatos, decapitação – execuções sumarias que ate hoje os familiares muita gente ainda não foram explicados onde estão os seus ente-queridos. Que o digam os familiares de Urias Simango, do Padre Revolucionário, Gwenjere, entre outros mártires condenados por pensar diferente e lutarem pela democracia e pluralidade neste belo canto do índico. O que chamaríamos esses actos? Não cabe no rótulo do Terrorismo? E outras matanças durante a guerra acusando a Renamo? E recentemente em Cabo Delgado, onde notícias e vídeos as forças governamentais aparecem a chacinar inocentes? Alguém duvida de estarem ainda a acontecer aquelas práticas de criar chacinas das comunidades/ populações depois acusar o outro lado. Vimos que com a Renamo faziam para intensificar a condenação internacional deste movimento e quando os soldados tinham fome iam roubar e matar a população. Hoje pode estar a acontecer pelas mesmas razoes, fome, a busca de condenação dos insurgentes e o mais importantes nos tempo de hoje – atrair cada vez mais donativos e para desaparecerem no alto mar (desviados para paraísos fiscais) ate antes de chagarem no país. As más línguas dizem que quando se aproxima mais um Ciclone ou essas catástrofes naturais, as populações choram e os grandes do Regime abrem champagnes. Devem imaginar porque - há males que vem por bem, como diz o livro dos adágios. Conversas dos cabarés dizem que há pessoas sentados connosco do lado de ca (não sabemos se são os mesmos ligados ao Golpe falhado no Congo) que andam a armar os insurgentes para interesses próprios de extractivismos e limpar caminhos para o corredor daquele pó dourado. Conhecedores da história e estórias, milagres e mistérios deste país, até somos tentados a acreditar.
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