Ir ou não aos tribunais se os institutos partidárias não funcionam? Se verificar-se violação de prazos para convocatória de eleições internas e procedimentos de concorrentes? Respondamos com uma reflexão: "em 2029 ou 2034 se os frelimistas quiserem mudar de liderança, será Chapo a decidir quem deve ser votado pelo Comité Central, reintroduzindo o "Método Nyusi", o de "não à candidaturas", mas sim, respeitar-se o braço arrogante do Presidente do Partido? Não é preciso alongarmo-nos para ver que, o excessivo respeito, qual doentia subserviência, por um dogma partidário segundo a qual "nada deve ser questionado ao Chefe" conduziu Pacheco, Hama Thai, Samito Jr., e os demais a "chuparem o dedo", vendo Ludmilla vir humilhá-los, dizendo "não temos, até agora, nenhuma candidatura", quando, uns estavam já nos ginásios a transpirar para cameras de video. Existe uma expressão para o que sucedeu na FRELIMO: Facada nas costas! Sim, "os pretendentes a concorrer, confiaram na decência partidária e foram traídos". Basicamente, é este "ridículo papelão" que todos os que condenam VM7, por ir aos tribunais, queriam que ele passasse: a vergonha de ser feito de tolo e acabar traído, por um líder inadimplente.
A música que os pseudo "moralistas políticos" entoam, é que, por VM7 ter ido aos tribunais revela: 1) Falta de tino político; 2) Incapacidade de lidar com as bases partidárias; 3) Avidez pelo poder, logo, com causas pessoais contra o maior, que seria o partido e; 4) Que, no fundo, essa pessoa nunca foi aceite na família partidária e a única forma de impor suas ideias, não sendo pela harmonia e dialética, foi por via da "força", ainda que lícita, pois tribunal é Estado.
O exercício acima feito, de analisar a FRELIMO, desmente as 4 premissas anti-VM7, pelo simples facto de que Pacheco, Aires Aly, Hama Thai, Samito e outros terem, sim: tino político; granjearem apoio das bases aliás; mais que membros, são a própria FRELIMO, entretanto, ainda que os sinais do "Modo Ossufo" estivessem visíveis nas atitudes de Nyusi, que desde Janeiro de 2024 [atrasava discutir a sucessão], sua profunda e ingénua crença de que o líder agiria numa rectidão e ética frelimista, claro, a condizer com os estatutos, os arremessou para a maior e histórica vergonha de sempre, pois foram ignorados, traídos, humilhados e, por pouco, seguiria Roque Silva. Acham mesmo que, se Pacheco tivesse a visão de VM7, antecipando que Nyusi agiria como agiu, andaria a divulgar vídeos nos ginásios a demonstrar aptidão física e a comunicar-se com o povão, via Facebook?
Portanto, manter a tal atitude "politicamente" conveniente: ESPERAR, CALMAMENTE, "até Boisse Muito Mais Grande decidir", qual diplomacia - a tal que se diz VM7 não ter - não foi garantia de sucesso. Daí, comparando as atitudes do VM7 vs Pacheco e companhia, conclui-se que Ossufo Momade não fez VM7 de parvo, tolo, criança. Venâncio leu os sinais e destapou a vergonha partidária. É verdade que não ganhou as eleições [porque, contra sua vontade, nem concorreu, aliás, nem Pacheco e companhia concorreram], todavia, sai de peito elevado e capital político exponeciado, quando a RENAMO termina, totalmente, chamuscada e vai regredir dos 60 deputados.
Mais, todos que criticam VM7, hão-de ver a FRELIMO, em breve, a alterar os seus estatutos, pois, na actual configuração permitem que o líder partidário seja ele uma espécie de treinador "eu é que decido quem joga". Tal só provará a grande obra do VM7: abrir as mentes ingénuas dos mozes e dos partidos, castrando "Métodos Nyusistas" e "Modos Ossufos"...
Dinis Tivane
DT77