A operação Stop branqueamento de capitais conheceu há dias um novo capítulo, com mais detenções e apreensão de bens e outros materiais de prova nas empresas de parte dos 40 implicados na exportação ilegal de mais de 330 milhões de USD correspondente a 21 mil milhões de meticais.
Para o caso do arguido Zuneid Esmael Abdul, os investigadores do Ministério Público (MP) levaram a cabo buscas nas empresas deste nas cidades de Tete, Beira e Pemba. O alvo foi o arguido e as suas denominadas Zohra Group, SA.
Contudo, não foi possível apurar o número exacto de detidos, nesta operação que envolve 40 arguidos, entre nacionais e estrangeiros, para além de 15 empresas. Refira-se que na semana passada o Juiz de Instrução Criminal legalizou a prisão de cinco dos sete suspeitos detidos em finais de maio, no âmbito deste processo movido pelo Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional, uma unidade da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Trata-se de Abdul Elias, Zumir Hamid Hassan, Sheila Nurdin Giva, Momed Munib e Hassan Gulam, que vão continuar presos para responderem pelos crimes de branqueamento de capitais e associação criminosa. Entretanto, o juiz decidiu libertar sob pagamento de caução de 500 mil meticais cada os arguidos Nelson Filipe e Paulino Mungoni.
Os arguidos são suspeitos de prática dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude fiscal, abuso de confiança fiscal, associação criminosa e uso de documento falso.
No entanto, dados colhidos pela “Integrity” indicam que o proprietário da Zohra Group, SA tem uma boa relação com o Presidente da República Filipe Nyusi, onde inclusive há algum tempo atrás chegou a inaugurar um grande stand de viaturas pertencente a Zuneid Abdul. Na ocasião, a dupla chegou a deixar-se fotografar, fotos estas que serviam para desbloquear alguns negócios do homem que hoje é investigado e procurado pela Justiça moçambicana e norte-americana no âmbito da operação Stop branqueamento de capitais.
INTEGRITY – 12.06.2024