ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Em [16] de Maio de 20[23], o New York Times publicou uma matéria de página inteira sobre a guerra na Ucrânia, o texto é 'assinado' por [14] altos Especialistas em Segurança dos Estados Unidos[EU], o texto fez um ano, mas do ano passado para cá a situação ainda 'piorou'. Os autores 'condenaram' a invasão russa da Ucrânia, no entanto, o texto oferece um 'retracto' + 'objectivo' e menos unilateral da crise na Ucrânia do que Administração dos EU ou os meios de comunicação social apresentaram anteriormente ao público. Repito, são Especialistas em Segurança dos EU não esqueçam disso!
O apelo tem em conta factores “causais” como o papel 'desastroso' dos EU na “expansão” da NATO para Leste, os avisos sobre essa questão que foram 'ignorados' pelas sucessivas Administrações dos EU desde 19[90] e, novas medidas de escalada quê acabaram por “conduzir” a guerra. A guerra Rússia-Ucrânia é um 'desastre' absoluto! Centenas de milhares de pessoas foram mortas ou feridas até agora, milhões estão em 'fuga' , a destruição do meio ambiente e da economia é imensamente grave, a 'devastação' futura poderá crescer exponencialmente à medida que as Potências nucleares se aproximarem cada vez + a guerra aberta, umas contra as outras.
“Deploramos a violência, os crimes de guerra, os ataques indiscriminados com mísseis, o terrorismo e outras atrocidades que fazem parte dessa guerra, mas armas e mais guerra não são uma solução para essa violência chocante, mas uma garantia para mais destruição e morte.
Como americanos e Especialistas em Segurança Nacional apelamos ao Presidente Biden e ao Congresso para que utilizem todo o seu poder para por fim rápida e diplomaticamente a guerra russa-Ucrânia especialmente tendo em conta os graves perigos duma escalada militar que pode sair do controle”. Você vê, ano passado eles já escreviam isso e…o quê aconteceu vocês já sabem muito bem!
“Há sessenta anos o Presidente John F Kennedy, descreveu uma visão que é crucial para sobrevivência da humanidade hoje, isso é, acima de tudo as potências nucleares ao defenderem os seus próprios interesses vitais devem evitar os confrontos que dariam ao adversário a escolha entre recuar humilhado ou travar uma guerra nuclear. Seguir tal rumo na era nuclear seria apenas uma prova da nossa política de falência ou por um desejo colectivo de morte para o mundo.
A causa imediata dessa guerra catastrófica na Ucrânia é, a invasão russa, mas os planos e acções para expandir a NATO até as fronteiras da Rússia serviram para alimentar os receios russos e a liderança russa enfatizou repetidamente esse ponto durante trinta anos. O fracasso da diplomacia levou portanto à esta guerra; a diplomacia agora é urgentemente necessária para por fim a guerra Rússia-Ucrânia antes que essa destrua completamente a Ucrânia e ponha em perigo a sobrevivência da humanidade.
As actuais preocupações geopolíticas da Rússia estão marcadas pelas memórias das invasões de Carlos VIIº, Napoleão e de Hitler, as tropas dos EU, também fizeram parte de uma força de invasão aliada que interveio sem sucesso contra o lado vitorioso na guerra civil russa após primeira guerra mundial. A Rússia vê a expansão da NATO e a presença de tropas nas suas fronteira como uma ameaça directa, enquanto os EU e a NATO vem-na apenas uma preparação prudente.
Porém na diplomacia é preciso tentar olhar as coisas com empatia estratégica e tentar compreender os seus adversários, isso não é fraqueza mas sabedoria. Rejeitarmos a ideia que os diplomatas pretendem alcançar a paz, tenham de estar do lado de qualquer um dos lados nesse caso da Rússia ou da Ucrânia, se quisermos uma verdadeira democracia temos de escolher o lado da razão, o lado da humanidade e da paz. Vemos a promessa do Presidente Biden de apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário como uma licença para prosseguir objectivos mal definidos e em última análise inatingíveis, essa promessa poderá revelar-se tão desastrosa como a decisão do Presidente Putin no ano passado de lançar a sua invasão e ocupação criminosas. Não podemos e não apoiaremos a estratégia de combater a Rússia até ao último ucraniano, defendemos um compromisso significativo e genuíno com a diplomacia particularmente um cessar-fogo imediato e negociações sem condições prévias, desqualificantes ou inatingíveis; provocações deliberadas levaram a guerra Rússia-Ucrânia, da mesma forma a diplomacia consciente pode acabar com isso”. Foi sempre aquilo quê nós também comentamos aqui.
“As acções dos EU e a invasão da Ucrânia pela Rússia, a medida que a União Soviética entrou em colapso e a guerra fria terminou os líderes dos EU e da Europa ocidental garantiram” e…agora atenção para aqueles quê não se lembram disso, para aqueles quê ainda 'pensam' que isso surgiu duma hora para outra; não pessoal! Essa guerra já tem passado! E…nós só estamos 'repetindo' através de Especialistas de Segurança dos EU quê vão dizendo agora como isso aconteceu, como chegou a esse ponto.
“Á medida que a União Soviética entrou em colapso e a guerra fria terminou os líderes dos EU e da Europa ocidental garantiram aos líderes soviéticos e mais tarde aos líderes russos que a NATO não se expandiria em direcção às fronteiras da Rússia”. Entendeu!
“Não haveria expansão da NATO nem um centímetro para Leste.” Disse, o Secretário de Estado dos EU na época o James Baker ao líder soviético Mikhail Gorbatchov em [9] de Fevereiro, de 19[90]. Para aqueles que não se lembram.
“Garantias semelhantes de outros líderes dos EU, britânicos, alemãs e franceses na década de 1990 confirmaram essa afirmação. Desde 2007, a Rússia tem alertado repetidamente que as forças da NATO nas fronteiras da Rússia são inaceitáveis”. 20[07], há [27] anos atrás.
“Tal como quaisquer forças russas, no México ou na Canadá seriam hoje inaceitáveis para os EU ou como os mísseis soviéticos em Cuba eram inaceitáveis em 1962.” E vocês lembram, talvez os + velhos que na época nós estávamos por um fio de uma guerra provavelmente também nuclear.
“A Rússia descreveu uma possível expansão da NATO que incluiria a Ucrânia como particularmente povo cativo, vendo a guerra através dos olhos da Rússia. A nossa tentativa de compreender a perspectiva russa sobre a sua guerra não defende a invasão ou a ocupação, nem esta perspectiva implica que os russos não tiveram outra escolha se não ir para a guerra, mas tal como a Rússia tinha outras opções o mesmo aconteceu com os EU e a NATO no período que antecedeu esta guerra.
Os russos deixaram claras as suas linhas vermelhas; na Geórgia e na Síria provaram que usariam a força se essas linhas fossem cruzadas. Em 20[14] anexação imediata da Crimeia e o apoio aos separatistas no Donbass mostraram que eles levavam a série o seu compromisso de defender os eus interesses, não é claro porque razão isso não foi compreendido pela liderança dos EU e da NATO, a incompetência, a arrogância ou cinismo ou uma combinação de todos esses factores provavelmente contribuíram.”
Repare, não são minhas palavras, eu apenas estou lendo [transcrevendo] um artigo, de [14] Especialistas de Segurança Nacional dos EU, [14] Especialistas assinaram esse artigo.
(Continua)