Lemos com bastante preocupação o Artigo do Anal-ista das trevas Egídio Vaz publicado aqui https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2024/07/os-contra-p%C3%A1tria-dos-objetivos-ocultos-por-tr%C3%A1s-da-oposi%C3%A7%C3%A3o-ao-apoio-ruand%C3%AAs-no-combate-ao-terrorismo-em-mo%C3%A7ambi.html, que não foge das mas mesmas precoces de sempre!
Os tais que ele apelida de “Contra Pátria” são os mais patriotas do que ele que despende o seu tempo durante estes últimos anos a defender um regime retrógrado e há muito falido. Nesse tal artigo, sem variar, vem defender tanto o nosso habitual regime sanguinário de estimação e o paizinho (de país pequenininho ou minúsculo que é o Ruanda). Devíamos ter vergonha de ir pedir socorro para combater os insurgentes a pequeno país tão pequeno que cabe dentro das menores províncias de Moçambique. Falta de autoestima como pregaria o Tchembene. Só pode ser desespero do nosso regime ditatorial ou interesses obscuros escondidos como vamos tentar demonstrar a seguir.
Para começar importa separar as águas: que fique claro que existe distância abismal entre o Regime e o Moçambique ou povo moçambicano, algo que o anal-ista não consegue distinguir. Quando fala de opções de Moçambique, devia dizer de forma clara que são opções do Regime e não do povo moçambicano. Por exemplo, o Ruanda está em Cabo-Delgado não pela vontade do povo moçambicano (que nunca foi consultado sobre a vinda dos ruandeses) mas sim pela vontade e imposição do regime.
Quando fala de quem se foi e quem fica, o metralha se esqueceu de vincar uma boas verdades.
SAMIM: o Regime nunca quis ajuda ou presença da SAMIM a julgar pelo comportamento dos chefes do Regime em muitos encontros da SADC para decidir a sua intervenção militar no país. A SADC insistiu até conseguir vir não propriamente pelo amor ao povo moçambicano, mas por acreditarem que conter a insurgência em Moçambique resultava em evitar a sua propagação para outros países, particularmente para a África do Sul. Logo a SAMIM veio quase que `a força e nunca foi bem-vinda.
O resultado foi o que vimos: a sua marginalização, fuga de informação para os insurgentes que permitiram muitas emboscadas ou insucesso das incursões dos soldados da SADC, entre tantas outras barreiras. A sua saída era óbvia e a situação da RDC que cita o Estoriador só veio a acelerar ou cimentar a decisão de partir!
Quanto a Tanzânia, esta ficou por razões óbvias: defender o seu quintal e também não por nenhuma paixão pelos Moçambicanos. Esse país sabe muito bem que a melhor defesa é o ataque. Logo não precisamos de nenhuma iluminação divina para sabermos porque a SAMIM se foi e a Tanzânia continua a combater em Cabo Delgado.
Ruanda: Este Regime Ditatorial irmão foi sempre o mais preferido pelo Regime do dia em Moçambique. As razões são várias e óbvias – trata-se de um país governado por um ditador e sanguinário, com uma democracia de faixada e que vive de mercenarismo, logo mais alinhado com o Regime anfitrião.
Não se admirem a tendência de vitórias eleitorais a tocar 100% que começaram a surgir em Moçambique. Vimos os resultados das Autárquicas, onde os resultados fabricados haviam levado todos os municípios deixado Beira para o inglês ver.
E os resultados de Outubro próximo não serão diferentes. Não se admirem com os históricos de 99% que estão para acontecer dentro de alguns meses se o El Tchapito (com assessoria do eterno aspirante a ditador) seguirem à risca as técnicas e estratégias eleitorais do regime ruandês, pior com o Tru Fa Fá do VM7 fora da corrida eleitoral e apoio dos eleitores fantasmas – os mesmos que até recebem salário do Estado na função pública, apesar de estarem nas tumbas, a descansar – aparentemente. Dizem que o FMI apregoa combate serrado desses fantasmas na folha de pagamento dos funcionários públicos. Aconselhamos o FMI a iniciar a mesma campanha de combater esses fantasmas nas urnas, nos períodos eleitorais.
Ainda, tendo um parceiro alinhado como regime ruandês estava garantida a continuação e florescimento dos vários tráficos ocorrendo no norte, desde drogas, madeiras, pedras preciosas, cujos os maiores e principais beneficiários todos nós conhecemos. Logo é todo interesse do Regime Eterno a presença do pequeno ditador em Cabo-Delgado.
Para além de operações obscuras, existe também a cereja em cima do bolo – os grandes contratos, ultimamente fala-se de um contrato milionário para Holding do Partido do pequeno ditador ruandez e não se admirem estar também metida holding dourada caça-níqueis do partidão cá de casa e os generais libertadores para não variar.
Essa coisa de relações com Ruanda na área de Defesa e Segurança que o Esteriador menciona é treta! Moçambique tem relações e acordos de cooperação nessa área com dezenas de países, porque fomos buscar o Ruanda? E usando que critérios e depois de consultar a quem?
Não menos importante, interessa notar que o Regime ditatorial que governa Ruanda é de origem Rebelde/ Insurgente, igual aos insurgentes que tentam combater hoje no norte de Moçambique, a pesar de não conhecermos ainda os seus reais objetivos, mas uma coisa é certa, os insurgentes se rebelem contra um regime cujas as políticas de governação e desenvolvimento eles não concordam (já concluíram estudos de vários analistas de prestígio ou dignos desse nome), tal como uma esmagadora maioria da população: tao simples ver essa discordância - greves de todas as classes profissionais, manifestações recorrentes, resultados eleitorais verdadeiros mostrando derrotas retumbantes da pequena monarquia absoluta-corrupta. Que legitimidade tem o Regime do pequeno ditador de andar a se meter ou tentar combater outros insurgentes, rebeldes ou terroristas como eles?
Se uma das razões da partida da SAMIM foi a missão na RDC, foi uma decisão bem tomada. A SAMIM, entre outras tramas, estava a ser marginalizada em Cabo Delgado. E para responder ao Estoriador, quando as causas e intenções são justas e nobres, há dinheiro e logística sim. Para além de que esse problema de logística nunca foi mencionado pela SAMIM, ouvimos isso dos membros do governo de acordo com alguns jornais.
A SAMIM vai para o Congo por uma causa nobre e justa, ajudar a defender um país irmão que está a ser agredido com apoio dum outro Estado aventureiro e mercenário. Como um Estado Soberano consegue se aventurar para atacar, mesmo que indiretamente outro Estado? Se o Mundo fosse justo, o Ruanda já teria chuva de sanções internacionais como a Rússia, mas neste mundo houve sempre filhos enteados.
O próprio regime que governa Moçambique, que orgulho tem dum parceiro que financia rebeldes para atacar outro Estado Soberano e a tirar proveito disso através de roubo/ saque de recursos minerais nesse país vizinho? Quem nos garante que não estejam também a financiar os insurgentes em Cabo Delgado e a se aproveitar para pilhar recursos minerais, madeiras, etc. no norte do país onde estão estacionados? Sem falar dos tais contratos milionários nos projectos de Petróleo & Gás e outros negócios milionários em vários sectores de actividades? O tal conteúdo local que os empresários nacionais sempre lutaram em fornecer, agora vai todo a empresas ruandesas ligadas ao regime sanguinário e ditatorial daquele paizinho minúsculo.
Para nós, esse movimento da RDC de barrar a entrada do Ruanda como membro da SADC foi heroico. Não sabemos o que seria da SADC hoje, se ainda existiria ou simplesmente tomado por aquele pequeno regime imperialista e mercenário. A SADC nunca devia admitir países governados por agressores, rebeldes de natureza e até certo ponto terroristas.
Como a África do Sul democrática iria sentar na mesma mesa com ditadores e democratas de faixada? Viram como foram limpas as recentes eleições na áfrica do sul, caracterizada por instituições independentes e transparentes e clara separação de poderes? Em democracias que funcionam de verdade não existem vitórias de 99%, só nos abismos dos infernos que vivem os povos de alguns países, incluindo o nosso e do “parceiro” Ruanda.
Resumindo a saída da SAMIM agradou sim a sectores do Regime que nunca quiseram as forças da SADC em Moçambique (não aos moçambicanos, obviamente). Deve ter sido um alívio para o Regima. Sobre a RDC, esta devia continuar a ser implacável no combate e denúncia de agressores de Estados soberanos. A RDC faz favor a muitos povos escravizados e colonizados eternamente. Se o Regime de cá do burgo fosse responsável, também se distanciaria de agressores, financiadores de rebeldes e pilha-recursos naturais e minerais alheios. Mas como se diz, diga-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és. Está aí a moral da estória.
Mesmo os golpistas falhados no Congo eram recebidos com pompas e circunstância pelos generais libertadores e com carta branca para andarem por aí a pilhar recursos cá em Moçambique (e como ficou esse caso? O general dos tiros da fábula não vai ser ouvido em perguntas?). Talvez estamos perante farinha do mesmo saco: o regime ruandês e o nosso de estimação.
Para terminar, que já vamos longo, o Anal-ista se gaba de progressos na luta contra o terrorismo no Norte e faz comparações com alguns países mais ao centro e ocidente de áfrica. A não ser que estejamos a viver em realidades diferente e a estarmos a falar de Cabo-Delgados diferentes, não vemos nenhum avanço significativo no combate ao terrorismo. Só vemos drenagem de recursos do Estado e de Doadores e alguns sectores (os mesmos de sempre) mais ricos e mais redondos como bolas, quase a explodir. Uns já não se conhecem os pescoços e outros já não conseguem ver aquele amigo quando vão urinar, só conseguem aperta-lo a mão, se conseguirem e com alguma sorte.
Estamos a falar de 2017 até hoje (7 anos, quase a metade da outra guerra de outros terroristas RENAMO-FRELIMO), já vieram mercenários russos, sul-africanos, ruandeses, SAMIM, Uniao Europeia com missões eternas de treinamentos, para além dos nossos pulhas vendilhões e não conseguimos acabar com uns 100 terroristas que se movem à vontade nas matas de Cabo-Delgado.
Não vemos nenhum caso de sucesso no combate ao terrorismo aqui, só para quem vive na ilusão e embriagado pelo poder e seus benesses é que vê progressos. Que vá perguntar o povo de muitos distritos de Cabo-Delgados que levam uma vida ambulante e constante instabilidade. Os que estão no terreno a viver este enredo do terrorismo vão dizer ao ilustre iluminado Estoriador que virou Anal-ista que: Perdoe-lhe, Deus, não sabe o que fala ou escreve.
Ga Famba Bicha? A Gui Fambi!
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