(Adelino Timóteo e Felisberto Botão: eles ainda não entedem o significado do «Talibanismo Politicamente Correcto»...)
Por Afonso Almeida Brandão
O nosso talibanismo politicamente correcto é persistente — honra lhe seja feita — e continua a querer provar que o povo Moçambicano (também é) “estruturalmente racista”, se não mesmo “o povo Africano mais estruturalmente racista”. Ou seja: quer Moçambique, quer Portugal, “estamos juntos” nesta questão. Desta vez voltamos ao tema porque agora surge «em cena» o “cronista” ADELINO TIMÓTEO — que nos escreve bastante “irritado” com o que foi explicado ao Felisbeto Botão, na nossa última edição do Semanário NGANI, embora sem especificar a que propósito veio a terreiro...
Se a persistência é admirável, os argumentos aduzidos são — importa reconhecê-lo, com algum pesar — cada vez mais risíveis.
Agora, a mais recente razão traz à baila o nosso actual cronista Adelino Timóteo que nos escreve, “mal disposto” — e de forma “encaputada” — em defesa do “Desflorido” Felisberto Botão —, a propósito do “folhetim” que este vem escrevendo para o jornal EVIDÊNCIAS, há dez edições sucessivas. Lá “inspiração” não falta a este “humorista”, temos de reconhecer...
Nós apenas alertamos para o facto do “Desflorido” Botão estar a usar argumentos que não correspondem minimamente à Verdade logo, de gosto duvidoso, em relação ao tema alusivo ao talibanismo politicamente correcto que agora vem de novo querer provar que, de facto, o povo moçambicano (e também o povo português) são “estruturalmente racistas”, se não mesmo “os povos africanos e europeu os mais estruturalmente racistas” — a avaliar pelas considerações (descabidas) destes dois Senhores...
Ora, não é preciso ser doutorado em Filosofia para perceber, imediatamente, o absurdo lógico desta alegação: se, de facto, o povo Moçambicano (ou mesmo o povo Português) fossem “estruturalmente racistas”, ou, ainda, maximamente, “ambos os povos mais estruturalmente racistas”, jamais o “Desflorido” Felisberto Botão — e que agora também surge a “toque de caixa” o “cronista de aviário”, Adelino Timóteo — a pedir que (...) «não enchemos a sua Caixa de Correio com “e-mail´s” inúteis» (...).
Tal facto de “irritação” só pode estar relacionado com o racismo dos Moçambicanos e também dos Portugueses que, a existir, só mesmo «nas cabeçinhas vazias» destes dois senhores da nossa praça, agora “arvorados” a “comentadores políticos” de meia-tigela...
Porque, de facto, tudo nos leva a considerar que a (?) suposta AMIZADE que une estes dois “aprendizes de jornalismo” se deve, tão-sómente, às inverdades que o “Desflorido” vem relatando nos seus inaceitáveis artigos de opinião “esfarrapada” e que estão muito longe da Verdade e dos Factos. Contudo, uma imaginação fértil, sem dúvida, deste “nosso” analista barato...
Chegados aqui, o talibanismo politicamente correcto recorrerá ao único exemplo aparentemente comparável: o de Inglaterra, em que o seu agora ex-Primeiro-Ministro, Rishi Sunak, tem também ascendência indiana. O paralelo é, porém, falso: Rishi Sunak não foi eleito Primeiro-Ministro — ascendeu a tal cargo após aquele que foi realmente eleito, Boris Johnson, ter sido destituído pelos Deputados do Partido de ambos (e só à segunda tentativa…).
Em suma: o povo moçambicano é mesmo um povo ímpar — pelo menos, à escala da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Sendo um povo (também) “estruturalmente racista”, se não mesmo “o povo AFRICANO mais estruturalmente racista”, conseguiu eleger, por maioria absoluta, Filipe Nyuse como Prisidente da República de Moçambique, por dois mandatos seguidos. E antes dele Joaquim Chissano e Armando Guebuza. Talvez tenha sido apenas “para disfarçar”, balbuciará, em desespero, o nosso talibanismo politicamente correcto.
Mas, se a FRELIMO (através candidato CHAPO) vier a perder as próximas Eleições Presidenciais de Outubro, a prova final estará feita: o povo Moçambicano é “estruturalmente racista”, se não mesmo “o povo Africano mais estruturalmente racista”. E isto para nosso gáudio, o talibanismo politicamente correcto nunca se engana Meus Caros Adelino Timóteo e Felisberto Botão. Ou têm (ainda) alguma dúvida...?