(As «novelas» à laia de «folhetim» do «Desflorido» Botão que não acabam)
Por Afonso Almeida Brandão
Não é a primeira vez que referimos o nome de FELISBERTO «Desflorido» — perdão, queríamos dizer BOTÃO —, quer por ignorância, quer por estupidez grassa, a propósito dos artigos que vem publicando, amiúde, no Semanário EVIDÊNCIAS, a título de folhetim (ou à laia de “novelas de cordel” para «boi dormir») que já metem nojo pelos sucessivos disparates indocumentados que vem “verborreando” como intelectual de “pacotilha”. Sim, as asneiras deste Felisberto «Desflorido» Botão são tantas, tantas grosseiras e gratuítas, como são é a sua pseudo-investigação histórica que relata nos seus artigos “sofríveis” de triste memória —, pois em nada correspondem, minimamente, à verdade dos factos. São, isso sim, um “chorrilho” de observações incorrectas, estúpidas e ignorantes — repetimos —, que nos levam a dizer BASTA DE BABUSEIRAS.
Esta breve introdução vem, a propósito e a título de esclarecimento dirigido a este nosso “intelectual de meia-tigela” — os quatro pontos fundamentais que estão na base dos embustes do talibanismo politicamente correcto — digamos assim, para que entenda, de uma vez por todas, que o que tem vindo a relatar no (dito) jornal que se intitula “pela Verdade” não corresponder a factos históricos, logo, incorrectos. Revela, isso sim, tão-somente falta de conhecimento e estupidez genuína...
1. Os europeus em geral e os portugueses em particular foram colonizadores, tendo tido como vítimas, em particular, os africanos e os americanos: Se num determinado momento histórico, isso assim foi, é preciso não esquecer que toda a Europa, Portugal inclusivamente, também foi o resultado de colonizações — quer de outros povos europeus, quer de outros povos vindos de fora da Europa. Por outro lado, hoje é mais do que sabido que os povos africanos (e americanos), antes da chegada dos europeus, já se colonizavam (e escravizam) entre si.
2. Todo o processo de colonização foi uma exterminação das culturas e das línguas locais, em nada inferiores à língua e cultura portuguesa: Todas as línguas e as culturas são construções históricas, pelo que é absurdo procurar defender que, em cada momento histórico, todas elas têm, em termos comparativos, o mesmo grau de desenvolvimento. E isto não tem nada de “racismo” linguístico ou cultural, como certas correntes nos querem, por ignorância ou má-fé, fazer crer. Também aqui, estamos apenas perante uma evidência histórica.
3. A visão que os portugueses têm ainda hoje, em geral, do processo de expansão marítima deve-se ao Estado Novo: Compreende-se aqui a estratégia “argumentativa” mas a premissa é completamente falsa. Nesse aspecto, não houve qualquer ruptura entre o Estado Novo e a I República e entre esta e a Monarquia. Recorde-se, a este respeito, que a queda da Monarquia teve também a ver com a defesa do Império Ultramarino em África (posto em causa pelo “Ultimato Inglês”, o que gerou uma reacção generalizadamente indignada, na época) e que essa foi também a razão maior para o envolvimento de Portugal na I Grande Guerra Mundial, já em plena República.
4 e por último. Portugal deve pois “pedir desculpa” pela sua História: Se é inquestionável que muito actos ocorridos no Passado, a nível pessoal e/ou oficial, são hoje censuráveis (social e até criminalmente), isso, decerto, não pode ser apenas válido para os nossos antepassados. Há algum indígena africano ou americano que possa garantir que nenhum antepassado seu escravizou um outro indígena? Decerto, nenhum. E devemos exigir-lhe que peça desculpa? Decerto, nenhuma. O que podemos e devemos exigir é que tais crimes (como a escravatura) não continuem a ocorrer — como, infelizmente, continuam a ocorrer, em particular (não por acaso) em alguns dos países (e como pessoas como o «Desflorido» Botão) que mais se indignam com o nosso Passado… e que acusa sistematicamente os Europeus e os brancos de racismo por tudo e por nada. Coitado deste imbecíl que não sabe o que escreve (nem o que investiga) — e que ainda por cima não tem onde “cair morto” (salvo seja!)
E por aqui ficamos.