O cenário dos sequestros em Moçambique está se tornando cada vez mais alarmante, à medida que o crime começa a atingir também a classe média como vítimas. Hoje, mais uma vítima se junta à lista preocupante: o Sr. Kayum, proprietário do Armazém Vitória na baixa. O que antes era considerado um fenômeno isolado e restrito a certos grupos, agora está se espalhando e se tornando parte da realidade cotidiana do país. A normalização desse tipo de crime é preocupante, pois as pessoas estão se acostumando a ouvir relatos de sequestros sem que isso resulte em ações efetivas para combatê-los.
Enquanto as redes sociais ecoam com lamentos da sociedade civil, a sensação de impotência prevalece. As manifestações online muitas vezes não vão além do mero desabafo, deixando a sensação de que pouco está sendo feito para enfrentar essa onda de criminalidade.
É particularmente alarmante o facto de que alguns sequestros parecem estar ligados a agentes das forças de segurança, como apontado pelo comandante geral da República Bernardino Rafael em uma entrevista. Isso levanta questões sérias sobre a integridade e confiança nas instituições encarregadas de proteger os cidadãos.
O avanço do crime organizado é uma ameaça crescente para Moçambique, com indivíduos se enriquecendo de maneira ilícita às custas da segurança e estabilidade do país. A ganância e a busca por fontes de renda criminosas estão alimentando esse fenômeno, minando os esforços para o desenvolvimento e prosperidade de todos os moçambicanos.
É crucial que as autoridades ajam de forma decisiva e eficaz para combater essa crescente onda de criminalidade, garantindo a segurança e protecção de todos os cidadãos, independentemente de sua classe social. Além disso, é fundamental promover uma cultura de responsabilidade e transparência dentro das instituições de segurança, para reconstruir a confiança da população e reprimir o avanço do crime organizado no país.
Guga Macovane
[21/07, 18:58] Saldanha: Frelimo quer os indianos fora do país
Nos últimos tempos, o governo moçambicano tem demonstrado uma tendência preocupante para expulsar do país os cidadãos moçambicanos de origem asiática, especialmente os de ascendência indiana. A justificação aparente é que estes empresários já enriqueceram, e agora seria a vez de outros fazerem dinheiro. No entanto, esta retórica esconde uma realidade muito mais negra e complexa.
Desde a independência de Moçambique, após a expulsão do colonizador português, mais de 1.000 empresas faliram. Isto revela uma clara inaptidão governamental em gerir não só um país, mas também as empresas. As companhias geridas por membros do partido Frelimo têm-se revelado ineficazes, servindo muitas vezes apenas para desviar recursos dos cofres do Estado, sem trazer qualquer benefício real à população moçambicana.
O partido Frelimo, que detém o poder desde a independência, parece ter usurpado esse poder com o objectivo de enriquecer os seus próprios membros, em vez de lutar genuinamente pela independência e pelo bem-estar do povo. A luta, ao que parece, nunca foi somente pela liberdade, mas também pelos benefícios pessoais de uma elite governamental.
A recente onda de raptos e a justificação de combate ao branqueamento de capitais não passam de pretextos para expulsar a comunidade indiana do país. Estas acções visam tomar o controlo das empresas e dos recursos que estes cidadãos construíram ao longo de anos de trabalho árduo e dedicação.
Todos os moçambicanos, independentemente da sua origem, são filhos desta pátria. Se o governo não se dispuser a proteger os seus cidadãos, quem o fará? A história tem mostrado repetidamente que a prosperidade de uma nação está intrinsecamente ligada à capacidade de incluir e proteger todos os seus cidadãos.
Pedimos à comunidade internacional que investigue profundamente as acções do partido Frelimo e do governo moçambicano. É imperativo expor as irregularidades e os crimes que estão a ser cometidos contra os cidadãos e contra o futuro de Moçambique. Só através da transparência e da justiça podemos construir um país verdadeiramente livre e próspero para todos.
RT News