Procuradoria Geral da República (PGR) de Moçambique recuperou activos estimados em cerca de 400 milhões de dólares norte-americanos que se encontravam em poder dos implicados no “caso das dívidas ocultas”, revelou uma fonte daquela entidade, a qual destacou que parte considerável dos referidos bens são imóveis e viaturas de luxo.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique, os imóveis revertidos para o Estado são predominantemente para fins habitacionais, armazéns e unidades hoteleiras e, no que diz respeito a veículos, a apreensão de carros de marcas como Ferrari, entre outros carros de luxo e de alta cilindrada.
A fonte referiu que os edifícios habitacionais recuperados têm sido utilizados para acomodar instituições do Estado que não dispõem de espaço condigno nos lugares tradicionais, como ministérios.
No caso das viaturas que não são classificadas como “topo de gama” e, por isso, de fácil descaracterização, são distribuídas pelas instituições do Estado, e as de marcas luxuosas continuam parqueadas enquanto se aguarda por melhor decisão.
Estes activos foram apreendidos de 11 dos 19 co-réus do caso que foram condenados a 7 de Dezembro de 2022, em Maputo, a penas que variam de 10 a 12 anos de prisão por se ter provado o seu envolvimento no esquema dos empréstimos contraídos ilegalmente em 2013 e 2014 junto dos bancos europeus Credit Suisse e VTB da Rússia.
Num outro desenvolvimento, a fonte referiu que a despesa atinente ao processo movido pelo Estado moçambicano contra a Privinvest, cujo veredicto será proferido segunda-feira (29), a partir das 12h00, horário de Londres (13h00 de Maputo), pelo Tribunal de Londres, situa-se entre 200 e 300 milhões de dólares.