(A imagem destas três moças que “retratou” com desdém e sem vergonha, a Obra «A Última Ceia» de Jesus, de Mestre Leonordo da Vinci, e que provocou forte indignação no público, aquando da Abertura dos Jogos Olímpicos, em Paris)
Por Afonso Almeida Brandão
Recentemente, a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, tradicionalmente conhecida como a Cidade-Luz, apresentou um espetáculo que muitos consideraram de mau gosto. A performance intitulada “Santa Ceia das Drags”, que imitava a Última Ceia de Jesus Cristo, provocou a indignação ao tratar com desdém um dos rituais mais sagrados da Fé Cristã. Este momento, que simboliza a instituição do Sacramento da Eucaristia na Fé Católica, e também de importância central nas restantes fés cristãs, foi usado para promover uma agenda que muitos vêem como desconectada dos valores tradicionais e do respeito mútuo que deveria ser característico dos Jogos Olímpicos.
Quadro de Leonardo Da Vinci, pintado no séc XV. Uma das obras mais faladas, mais admiradas, mais estudadas pelo Mundo inteiro. Obra que retrata a última refeição, a última palavra aos 12 apóstolos antes da crucificação de Jesus Cristo. Momento tão importante para a Igreja Católica como que de uma luz se tratasse para a Comunidade Cristã. Leonardo Da Vinci consegue reproduzir cada rosto, cada expressão dos 12 apóstolos, de forma a reflectir a dor de alguns e o amor de outros.
E fomos presenteados, com destaque nesta noite de abertura dos Jogos Olímpicos, com uma reprodução desta obra-prima, A Última Ceia realizada por drag queens para homenagear a moda francesa, provocando uma fúria e discussão acesa sobre a relação entre Arte e Religião. Não podemos chamar a isto liberdade criativa ou liberdade de expressão ou até de Modernismo. A Igreja Católica em França criticou ferozmente. “Infelizmente, esta cerimónia apresentou cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, que deploramos profundamente”, afirmou a Conferência dos Bispos Franceses em comunicado.
Paralelamente, as alegações de neutralidade foram postas em causa devido a outra controvérsia envolvendo o surfista brasileiro conhecido como Chumbinho. Foi-lhe proibido usar uma pintura do Cristo Redentor nas suas pranchas sob a bandeira da neutralidade dos Jogos, evidenciando a inconsistência dessas mesmas políticas. Enquanto imagens cristãs são restritas, outras expressões ideológicas foram abertamente promovidas, levantando acusações de hipocrisia e manipulação da ideia de neutralidade.
Durante o recente apagão em Paris, posterior ao dia de abertura dos Jogos Olímpicos, a maior parte da cidade ficou mergulhada numa escuridão, um simbolismo forte, dado o contexto recente. Curiosamente, a Basílica do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecida como Sacré Coeur, permaneceu iluminada, como para reafirmar que a luz de Deus continua a brilhar, mesmo no meio das mais profundas trevas. Este fenómeno serve como um lembrete poderoso de que, independentemente das adversidades, a presença espiritual de Deus pode oferecer sempre orientação e conforto, e será sempre mais forte do que a escuridão espiritual que muitas agendas anticristãs tentam implementar no nosso mundo de hoje.
Charles J. Chaput, refletindo sobre a dinâmica do poder e do respeito, afirmou uma vez que “o mal prega a tolerância até que se torne dominante; a partir daí, tenta silenciar o bem”. Esta citação ressoa profundamente com os eventos em Paris, onde a chamada tolerância parece estar ao serviço de uma visão única, em detrimento do respeito mútuo e da verdadeira Liberdade de Expressão.
Que isto seja um convite à reflexão sobre como a sociedade moderna lida com a diversidade de crenças e o respeito pela tradição. Enquanto alguns podem argumentar que eventos como estes promovem liberdade e inovação, é crucial perguntar a que custo estas liberdades estão a ser promovidas. Gostava apenas de saber se em Paris gozassem com Maomé ou vestissem Buda de Drag Queen, não haveria uma manifestação em plena luz do dia. Quando oiço Não seria divertido se não houvesse polémica só me faz reflectir sobre a estupidez humana na provocação.
Concluo com um apelo à reflexão pelo Mundo que cada vez parece mais estranho, e pelas nossas Famílias, para que encontremos um caminho que respeite tanto a inovação quanto a tradição, garantindo que a Luz da Verdade e do Respeito nunca se apaguem na nossa busca por um Mundo mais Justo e Tolerante. Assim seja!