(Daniel Chapo é uma ameaça para a Democracia Moçambicana)
Por Afonso Almeida Brandão
Num país que esqueceu os testes de QI, o candidato às Eleições Presidenciais Daniel Chapo funciona como um teste de QI ambulante: é entre as pessoas que o apoiam incondicionalmente e as pessoas que o odeiam visceralmente que encontramos aqueles cujo QI está bastante abaixo da média.
CHAPO não é, nem de perto, «o salvador da Pátria» ou o regenerador da FRELIMO — já o ouvimos relegar para referendo, em vários debates, questões de valores que, para um homem de esquerda «chuxa»-lista, seriam impossíveis de discutir ou decidir em voto popular, como se se tratasse de decisões corriqueiras.
Da mesma maneira, consideramos CHAPO uma ameaça para a Democracia Moçambicana e para o regime e as medidas do seu programa que são comummente “vomitadas”, são para ser levadas muito a sério. Entre as poucas coisas que os analistas e profetas do futuro da FRELIMO dizem a seu favor é que CHAPO não é “uma verdadeira chachada” é precisamente o oposto, ou seja, um governo com CHAPO à cabeça, a ser concretizado, será coisa normal e inócua, o perigo da continuação do monopartidarismo como podemos adivinhar das comparações com outros partidos de “extrema-esquerda” alçados a Governo por essa CPLP e também por essa SADC fora. Alguma dúvida?
Contudo, entre as arengas do candidato CHAPO contra os seus adversários às Eleições Presidenciais ou o número de Deputados da Assembleia, no meio de toda uma comunicação exaltada e da interrupção entusiasmada dos seus oponentes políticos, encontramos em CHAPO uma força avassaladora: uma capacidade incrível de adaptabilidade.
Os que tem acompanhado as suas intervenções durante os comício que tem realizado pelo País, vão certamente concluir que esta é a grande vantagem histórica dos Moçambicanos. Durante anos, a capacidade para se adaptar ao eleitorado foi uma vantagem do Partido que deu a CHAPO a sua escolaridade política, a FRELIMO. Esta adaptabilidade moçambicana deu ao nosso POVO o dom de perdurar durante as diferentes eras dos últimos 49 anos de “poleiro” deste Partido à frente dos Destinos da História de Moçambique, apenas Miséria e Dor.
Durante os finais dos anos 70, 80, 90, 2000, 2010 e 2020, surgiram movimentos em Moçambique ideologicamente vinculados à Direita Radical, ao Comunismo da União Soviética e ao Socialismo. Esses movimentos estão agora a ser estudados por académicos sérios e por académicos das Direiras que procuram dar toques de requinte às suas “caças às bruxas”. Dois deles são os Drs. Prof. Severino Ngoenha e Brazão Mazula. Algo que é nítido na Direita ideológica Moçambicana tem sido a sua inconstância, o facto de não LUTAR suficientemente e com garra, contra essa “laia” de “pigmeus” que mais não têm feito senão aguentar tempo demais no “poleiro”. Isto é visto nos círculos científicos como uma desvantagem, o que só comprova que os círculos científicos sabem pouco da ciência do País que estudam, que é o nosso. Ou estaremos enganados...?
Há poucas coisas em Moçambique que sejam permanentes. As que são, contudo, são eternas; e mesmo torcidas e retorcidas, como é o estado do nosso catolicismo, ficam. Os Moçambicanos, do alto dos seus 500 anos de Nação que foram governados pelos portugueses Colonialistas e que desde 1975 pelos moçambicanos de um País Livre e Independente, embora ladrão, nada sério e incompetente não se dão ao erro, comum nas nações mais jovens, de se deixarem possuir por uma ideologia da “treta”. Mesmo não sendo conservador nas conclusões, o moçambicano é conservador nos seus meios. Aqueles que se dedicaram politicamente a lutar por Moçambique durante os tempos “da outra senhora” e posteriormente contra a Ditadura Colonisalista de Portugal, através das suas ideologias impostas, tanto à Esquerda como à Direita, cedo se aperceberam, pelo menos aqueles que conseguem chegar à maturidade política, que as ideias que interessam em Moçambique e para o povo Moçambicano são muito poucas. Esperança, Felicidade, e Oportunidade foram/são, afinal, as riquezas que nunca tiveram...
A FRELIMO de Daniel CHAPO é como aqueles milicianos de Boane que eu conheci na década de 70 do Séc. XX, que conseguiram, há coisa de muitos anos atrás, aparecer na Imprensa com paus, mocas e espingardas a dizer que andavam pelas ruas da cidade de Maputo a fazer aquilo que a PRM não fazia, que era apanhar o “gangue de gatunos” que andava pelas cercanias e pelas palhotas dos Bairrros a assaltar casas. A notícia passou como se Boane se tivesse transformado num Afeganistão e no final nem os milicianos alguma vez se organizaram para fazer nada que não fosse aparecer na Comunicação Social nem os tais meliantes voltaram a perturbar os maputenses da Capital.
A força da FRELIMO é esta: “enfiado no seu enorme vácuo”, a FRELIMO procura ser o veículo perfeito para conseguirem assustar o POVO e os adversários dos outros Partidos Políticos que são contra o Regime instalado, e fazer abanar os interesses instalados da partidocracia e atacar os privados eventualmente acarinhados por aqueles que não querem nada com a FRELIMO no “poleiro”, quase há cinco décadas e que, segundo a Oposição, têm sido “eles” os conhecidos “Metralhas” os únicos abusadores da Economia, que apenas roubaram e desviaram do Erário Público milhões de Meticais e criaram uma instabilidade social tal que torna impossível ao cidadão nacional jovens de hoje criar uma Família ou comprar uma casa. Não interessa se a ameaça é séria ou não — o que interessa é que os gatunos frelimistas só arruinaram o nosso País, em todos os aspectos, ao longo destes 49 anos de (desgovernação), além de terem “minado” Moçambique de Norte a Sul do País, com a venda livre do tráfico de droga às camadas jovens e não só. É natural que alguns destes implicados, estejam hoje e neste momento borrados de medo pois 2025 avezinha-se a passos largos...
Por isso voltamos a repetir — alto e a bom som — que não interessa nada que o candidato CHAPO venha a ser Eleito Presidente da República de Moçambique pelo Partido FRELIMO que este senhor representa, pois seria o “fim da picada”! Chegou a hora do Povo gritar FRELIMO: BASTA, NUNCA MAIS!