Por Afonso Almeida Brandão
Para melhorar Moçambique através da crítica construtiva, é necessário apanharmos o “ar fresco” da Liberdade de Imprensa e do Pensamento. Temos, pois, de sair da camioneta actual do “jornalismo” tradicional Moçambicano, que tem por destino a censura e ditadura do pensamento uniforme. Nesse expresso rodoviário pago com dinheiro público, as cadeiras estão engorduradas pela manteiga governativa. Abunda nos Media a lisonja e branqueamento dos maus negócios misturados com política que arruínam os Contribuintes.
Para apanharmos tal ar fresco temos então de ler o NGANI , a Revista IMPERDÍVEL ou o «Blog» Moçambique Para Todos, actuais espaços para onde escrevemos estas livres linhas juntamente com outros autores patriotas moderados à volta do centro ideológico, íntegros e financeiramente independentes da FRELIMO e do Estado no “poleiro” da (des)governação do País, a caminho de cinco décadas. Por contraste, em alguns (outros) Órgãos de Comunicação Social existentes na nossa praça, a verdade é que ainda há quem nos criticam (e acusam) de escrevermos contra a FRELIMO — quanto a nós um Partido que há muito já devia ter sido afastado da Política Moçambicana por diversos motivos —. No entanto, há por aí alguns pseudo-jornalistas de “meia tigela” que têm a ousadia (imagine os Leitores!) — de afirmarem “à boca cheia” que o Autor destas linhas — através das publicações referidas e livres — não passa de um profissional «à solta» que é «colonialista e fascista». Nem Orwell apresentaria melhor exemplo de distorção da Realidade factual feita por aqueles que fingem combater o Poder, como é o caso do Semanário EVIDÊNCIAS na pessoa do seu Editor.
Contudo, a verdade é que em vários outros órgãos de Comunicação Social (convenhamos) é que infelizmente há cada vez mais escassez de Honesto e Verdadeiro Jornalismo e Democracia. Essa ausência de pensamento próprio e de factos destrói a Economia fechada à lei da rolha e do delito de opinião. Uma antítese da Liberdade de Expressão que, além de aumentar a abstenção Eleitoral, nos põe perto da última posição económico-financeira da SADC e também da África Austral, numa palavra. Isto precisamente porque o facto de Moçambique se encontrar no fundo dos índices da Corrupção e da Ladruagem ao Erário Público, além de ser apontado como um dos Países que está fortemente ligado ao Tráfico de Droga — o que para nós é algo que pouco ou quase nada tem sido questionado, logo nunca melhorado.
A Realidade, não a percepção imposta por poderosos e “convencidos” governantes e seus (alguns) “serviçais” da nossa Imprensa, é que o Autor destas linhas sempre foi um dos profissionais sem «papas na língua» mais Democráticos de Moçambique. A título de exemplo — e aqui recordamos os nomes dos jornalistas Miguéis Lopes Júnior e Machado da Graça, esses veneráveis senadores da Nação e Verdadeiros Democráticas que afirmaram no IMPARCIAL e no SAVANA a coragem do Autor desta crónica «nunca se ter “agachado” ao Regime «chuxa»-lista da FRELIMO em escrever com coragem e determinação as Verdades que muitos nunca escreveram...»
E o Semanário NGANI assim como a Revista IMPERDÍVEL e o «Blog» Moçambique Para Todos têm sido/são três das poucas vozes de muitos Órgãos de Comunicação Social, em Moçambique, que nunca censuraram qualquer artigo ao Autor desta secção — contráriamente ao Semanário EVIDÊNCIAS —, precisamente pela força do seu pensamento e por os factos que divulga incomodarem “convencidos” poderosos. Fora destes espaços de Liberdade e Pluralidade, onde o Autor destas linhas tem escrito alguns dos artigos mais contundentes, a verdade é que estes órgãos de Informação jamais censuraram o que quer que fosse (...) «por o considerar um ancião íntegro e patriota sem nada a perder por expôr os podres dos “Metralhas” do regime da FRELIMO».
No entanto, em relação aos jornais tradicionais impressos em Maputo, designadamente a TVM e RM, dão preferência e fazem reverência é a todo o ex-jovem de Esquerda «chuxa-lista sardinha», sobretudo se for socrático e frelimista e nunca tiver vivido sem ser da Política e do Estado, sem apresentar nenhum resultado de topo Nacional. Tais jotas partidários que se dedicam à Política, têm lá rubricas aos pinotes superficiais no ar, desde que não questionem nada profundamente, sobretudo nem sequer mencionem a Corrupção que sacrifica a (dita) Classe Média e afunda a Nação. É enfadonha, em paralelo, a tal auto-propaganda dos jornalistas partidários que querem ser os “heróis da Ribalta”. Vários Jornais, a RM e TVM ajudam-nos a continuar a “herança” de Joaquim Chissano e Armando Guebuza da Censura da Imprensa (embora de forma velada). Tais jronalistas de “meia tigela” escondem o verdadeiro estado das contas da Nação e desonram a Herança da Liberdade da conquista que foi criada por Samora Machel, antes de Moçambique ter conquistada a sua Independência, em 1975.
Preocupam-se — isso sim — muito com os defeitos dos colegas que classificam de Colonialistas e Facistas, de Presidentes ou Governantes dos outros países, mas têm sempre medo de apontar defeitos cá dentro, mesmo que sejam ainda mais graves que lá fora.
Por contraste absoluto, quem questionar actual e profundamente o Regime da FRELIMO para fazer reformas que nos propelem finalmente para os lugares cimeiros dos PALOP´s, fica em minoria apesar de representar o pensamento da maioria da população, é calado, ofendido e perseguido nos jornais tradicionais. Alguém tem dúvidas? Muitos desses jornais já não representam a população, mas apenas a (des)governação, com alienação crescente das causas que verdadeiramente preocupam os Moçambicanos. Reveladoramente, muitos destes jornais têm de pagar para encontrarem quem os queira ler, com anúncios atrás de anúncios pagos nas redes sociais, a importunar-nos com tais notícias pagas cada vez que abrimos o facebook. Isto significa que ninguém já quer comprar o que sabemos na maioria não serem notícias, mas propaganda dos “Metralhas” que representam este Governo há quase cinco décadas... Confrangedor, numa palavra!
Haverá objectividade jornalística neste pântano de lápis azul em que se tornaram vários jornais “mainstream” que nunca foram na totalidade respeitáveis? Não é uma pena assistir à TVM, RM doentes e a jornais como NOTÍCIAS, DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE, DOMINGO e PÚBLICO todos eles considerados a «Voz do Dono», que já foi irreverente mas está cada vez mais doente e com tanta subserviência ao poder como a TV estatal e dos jornais que foram citados? É sem verdadeiras alternativas jornalísticas nem diferentes perspectivas que vamos conseguir reduzir a enorme abstenção e combater os “Metralhas” da FRELIMO e a RENAMO?
Não estão os moçambicanos, na grande maioria mal pagos e hiper-taxados, fartos da boa nova ridícula jornalística de que está sempre tudo bem? Quando vamos voltar a ter muita Imprensa a sério que questione o Poder para forçar mudanças e reformas que nos levem a um padrão de vida mais alinhado com a Europa, por exemplo? Por quantos anos mais seremos mal governados por um Presidente da República, Primeiro-Ministro e Ministros “Metralhas” e incompetentes partidários que nunca são questionados nos resultados e nas suas acções?! Vamos continuar a pagar o preço em impostos e bancarrota deste intolerável status quo nos Media? Não podemos.
Mais ar fresco, precisa-se com urgência na Imprensa Escrita e sobretudo na TVM e RM. Está nas nossas mãos incentivar e comprar jornais livres como NGANI, AUTARCA (na cidade da Beira), Canal de Moçambique, SAVANA, Dossiers & Factos, Revista IMPERDÍVEL e Ponto por Ponto, à solta na Pluralidade e Diversidade de Opiniões Democráticas. Vamos a isso? E por aqui ficamos.