ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Pelo menos [4] países da NATO estão por trás da controvérsia “incursão” ucraniana na região russa de Kursk, o Plano deles foi pouco abordado pela mídia internacional. Hoje, vou “mostrar” para você[s] os detalhes do que está por trás da “incursão” ucraniana em Kursk, qual 'objectivo' principal e…porque é incorrecto dizer que os ucranianos estão tendo sucesso apesar das suas declarações mediáticas.
“As elites ocidentais estão numa certa confusão causada pelo facto de terem percebido que a iniciativa estratégica no campo de batalha, na frente, passou completamente para as Forças Armadas da Federação da Rússia e isto acontece, depois de os políticos ocidentais andarem há quase um ano e meio a murmurar a solo ou em coro, sobre a chamada derrota estratégica da Rússia no campo de batalha. Ao mesmo tempo, os países ocidentais não estão dispostos a encontrar uma solução de compromisso para este conflito” (Sergei Naryshkin: Director do Serviço de Inteligência Externa da Rússia).
Vou-lhes lembrar, ainda em Maio deste ano o Director do Serviço de Inteligência Externa da Rússia, Sergei Naryshkin havia dito quê os países ocidentais não estavam prontos para 'alcançar' uma solução de 'compromisso' para solucionar de uma vez o conflito na Ucrânia. Em outras palavras, desde o “progresso considerável” da tropas russas 'percebido', a partir de Dezembro de 20[23] e a “consequente perda” de dezenas de Cidadaes e Localidades na região do Donbass pela Ucrânia o imperialismo teve urgência em “achar ” alguma forma para “parar” os russos no Campo de batalha ou pelo menos “dificultar” ainda + as coisas para o Exército russo e… “forçar ”o Kremlin a uma paz quê não atende as suas exigência.
Depois do fracasso da Cúpula de paz para Ucrânia realizada na Suíça quê não contou com a participação expressiva de praticamente ninguém 'viu-se' quê o mundo não estava disposto a “pressionar” a Rússia a aceitar os termos do Zelensky para uma paz e…ai veio a necessidade de uma solução militar. Destarte, no dia [6] de Agosto, os ucranianos iniciaram uma “incursão” com a participação de várias Unidades militares contra a região russa de Kursk com o tempo eles “introduziram” + soldados no território russo. De iniciou muitas foram as suposições de qual seria o 'objectivo' estratégico de Kiev, mas a “versão” quê + ganhou notoriedade é de que os ucranianos estavam querendo obter + “vantagens” em uma possível futura mesa de negociações. Em outras palavras, a hipótese seria de que os ucranianos “tentariam propor” a devolução da poucas Localidades que tomaram em Kursk para “receber” em troca tudo quê os russos conquistaram no Campo de batalha desde 20[22].
Só que, se pararmos para olhar para o quadro há só uma verdade por trás disso: os ucranianos e seus parceiros imperialistas 'tentam' de alguma forma “parar” os russos depois dos avanços em Donbass quê poderão levar a outros futuros avanços pelo território da Ucrânia marcando um “colapso total” de seu exército e uma derrota completa de todo apoio dado para a Ucrânia desde 20[22]. Assim, não podendo suportar + uma “derrota” depois de [20] anos de luta no Afeganistão contra os talibãs e a consequente saída “vergonhosa” do país em 20[21], segunda pelo retorno do Grupo Islâmico ao poder no Afeganistão, uma derrota na Ucrânia seria + um “grande golpe” contra a NATO, mas… para solucionar o conflito de forma vantajosa era preciso “convencer” o público de que os russos estão 'saindo' do conflito em desvantagem.
Uma “incursão” ao território russo “pareceu” ser o Plano perfeito e…nos primeiros dias, isso foi um “alarde” na imprensa mainstream, enquanto esta publicava notícias de que os ucranianos fizeram ‘impensável’, Kiev começou a “aumentar” a lista de suas conquistas com 'manipulações' em vídeos só que a Ucrânia começou a sofrer “baixas” de muitos soldados: rendidos, feridos ou mortos.
Suas colunas de blindados começaram a ser “destruídas” aos pontapés, os russos não só 'pararam' o avanço ucraniano como começaram a 'retomar' territórios antes perdido. Os ucranianos fizeram “uma nova aposta” espalhar no território da região de Kursk pequenos grupos de sabotagem compostos entre [10] e [12] soldados, escondidos nas matas achar tais grupos é uma tarefa difícil. Para “acobertar” o verdadeiro cenário Kiev começou a dizer quê “controla” uma área muito maior do que aquela onde realmente seus soldados estão escondidos; ataques contra alvos civis foram + “usados” para manter o ritmo midiático de sua “incursão”
Até porque estando em ano de eleição nos Estados Unidos [EU], o “esforço” de guerra dos EU na Ucrânia tem que “mostrar” algum resultado para o Biden 'conseguir' maior apoio a sua Vice Kamala Harris a Candidata a Presidente pelos Democratas. Na Europa imperialista [colonial] o 'objectivo' era motivar + gente a ir lutar pela Ucrânia, isso porquê milhares dos chamados voluntários já perderam sua vidas e…muita gente já não “acha” uma boa ideia ir para a frente lutar contra os russos e ai começaram a surgir os relatos dos prisioneiros ucranianos.
“Nós entramos em Kusrk porquê falhamos nos outros lugares, formamos um grupo de ataque bom é claro que com tal grupo é fácil avançar uns 30 km, mas depois fazer o quê?”(Ole Ryabko: prisioneiro de guerra ucraniano).
“Devíamos ter ido para a retaguarda, o que fomos fazer lá na região de Kursk, onde uns velhos e velhas ficam lá parados, e nos dizem para ir lá e conquistar para o cara?” (Valisv Lutsik: prisioneiro de guerra ucraniano).
“Isso foi planejado para mostrar para os EU e Europa que somos os caras, no final das contas ficaram rodando nos veículos uns tolos e acabaram fugindo, nossos veículos de combate pelas estradas, levaram os nossos para lá de forma burra. Falando sério, passei pela estrada por três dias. Dos nossos, umas 500, 90 pessoas mortas, tudo distruido” (Piotry Popovich: prisioneiro de guerra ucraniano).
“No dia em que destruíram nossa coluna eu fui o último a sair do blindado, porque quando eu sai não percebi ninguém, nem ao lado, nem na frente do blindado, a princípio eu cai logo no acostamento, eu fiquei deitado alguns minutos, retomei minha respiração normal levantei a cabeça e…vi que ao lado tinha uma floresta eu fui me rastejando para lá, chegue arrastei-me até o arbusto mais próximo e fiquei lá deitado metade de um dia e a noite toda. Eu não tinha o fuzil, ele ficou dentro do blindado que queimou” (Igor Sheshenko: prisioneiro de guerra ucraniano).
“Eramos nove pessoas, nos disseram para recuar, recuamos com três, eu me perdi deles quando fui ferido, já eles fugiram não sei para onde” (Oleg Sharko: prisioneiro de guerra ucraniano).
“Fui para a posição, o grupo tinha nove pessoas, houve um ataque de drone, cinco ficaram feridos, inclusive eu, queríamos voltar recebemos o primeiro comando de não recuar, mas depois ouvimos que podíamos, eu recuei atrás de apoio, para retira o pessoal só que nosso pessoal já não estava mais eu tive que me render”(Andrei Dnishko:prisioneiro de guerra ucraniano).
“Eu fui capturado. Ocorreu um bombardeamento, entraram de assalto na posição eramos quatro na posição, dois não sei, [acho que] ficaram feridos um fugiu e eu, ferido não pude fugir, amanheceu e eu rendi-me” (Sergei Dralo: prisioneiro de guerra ucraniano).
Mas, antes da operação o Reino Unido, Alemanha, Polónia e EU tiveram uma “participação crucial” no preparado de toda a “incursão” a primeira evidência disso, é que boa parte dos soldados das Unidas ucranianas envolvidas na “incursão” foram treinados em Centros no Reino Unido e na Alemanha, segundo Moscovo os Conselheiros da NATO “prestam ajuda” no Plano às tropas que entram na Rússia.
Do espaço, satélites militares da NATO, também fazem imagens de onde estão as tropas russas e 'informam' em tempo real a coalizão de países quê apoiam Kiev sobre o teatro de operações. As Forças Aramadas da Ucrânia atacaram a região de Kursk na manhã de [6] de Agosto, agora os russos estão “lutando“ contra os grupos ucranianos que ainda actuam na região para isso aviação, artilharia e Grupos mecanizados estão em uma luta de [24] horas por dia contra os ucranianos quê ainda estão no território, embora eles tenham perdido a iniciativa a presença deles é uma ameaça real para a Rússia.
Logo, depois as autoridades dos países da NATO começaram a 'negar' terem ciência ou participação na “incursão” ucraniana, porém os EU não 'negaram' manterem conversas com a Ucrânia sobre a situação na região de Kursk. A operação na região de Kursk foi “complexa” e “necessitou” de meios quê a Ucrânia não possui como a já referida ajuda dos satélites.
O 'objectivo' de conseguir uma melhor posição na mesa das negociações seria um 'cálculo' do imperialismo, mas muito arriscado e errado como mostrei em outras Cartas publicadas; a “incursão” em Kusrk não “parou” os russos em Donbass, também não “cessou” os ataques aos aeródromos ucranianos e… o pior de tudo é que Moscovo já disse quê não vai + aceitar negociações com a Ucrânia, depois da “incursão” de Kursk.
“Mas, parece que eles [ucranianos] deixaram a pergunta sem resposta. Quem é que depois daquelas selvagerias, aquele terror que eles realizaram contra os civis, a infra-estrutura e instalações civis vai realizar negociações com eles? A tentativa das Forças Armadas da Ucrânia de invadir nosso território ressaltando o que foi dito pelo Governo russo, a priori anula qualquer possibilidade de negociações ” (Maria Zakharova: Porta-voz do Ministério dos Estrangeiros da Rússia).
Ou seja, qualquer tentativa ucraniana de “influenciar” as negociações pelo Campo de batalha seria o mesmo que Kiev tentar forçar os russos a “aceitarem” novas condições para paz, mas o Kremlin “resiste” e é “firme” em suas intenções.
Como será que essa história terminará?
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [23] de Agosto, 20[24]