Um hotel de luxo, denominado por Fênix, localizado na Avenida FPLM, na cidade de Nampula, foi apreendido no domingo (18.08) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da operação "Stop ao Branqueamento de Capitais".
Apesar da apreensão, o estabelecimento hoteleiro continua em funcionamento, com uma mudança no regime de arrendamento, onde os pagamentos de renda passam a ser efectuados directamente ao Estado moçambicano, que agora detém a posse do imóvel.
A operação se estende a diversas outras propriedades em Maputo e Nacala, que também foram apreendidas devido a suspeitas de envolvimento em actividades de branqueamento de capitais. Entre os imóveis apreendidos sob o mesmo regime, estão propriedades localizadas na Avenida 25 de Setembro e Avenida Julius Nyerere, em Maputo, e na casa de pastos “Su Kasa”, no bairro de Bagamoyo.
Em Nacala-Porto, a PGR descobriu uma série de bilhetes de identidade falsos em uma empresa de fachada, que eram utilizados para a abertura de outras empresas fictícias, com o objectivo de facilitar o branqueamento de capitais. Durante a operação, cerca de 40 viaturas foram apreendidas.
A PGR clarificou que todas as empresas, incluindo bancos comerciais, instituições de prestação de serviços, agências de viagens, e outros estabelecimentos, que operam ou arrendam imóveis envolvidos na operação, continuarão a funcionar normalmente. A mudança principal recai sobre o regime de pagamento das rendas, que agora deverá ser efectuado pelos exploradores dos espaços directamente ao Estado.
Essas acções fazem parte de uma resposta mais ampla do governo moçambicano para atender às recomendações do Financial Action Task Force (FATF) e combater eficazmente a lavagem de dinheiro no país, um problema que já resultou na exportação de mais de 330 milhões de dólares em dinheiro lavado para diversos países. (BN)
INTEGRITY – 19.08.2024