RESUMO DA SITUAÇÃO
Sete corpos apareceram na costa norte da vila sede de Mocímboa da Praia a 5 de Setembro em circunstâncias inexplicáveis. Todos tinham os olhos vendados e as mãos atadas atrás das costas. Um deles tinha sido decapitado. O Estado Islâmico não reivindicou a responsabilidade e, com exceção do corpo decapitado, as mortes não refletem os métodos habituais dos insurgentes.
Algumas fontes locais relataram que as vítimas tinham sido sequestradas pelas forças de segurança na ponte de Anga, no lado sul da vila sede de Mocímboa da Praia, próximo a um quartel na estrada para Luchete. Os militares foram acusados localmente de extorquir civis que tentavam atravessar a ponte e, nalguns casos, de amarrar e espancar as pessoas. Estas alegações não foram corroboradas por fontes oficiais.
Por outro lado, o Estado Islâmico de Moçambique (EIM) permaneceu em grande parte calmo em toda a província de Cabo Delgado nas últimas duas semanas, já que os insurgentes provavelmente estão ocupados a entrincheirar-se em novas bases em torno do rio Messalo, depois de terem sido expulsos da floresta de Catupa e da costa de Macomia pela ofensiva liderada por Ruanda.
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