A Direcção do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) está a ser acusada de demitir 48 trabalhadores sem justa causa e à margem da lei. Como avança o portal Zitamar, alega-se a falta de fundos e necessidade de reestruturação da administração do PNG. Contudo, antes e depois das referidas demissões houve novas contratações de pessoal, incluindo estrangeiro com proposta de residências.
Os denunciantes dizem que as instituições governamentais para as quais recorreram não atenderam as suas solicitação e as acusam de frequentemente estar em conluio com a administração do PNG.
O grupo de trabalhadores demitidos reclama que foram convocados para o escritório de recursos humanos na tarde de 21 de Março de 2024, sem nenhuma informação prévia. No dia seguinte, foram demitidos colectivamente em uma pequena sala em grupos de quatro.
“A forma como nos foi dito foi muito dura e não houve atenção aos nossos sentimentos nem espaço para perguntas”, disseram os trabalhadores numa queixa apresentada à direcção provincial do trabalho, com o conhecimento do governador e do secretário de Estado da província de Sofala, avança o Zitamar.
Sem alternativas, os trabalhadores assinaram cartas de rescisão com promessas de indemnizações.
O Coordenador de Recursos Humanos do PNG, Olisio Cumbane, disse que estava a cumprir ordens do Director Financeiro e Administrativo, Mike Marchington, que assina os contratos de funcionários.
A decisão de demissão não foi partilhada com o Sindicato dos Trabalhadores e o Ministério do Trabalho, de acordo com os denunciantes. Além disso, o Director do sindicato local foi um dos demitidos.
As tentativas de o MZNews obter mais esclarecimentos junto do Parque Nacional de Gorongosa redundaram em fracasso.
MZNews - 03.09.2024