Por António Barreiros
É uma notícia que não deixa margem para dúvidas sobre o que temos vindo a escrever, ultimamente, sobre o responsável pela Renamo, o sr. Ossufo que, como se sabe, vendeu a alma à Frelimo.
Veio a saber-se, recentemente, que, segundo fontes credíveis, “O Centro de Integridade Pública (CIP) acusou os dois principais partidos moçambicanos de terem acordado secretamente um acesso limitado ao poder por parte da oposição de modo a calar possíveis denúncias de fraude nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 9 de Outubro em Moçambique”.
Não é novidade, até porque, e por diversas vezes, denunciámos nestas páginas, o óbvio: o sr. Ossufo, para além de receber um chorudo vencimento anual pago pelo Frelimo, tem direito a casa, segurança e mais outras boas mordomias.
O mesmo responsável da Renamo é, como se sabe, um falso “profeta” dessa formação partidária, acumulando, como pessoa e cidadão, uma imagem pouco abonatória, dada a sua medíocre prestação cultural e de cidadania, assim como o seu baixo índice de instrução. Infelizmente, a maioria dos políticos moçambicanos, com raras excepções, têm um fraco grau de instrução e uma qualidade intelectual próxima do zero…
Esta “negociata” político-eleitoral traduz a radicalização que a Frelimo tem imposto, nos últimos quase 50 anos em que exerce o poder governativo e institucional, sabendo-se que tem manobrado, a seu belo prazer, a vida nacional. Aliás, têm sido os próprios membros do partido, com evidência para os governantes e para outras figuras do aparelho do Estado, que, e nos últimos 40 anos, são os responsáveis por todo o tipo de desmandos económicos, financeiros e de gestão danosa da “coisa pública”, o que tornou Moçambique no 6.o País mais pobre do Mundo. São os mesmos, também, que deixaram que a corrupção, a todos os níveis, nos patamares de baixo, nos intermédios e nas altas patentes do Estado, domine a vida nacional moçambicana, contribuindo para a hecatombe da vida pública e não só…estabelecendo a miséria, dividindo as pessoas e podendo provocar, num futuro não muito longínquo – no meu modesto entender – a fractura geográfico-administrativa da Nação, com um centro-norte e um sul, como Países distintos.
Ossufo fica, mas não terá grande caminho para andar como líder da Renamo, partido que tem os dias contados.
A presença no xadrez político de Moçambique de Venâncio Mondlane, da Coligação da Aliança Democrática, partido que formou, recentemente, depois de ter sido da Renamo, desperta o interesse de muitos, de uma grande maioria, podendo constituir, caso não haja viciação dos resultados, uma reviravolta na vida do País. Acertando as páginas da vida económica, social, laboral, institucional, empresarial e de toda a ordem para conferir a Moçambique uma nova era com vista ao desenvolvimento.
Venâncio é uma lúcida e perfilada personagem, que tem arrebatado a população jovem, o que lhe poderá servir de suporte, num País com gente nova, dos 15 aos 35 anos, de cerca de 35%, para a sua eleição a 9 de Outubro. Mas não pode deixar cair o poder, como parece ser o seu azimute, na norma “O Povo ao Pode”. Seria desastroso e cheiraria a esquema de esquerda radical…
Se a Frelimo continuar na governança do País…Moçambique ficará mergulhada na apatia política, governativa, económica e em todos os sectores da vida nacional, porque todo o tipo de chagas, sociais e outras, assim como todos males e milandos, com relevância para a corrupção, em que chafurda a Nação, por responsabilidade do partido do poder, não vão sarar. O País continuará a tender para abrir mais querelas, mais divisões e, ainda, cavar mais fossos. A miséria arrastar-se-á e a pobreza alastrar-se-á, como bactéria de morte... Um País tão rico não conseguiu, até hoje, lançar projectos e planos para se engrandecer e sair do fundo da tabela dos mais marginalizados, em termos sociais, que se plantam no nosso Mundo…porque a Frelimo tem sugado tudo em seu redor.