ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Nos últimos dias, Governos de diferentes países imperialistas e os Estados Unidos [EU] tem discutido se devem 'permitir' ou não ou os ucranianos de realizar ataques com armas de longo alcance [ALA] da NATO contra a Rússia em“ profundidade” ate ao momento em que vos escrevo esta Carta não há uma “posição unânime” entre os parceiros imperialistas da Ucrânia, mas…nada 'descarta' que eles poderão no final das contas 'permitir' aos ucranianos tais ataques.
Falando sobre o tema o Presidente da Duma do Estado da Rússia,Viacheslav Volodin fez tal declaração:
“hoje, os Estados Unidos da América não têm vergonha de discutir a possibilidade de realizar ataques ao território da Rússia, discutem isso com Chefes de Estado, discutem isso com a Ucrânia, apesar de que na Ucrânia não há quem discutir tais questões, isso porque os grupos de trabalho com satélites pertencem aos Estados Unidos da América, aos países da NATO. A orientação e indicação para executar das ordens serão, neste caso, de armas de grande precisão em ligação com os grupos de trabalho com satélites, executadas pelos militares da NATO, isso significa que a NATO entrou totalmente neste conflito e se tornou um lado participante. Esta discussão pode levar às consequências mais terríveis possíveis pensem só no que eles estão discutindo, eles estão discutindo a execução de ataques contra nossas Cidades pacíficas, alem disso, discutem tal tema achando que isso não lhes diz respeito. Isso não será assim, daremos uma resposta e nós temos com o que responder, as armas mais poderosas já estão prontas. Joe Biden, que já saiu fugindo da corrida eleitoral, Olaf Scholz, que praticamente já perdeu em todos os lugares nas eleições e seu futuro como político é zero, Emmanuel Macron, que os cidadãos franceses, também não lhe deram apoio nas eleições, hoje podem provocar um conflito que levará a consequências irreversíveis”.
Lembrando, ainda na Sexta-feira [13] de Setembro o Joe Biden e o Primeiro-ministro britânico o Keir Starmer “discutiram” o assunto de dar tal “permissão” para Ucrânia após o Zelensky pedir tal capacidade. Mas, perguntado sobre a qual 'decisão' a Casa Branca e o Governo britânico chegaram o Matthew Mliler Porta-voz do Departamento de Estado dos EU disse não ter o que falar sobre a questão.
O encontro foi concluído, nós… não ouvimos nada de você, pessoal, então em qual ponto chegou aquela conversa? Há uma decisão tomada sobre o pedido dos ucranianos?
“Antes de tudo, você está correcta, o Secretário de Estado, de facto, disse que assuntaria tais conversas com o presidente Zelensky e outros lideres ucranianos, mas ele disse que assuntaria com o Presidente, e não com todos vocês, ele fez isso na Sexta-feira, e claro que nós sabemos que eles; o Primeiro-ministro esteve aqui para discutir sua política também com o Presidente. Eu não tenho nenhum anuncio a fazer sobre qualquer mudança em nossa politica hoje”. (Matthew Miller). Em outras palavras o Miller “transpareceu” que os EU não 'mudaram' sua posição de “proibir” os ucranianos de atacar a Rússia em profundidade com ALA fornecidas por eles.
Em entrevista ao Canal de tevê, russo RASSADIN, o Porta-voz do Kremilin, Dmitry Peskov afirmou que o seu Presidente Vládimir Putin tem uma 'avaliação' bastante cautelosa sobre o tema, mas que a Rússia não só possui armas como também poder económico suficiente para “abastecer” as necessidades de suas Forças Armadas em caso de “escalada” no conflito no Leste europeu. Peskov, também voltou a dizer que Moscovo vai continuar com o que chama de operação militar especial para 'alcançar' os objectivos estabelecidos desde o seu início.
Ainda na Segunda-feira, [16] de Setembro, o Governo russo anunciou novos Planos para o 'fortalecimento' de seu poder militar já para 20[25], duas das principais 'prioridades' do Kremlin são:
- Acelerar o processo de integração das regiões que foram “incorporadas” ao seu território em 20[22] me refiro às chamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansky , assim como as regiões de Zaporizhia e Gerson.
- A outra prioridade que merece atenção é o 'aumento considerável' do número de pessoas nos Serviços das Forças Armadas da Rússia, lembrando ainda em Dezembro de 20[23], o Kremlin havia aumentado para 2. 209.130 pessoas; o total de funcionários civis e militares nas suas Forças Armadas, agora o número subirá para 2.389, 130 pessoas 'mostrando' que o país ainda tem “fôlego” não só para continuar com o conflito com a vizinha Ucrânia, como também, para se preparar para uma possível “escalada” das tensões.
De facto, o Kremlin “acredita” que o cenário pode piorar e não exclui um conflito armado ainda maior e directo com a NATO. O assunto da escalada das tensões e possível 'permissão' aos ucranianos de utilizarem ALC da NATO para atacar em profundidade o território russo também está causando “rachadura” entre os Deputados do Parlamento europeu. Por exemplo, o eurodeputado polonês Georgos Brown “bate-boca” com eurodeputados italianos, lembrando do seu passado e criticando a guerra na Ucrânia dizendo o seguinte:
“Isso por acaso é um Conselho de guerra? Estamos em guerra? Estamos desejando lutar por qual causa? Com quem? Com quais recursos? Vocês não estão ajudando a Ucrânia prolongando esta guerra. Vocês não estão ajudando o povo ucraniano que está buscando abrigo fugindo de seu próprio país, a ultima vez que seu país [Itália] enviou forcas militares para frente Oriental foi em 1941 ou 1942. Você espera que seu Governo repita tal manobra brilhante, e quais resultados você espera alcançar? Por favor, vai lá você mesma!…Por favor, lute por […]”
As conversações sobre dar “autorização” aos ucranianos para atacar a Rússia em profundidade não é sem sentido, actualmente a Ucrânia está passando por um difícil momento com suas tropas na região russa de Kursk, parte de suas tropas lutando na referida região se encontra agora completamente cercada.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [18] de Setembro, 20[24]