Foi perante os seus apoiantes na Cidade de Tete, província localizada no centro de Moçambique que o candidato presidencial Venâncio Mondlane revelou que recentemente foi notificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por alegadamente estar a cometer crimes durante as suas intervenções públicas durante a campanha eleitoral.
Mondlane que discursou por vários minutos perante um público diversificado que marchou pelas avenidas e ruas da Cidade de Tete, ontem, explicou que alguns dos seus adversários políticos sentiam-se ameaçados, razão pela qual, não poderia usar certas expressões durante a campanha eleitoral.
Em jeito de continuação, Venâncio Mondlane disse que a sua luta era a mesma de Eduardo Mondlane, Afonso Dhlakama, Edson da Luz (Azagaia) e Alice Mabota, todos já falecidos, mas que o seu legado permanecerá para sempre. Mondlane afirmou que pretende devolver o poder ao povo moçambicano, uma vez que este já não sente bem no seu País, uma vez que “um grupinho” decidiu apoderar-se de tudo que pertence ao povo, por isso, durante a sua intervenção defendeu que ele é “o candidato do povo e não do bolso”.
Na ocasião, mesmo com a revelação de que foi notificado pela PGR para não usar certas expressões e afirmações durante a campanha eleitoral, Venâncio Mondlane usando a 3ª pessoa do pronome pessoal (eles), o candidato suportado pelo partido PODEMOS denunciou a detenção de um dos simpatizantes pela Polícia da República de Moçambique (PRM) por supostamente ter rasgado um panfleto do candidato do partido Frelimo.
Em Tete, Mondlane e sua equipa irá trabalhar em alguns distritos e posteriormente seguirá para outras províncias em falta, nomeadamente: Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, alguns distritos da província de Maputo, Cidade de Maputo, Cabo Delgado e Nampula. De salientar que Venâncio Mondlane já trabalhou na Cidade da Matola (Maputo), Zambézia e Niassa, onde apresentou as ideias centrais do seu manifesto em cada local por onde passou e atacou seus principais adversários, exclusivamente Daniel Chapo da Frelimo e Ossufo Momade da RENAMO.
Em quase todos os locais por onde “Integrity” cobriu a campanha do candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane a população, na sua maioria jovem sempre reiterou a necessidade de fiscalização do voto no dia 09 de outubro para que se materialize o lema campanha nomeadamente: “Salve Moçambique. Este País é nosso”. (Omardine Omar, em Tete)
INTEGRITY – 16.09.2024