ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Estou aqui para falar sobre a questão, sobre a situação “infeliz” do dr. Elvino Dias e do Paulo Guambe.
Nos apercebemos todos o sucedido, mas o que eu gostaria de 'trazer' antes de falar sobre isto é, o que para nós agora 'virou habitual' quando há uma perda significativa que “abala” com a sociedade em geral, em vez, de focar naquilo que é a solução e achar-se “responsáveis” parece que vira + é, uma luta política de quem pode ter proveito, quem pode culpar quem e…na verdade a principal questão de resolver-se “certos défices” da nossa sociedade acabam sendo esquecidos. E o que nós vimos que 'foca-se' em demasia em quem será que deve ter matado o dr Dias e o Paulo Guambe e… no final não se 'foca' no que devia ser afinal a sociedade moçambicana, a Capital de Maputo.
Porquê como eu penso, isto não é um “caso isolado” tem acontecido várias vezes aqui na Capital “assaltos” e [sequestros] à mão armada, devia se “interrogar” afinal de contas quais são as Estratégias que a Polícia da República tem utilizado para cerrar, para combater, para “controlar” aquilo que é a criminalidade, sobre como é que os delinquentes têm “conseguido” o fácil acesso a armamento sendo quê a questão do desarmamento faz anos. São questões quê deviam interrogar-se e…não cairmos num jogo de “acusações”, num jogo de “presunções” e…no final “esquecesse” o problema que existe na sociedade que é real: o da “proliferação” de armas de fogo.
E agora, quanto a questão da “presumível ”causa de mortes que a Polícia apresentou, o Ministério Público diante das perdas que nós tivemos deve fazer uma 'investigação' sobre os moldes que a lei determina, mas… “seguir” realmente os factos, buscar na verdade quem deverá ser “culpado” e não apresentar simplesmente “sob indícios” indivíduos que apresentam tendências criminosas para serem responsabilizados.
E diante da minha crítica, na verdade, vai a nossa Polícia da República, o nosso Ministério do Interior que deve “apresentar” politicas, + estratégias sobre o combate a criminalidade, porque a Cidade de Maputo está-se tornar um campo de muita criminalidade, um campo de muita bandidagem e… uma resposta imediata deve ser dada, porque não é um facto isolado “perdemos“ dois grandes Quadros que faziam diferencial.
E como eles, muitos outros Quadros têm “perdido vidas” diante de criminosos e a nossa Polícia da República está para nos passar segurança, por isso, deverá ocorrer respostas, deve a Polícia na verdade apresentar respostas e…falo que sou da opinião que a Assembleia da República devia “reflectir profundamente” sobre isto, que é, a proibição da pena de morte.
Eu penso que… chegou a hora de “pensar-se” seriamente sobre a possível 'legalização' da pena de morte ou estender ou “pensar-se” ainda em “falar-se” sobre a questão da 'prisão perpétua', porque há muita “gente insensível” actualmente, há muita “gente com sangue frio” que tem causado, distorcido e levantado muita instabilidade para o nosso país.
Portanto, se for a “sacrificar” um em prol do colectivo eu sou da opinião que deve-se “pensar” na pena de morte, porque nós queremos nos sentir seguros, os nossos filhos também estejam seguros e toda a sociedade no seu todo esteja seguro.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [20] de Outubro, 20[24]