O Governo aprovou esta terça-feira (22), em Conselho de Ministros, os termos de um Acordo Directo com a TWIGG Exploration and Mining, Lda., para expandir as operações na Mina de Balama, em Cabo Delgado, com foco na exploração de vanádio. O acordo, assinado entre as partes, visa assegurar o financiamento, pela United States International Development Finance Corporation (DFC), das despesas operacionais e de manutenção da mina, além da realização de um estudo de viabilidade para a instalação de uma unidade de processamento daquele mineral.
Segundo um comunicado oficial do Conselho de Ministros, o projecto de vanádio faz parte da estratégia de expansão do já existente projecto de extracção de grafite na mina de Balama, operada pela TWIGG, subsidiária da Syrah Resources Limited.
O vanádio é um mineral estratégico, amplamente utilizado em ligas metálicas e na produção de baterias, o que torna este acordo um marco importante para o sector extractivo de Moçambique.
O Governo considera este projecto vital para o desenvolvimento económico do País, dado o potencial de criação de emprego e de geração de receitas fiscais, além de potenciar a posição de Moçambique no mercado global de minerais essenciais para a indústria de alta tecnologia.
A TWIGG, que já se destacou no cenário mineiro nacional, foi premiada em Maio passado como “Empresa Mineira do Ano” na Conferência de Mineração e Energia de Moçambique, como reconhecimento do seu compromisso com a inovação e sustentabilidade.
A empresa é também classificada como uma das mais transparentes no sector, de acordo com o Índice de Transparência do Sector Extractivo de 2023, elaborado pelo Centro de Integridade Pública (CIP).
A TWIGG foi premiada em Maio passado como “Empresa Mineira do Ano” na Conferência de Mineração e Energia de Moçambique, como reconhecimento do seu compromisso com a inovação e sustentabilidade.
O acordo directo estabelece que a TWIGG conduzirá um estudo de viabilidade para avaliar a possibilidade de desenvolver uma operação de processamento de vanádio em Balama, documento que será essencial para determinar o potencial económico e técnico da construção de uma unidade local, o que permitirá agregar maior valor ao recurso extraído e reduzir a dependência de serviços de processamento fora do País.
Este acordo reflecte o compromisso do Governo em promover a diversificação do sector mineiro e o aproveitamento sustentável dos recursos naturais, assegurando que as operações extractivas beneficiem as comunidades locais.
A aposta na exploração de vanádio, a par da grafite, é vista como uma oportunidade para Moçambique consolidar-se enquanto fornecedor-chave de minerais críticos para a economia global, especialmente nos sectores da energia e tecnologia.
Com a expansão do projecto de vanádio, o País poderá atrair novos investimentos no sector mineiro e aumentar as suas exportações de produtos de alto valor acrescentado, contribuindo assim para o crescimento económico sustentado do País.