ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Segunda questão; a situação do povo palestiniano melhorou depois do [7] de Outubro de 20[24]?
Há muito + dor e sofrimento é claro! São dezenas de milhares os mortos e desaparecidos, mas infelizmente as lutas anticoloniais “exigem” gigantescos sacrifícios, também foi assim na resistência vietnamita ao colonialismo francês e a ocupação dos EU, na libertação argelina, na independência dos países Sul-americanos ou na “descolonização” do Continente africano para não falarmos da 'guerra soviética' contra o nazismo na qual deram suas vidas [27] milhões de cidadãos e cidadãs soviéticos.
No entanto, do ponto de vista político depois de [7] de Outubro “mudou radicalmente” a correlação de forças na qual se desenvolve a luta do povo palestiniano, o regime sionista mostrou suas “entranhas” racistas, coloniais e genocidas como jamais ocorrera antes, seu isolamento e desgaste na opinião pública internacional são “gritante” o Estado de Israel está-se transformando em “pária” da humanidade e por isso, os sionistas choram pelos quatro cantos reclamando cinicamente de anti-semitismo o “velho e conhecido” truque.
Por outro um, por outro lado, nunca a questão palestiniana teve tanta “solidariedade” entre os povos dando vida a maior onda de “mobilização” popular; nos EU e na União Europeia desde a guerra do Vietnam essa “solidariedade” alcança até mesmo boa parte das colectividades judaicas especialmente nos EU “exortando” milhares, milhares de judeus a “romperem” com o sionismo. Repare, eu não estou falando de qualquer judeu cujas as famílias sempre foram anti sionistas, eu estou falando de judeus que foram “educados” no sionismo e que agora “rompem” com essa doutrina macabra. Portanto, mesmo com um sacrifício tão absurdo do ponto de vista humano é claro quê o [7] de Outubro 'alcançou' objectivos relevantes não há razão para pessimismo.
Quais esses objectivos alcançados? “Desmascarar” e “isolar” o regime sionista, “interromper” as negociações de Israel com países árabes que “capitulavam” a hegemonia regional do Estado de Israel, “animar” a mobilização das massas islâmicas no Médio-Oriente, “recolocar” a emancipação palestiniana no centro da agenda mundial, quando essa questão da emancipação palestiniana já 'caminhava' nos últimos [20] anos para o arquivo morto da história.
Cont.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [17] de Novembro, 20[24]