ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Sexta questão. Qual é a 'solução' para “autodeterminação” do povo palestiniano?
É evidente, quê não haverá qualquer 'solução' a esse respeito enquanto existir o regime sionista: não haverá 'solução' de um Estado, de dois Estados, de três Estados ou de cinco Estados é “antagónico” à natureza do regime sionista, um regime racista e colonial é “antagónico” à natureza desse regime a existência de um Estado palestiniano até mesmo a existência de um “mini Estado” ou de um “sub-Estado” é “antagónico” com vem ocorrendo depois dos Acordos de Oslo com o surgimento da Autoridade palestiniana.
Enquanto, não for “desmontado” o regime sionista, 'as leis do apartheid', o carácter judaico do Estado de Israel, ou seja, todas essas regras de “dominação” e “ocupação militar”, enquanto o regime sionista não deixar de existir não haverá 'solução' alguma para o povo palestiniano, não haverá paz no Médio-Oriente e não haverá paz para os judeus que vivem em Israel ou em qualquer canto do mundo. O grande problema é “desmontar” o regime sionista como na África do Sul, o grande problema foi “desmontar” o regime do apartheid e não encontrar uma 'solução' de “conivência” possível entre a África do Sul dos brancos e a África do Sul dos negros, da mesma forma, na Alemanha só foi possível encontrar uma 'solução' com o fim do regime nazista.
Ou seja, sem a “destruição” do regime sionista não haverá 'solução' no Médio-Oriente, no meio do caminho, pode-se encontrar alguma fórmula provisória à 'solução' dos dois Estados num pequeno pedaço de terra, constituição do Estado palestiniano, mas serão todas provisórias que não serão aceitas de maneira 'sustentável' pelo regime sionista como nunca foram aceitos por esse regime basta olhar para história, basta olhar para esses + de [75] anos de “colonização” sionista de carácter institucional, a partir da fundação do Estado de Israel em [15] de Maio de 19[48].
Portanto, esse é o 'debate' que tem que ser feito, o regime sionista tem que 'deixar de existir' para quê possa existir na Palestina um só Estado multiétnico, laico, democrático e…de preferência Socialista é essa a 'solução' possível ali na Palestina, uma 'solução' sustentável, justa e duradoura na qual todas as minorias 'sejam respeitadas'. Repare, vários países já passaram por isso na história, vamo-nos lembrar aqueles que quiserem depois podem 'pesquisar' como foi a constituição da Suíça em 18[48], que também vivia em lutas frontais entre minorias nacionais e minorias religiosas e…se encontrou uma 'solução' confederativa na Suíça que 'permitiu superar' aqueles embates sectários, isso também aconteceu na África do Sul como já me referi ou na Irlanda do Norte.
De facto, o que precisa ser feito é “desmontar” o regime de apartheid para que possa “emergir” e se “consolidar” o caminho que leve a um Estado laico, multiétnico e democrático como aqui eu me referi essa é, uma 'solução' que a meu juízo e essa 'solução' é historicamente proposta pela resistência palestiniana e historicamente proposta por vários intelectuais judeus israelitas, anti sionistas é o caminho para um só Estado, uma Palestina livre do Rio ao Mar. Não é livre dos judeus não caiam nessa [cantilena] do regime sionista e dos seus aliados é livre do apartheid, é livre do regime sionista, uma Palestina livre do Rio ao Mar no qual possam 'conviver' judeus, palestinos, cristão, drusos, ateus “criando” um novo Estado do Levante, um Estado no qual os povos possam “superar” essa situação, porquê acaba a causa desses problemas que é a existência do regime sionista. Mas…eu tenho, + muito, muito cepticismo em a relação à 'solução' dos dois Estados, porquê ela se “tornou inviável” , ela se “tornou impraticável” e…está + que provado quê o Estado de Israel não aceita a existência do Estado palestiniano.
Está + do que “provado” de que o consenso sionista em todas suas alas é na prática 'contrária' ao surgimento de um Estado palestiniano plenamente independente e soberano. Portanto, a 'solução' passa necessariamente pelo fim do regime de apartheid, pelo fim do regime sionista, pelo fim das regras discriminatórias e coloniais sobre as quais se “formou e se consolidou” o Estado de Israel.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [27] de Outubro, 20[24]