ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
A questão que se coloca agora é “perigosa” porquê… cada dia que passa, cada dia que somam as manifestações + pessoas morrem, + “surge descontentamento”, + surge crise financeira e económica, porquê quando há manifestações as lojas não abrem, ninguém trabalha. Logo, se ninguém trabalha não há salários, está tudo leve e…também não há produção: ninguém produz pão, ninguém tira os contentores dos navios para o Porto, ninguém ’distribui’ a mercadoria, o Hospital também fica sem medicamentos, sem profissionais e…o país pode entrar em risco de ruptura grave.
De facto, cada dia que soma em manifestações, lembrado quê essas manifestações começaram no dia [19] de Outubro quando o Advogado/mandatário do Venâncio Mondlane foi morto. As eleições foram no dia [9] de Outubro, dia [21] de Outubro começaram as manifestações. Hoje são [7] de Outubro está aqui há quase um mês de manifestações em Moçambique, cada dia que passa, morre pessoa, cada dia que passa uma Empresa vai à falência, cada dia que passa as pessoas são “despedidas” do serviço, cada dia que passa “aumenta a inflação” ou aumenta o nível dos preços, “aumenta o desemprego”, aumenta o “descontentamento”, aumenta a “expansão” do nome de Moçambique para o resto do mundo com a “divulgação” do que está acontecer no país.
Por exemplo, hoje e agora se… você ligar uma televisão nacional e internacional que fala em francês, em inglês, em alemão, em português, em árabe, em italiano, em russo, em swahily, em shona, em zulú, em lingala… vais ver noticiários falarem de Moçambique, ou seja, quanto + dias “demorarem” essas manifestações + o nome de Moçambique é “ligado a fraude eleitoral” vai ser ’difundida’ para o resto do mundo o que muito “feio” para Moçambique.
Repare, quando as pessoas vão para as ruas, a comunidade internacional começa a questionar, começa a dar razão às famílias é porque algo de errado aconteceu e… que eleições, manifestações algo correu mal.
Agora, eu acho quê a “preocupação” maior aqui deve ser do Governo em “buscar conversar” [compreender] ou “buscar um mínimo” de denominador comum para composição de um Grupo de trabalho para “resolver” isso quanto + rápido possível, porque com o tempo a coisa “piora” ao mesmos quê as famílias se “desgastem completamente”, ficam cansadas sem comida, sem dinheiro e sem água para beber e…'decidem' não ir + às manifestações e assim o Governo se recompõe.
Mas, fica aqui a mágoa, fica aqui a dor quê quando as pessoas começarem a trabalhar e terem dinheiro voltam para a rua para poder “resgatar” aquele sentimento que ficou, esta “solução” tenho dúvida que venha acontecer o + provável é que isso aqui se “acumule”, aconteça cada dia que passa, é + um passo para crise é social, é política, é económica e…sabemos muito bem quê o fim último da “contestação popular” da “desobediência civil” é o derrube do Governo.
Portanto, espero quê não cheguemos até ali, espero que o Governo, Conselho Constitucional e toda oposição em Moçambique tenham coragem de “conversar” e “decidir” se…recontar os resultados, publicar os resultados ou no última caso “realizar” segundas voltas.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [7] de Novembro, 20[24]