Por Afonso Almeida Brandão
Verónica Macamo, uma conhecida figura do Povo Moçambicano — e também uma extremosa “finória” com requintes de uma habilidade fora do comum, de “coração aberto” e sempre pronta a “defender” os seus “adorados” metralhas da FRELIMO, no “poleiro” desde 1975 —, deve ter perdido o juízo nestes últimos dias, quando veio afirmar, um tanto ou quanto surrealisticamente — e em público —, que o “seu” camarada «Daniel Chapo e a FRELIMO reflectiram nestas Eleições Presidenciais DE 2024 — que mais não FORAM, isso sim, UM GOLPE DE TEATRO E UMA FANTOCHADA VEERGONHOSA! — segundo as suas sábias palavras — «A VONTADE DO POVO MOÇAMBICANO» (sic).
Claro que esta Senhora, em nossa modesta opinião, não deve estar lá muito bem da cabeça e que os seus “neurónios” devem andar muito “delirantes” em termos de imaginação. Ou então foi «uma piada» para todos nós rirmos com gosto...
Aqui chegados resta-nos falar do termo “Delulu” que em gíria corrente é geralmente usada para se referir a alguém que está excessivamente iludido ou fantasioso. Ou seja: a palavra é uma combinação de “delusional” (iludido, traduzido para inglês) e “lulu”. Isto é: é um termo que pode (e deve) ser usada para descrever pessoas que têm expectativas irrealistas ou fantasias em relação a suas vidas amorosas, muitas vezes ignorando a realidade. Essa expressão é frequentemente utilizada em contextos de cultura “on-line”.
Moçambique, como tantos outros países sobretudo da CPLP, não está imune ao fenómeno do “delulu” na Política. Enquanto os cidadãos procuram líderes que encarnem ideais e soluções perfeitas, a realidade complexa muitas vezes escapa à narrativa construída. Este artigo propõe uma análise do “delulu” político em solo moçambicano, explorando como as idealizações podem impactar o cenário político Nacional.
Nos bastidores intricados da nossa política moçambicana desenha-se uma narrativa que transcende a realidade, uma coreografia de ilusões conhecida como “delulu” político. Em um País onde as paixões políticas frequentemente se assemelham a um espectáculo teatral, é intrigante explorar como essas fantasias moldam a percepção pública e afectam o cenário político. Neste mergulho mais profundo na dimensão do “delulu” da política “à moda Moçambicana” (convenhamos!) desvendaremos os véus que ocultam as realidades complexas da governança (ou da falta dela como queiram).
A política em Moçambique muitas vezes desenrola-se como uma peça teatral, onde os actores políticos desempenham papéis cuidadosamente predeterminados, fazendo parecer algo que não são, da esquerda à direita. Por trás das cortinas, revela-se a dança intrigante do “delulu”, onde líderes são retratados como heróis imaculados ou vilões intransigentes. Esta simplificação exagerada transforma a arena política em um palco de ilusões, onde a verdade frequentemente cede espaço a narrativas convenientes, ou com verdades marteladas ao sabor e vontade do “delulu-mor” de que a nossa política Verónica Macamo é exemplo flagrante. As redes sociais, com sua capacidade de amplificar vozes e distorcer realidades, tornam-se o cenário ideal para a propagação do “delulu” político. A partilha rápida e superficial de informações contribui para a criação de uma narrativa distorcida, onde nuances são frequentemente substituídas por estereótipos simplistas. Não é, aliás, a primeira vez que escrevemos sobre este assunto, mas adiante.
As consequências do “delulu” político em Moçambique desdobram-se como actos de uma peça tumultuada. A idealização extrema dos líderes políticos frequentemente leva a expectativas inatingíveis, resultando em desilusões profundas por parte do eleitorado. A polarização exacerbada, alimentada pelo “delulu”, cria divisões profundas na Sociedade, prejudicando a capacidade de colaboração para resolver desafios comuns, regra geral com soluções fáceis ou facilitadas. Enfrentar o “delulu” na política moçambicana é um desafio que requer uma análise cuidadosa das dinâmicas em jogo. A educação cívica deve evoluir para além da transmissão de factos, buscando desenvolver o pensamento crítico necessário para discernir entre a retórica política e a realidade subjacente, criar cidadãos que pensam e não cidadãos que debitam aquilo que os professores também debitam. Líderes políticos em Moçambique, por sua vez, precisam transcender os “scripts” pré-estabelecidos. A transparência genuína e uma abordagem mais autêntica podem desmantelar as ilusões criadas pelo “delulu”, proporcionando aos cidadãos uma visão mais clara dos desafios enfrentados por seus representantes. A ascensão de populismos e as manipulações mediáticas: os perigos de eleger “delulus” na Política de que Daniel Chapo é exemplo não deixa de ser um facto a considerar, bem como do actual (ainda) Ministro do Interior, Pascoal Ronda. Duas figuras que não podemos deixar de reconhecer...
A complexidade do “delulu” político entre nós (e sobretudo entre os “metralhas” do Partido da FRELIMO!) é exacerbada pela ascensão de populismos e pelas manipulações mediáticas, especialmente nas redes sociais. E sobretudo pelas “golpadas” que “esta santa gente” tem dado relativamente à FALSIFICAÇÃO de Votos “à boca” das Urnas, ocorridas entre nós, desde 1975. Quem dúvida? O fenómeno populista muitas vezes alimenta-se das fantasias políticas, apresentando líderes carismáticos como salvadores da pátria, enquanto desconsidera a complexidade das questões. Estes mesmos “delulus” que aparecem como salvadores, se formos a ver, são muitas das vezes os desencadeadores dos problemas. E os casos de Verónica Macamo e últimamente do Ministro do Interior, Pascoal Ronda quando afirma que o Candidato às Eleições Presidenciais, Venâncio Mondlane, mais não tem feito do «que atiçar a população para provocar disturbios e criar um clima de instabilidade generalizado»... De bradar aos céus, este tipo de comentários, no mínimo — e que foram proferidos durante uma Conferência de Imprensa, na presença de Órgãos da Comunicação Social Moaçambicanos, representados pelas nossas Televisões, Rádios e Jornais. Por outro lado, como sabemos, as redes sociais, por sua vez, (também) tornam-se ferramentas poderosas para a disseminação de “delulus” políticos. A viralização de informações distorcidas, a criação de bolhas ideológicas e a manipulação de narrativas contribuem para a formação de uma percepção pública deturpada. O risco de eleger líderes políticos baseados em idealizações excessivas torna-se evidente, comprometendo a capacidade do País de enfrentar desafios reais de maneira pragmática.
E o problema está quando estes “delulus” são eleitos. É bom ser candidato, e ser o candidato contra tudo e todos é o melhor e o mais fácil, o problema é quando o sonho se torna realidade e o “delulu” agora tem que cumprir com as suas promessas aumentadas e falaciosas, corre mal para o “delulu”, mas para os restantes “delulus” que o elegeram. Assim aconteceu com os «chuxa-listas» Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusse desde 1975 e agora com Daniel Chapo nestas últimas Eleições realizadas no País, que mais não passaram de “aldrabadas”e “simuladas”; e agora com as declarações de Verónica Macamo e Pascoal Rpnda. Os dois expoentes máximos de “delulus” em Moçambique agora eleitos. A FRELIMO desde que está no Governo pouco melhorou as vidas dos Moçambicanos; contudo, Venâncio Mondlane, através do Partido PODEMOS tem procurado corrigir e cumprir com as suas promessas e compromissos políticos se o deixarem trabalhar.
Em última análise e para finalizarmos, desvendar a trama do “delulu” político em Moçambique exige uma disposição colectiva para enfrentar a realidade. Despir-se das fantasias políticas pode ser desconfortável, mas é essencial para construir uma Sociedade mais informada e engajada. Ao mesmo tempo, é crucial resistir aos perigos emergentes da ascensão de populismos e manipulações mediáticas, reconhecendo a importância de uma participação cívica informada e crítica. O problema é que os militantes da maioria frelimista transformaram-se cada vez mais em ultras de um clube de futebol e onde o jogo ainda não começou e os ultras já dizem que o árbitro está a roubar a sua equipa. Vá lá ser prior de uma Freguesia destas!!!... Este aprofundamento na análise do “delulu” político entre nós não apenas amplia o entendimento sobre como as fantasias impactam a dinâmica política, mas também destaca a urgência de abordar os perigos crescentes associados à manipulação mediática e à ascensão de populismos. Haja Coragem para ANULAR OS RESULTADOS DESTAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS QUE FORAM FORJADAS. E que a UE e os Observadores Internacionais que ainda se encontram presentes em Moçambique, tenham a coragem e a verticalidade de ANULAR ESTAS ELEIÇÕES VERGONHOSAS E ELEGER QUEM DE FACTO VENCEU E ARRECADOU MAIS VOTOS: o político Venâncio Mondlane. Caso contrário, somos de opinião que o passo alternativo é que FOSSEM REALIZADAS NOVAS ELEIÇÕES. A bem do País e do Povo que é soberano.