O candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciaou esta noite (01.11), que vai estar na marcha do dia 7 na cidade de Maputo. “Se tirarem minha vida, vocês já sabem o que fazer”, alertou Mondlane.
Falando numa live na sua página do Facebook, o candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS garantiu que todas as condições estão criadas para regressar à Maputo e juntar-se aos manifestantes.
"No dia 07 de novembro, se me balearem, me envenenarem estou disponível para levar esta missão avante”, disse Mondlane acrescentando que "seja como for se houve eliminação física de Venâncio quando eu chegar ai em Maputo, vocês sabem o que fazer”, disse Mondlane, num claro apelo aos seus simpatizantes para que não abandonem a luta.
Indicou que a concentração na cidade de Maputo será nas principais avenidas da capital moçambicana, nomeadamente, Avenida Eduardo Mondlane, 25 de setembro, Julius Nyerere e 24 de julho.
Apelou ainda aos seus simpatizantes para que sábado e domingo acelerem o passo rumo à grande concentração na cidade de Maputo a quinta-feira da próxima semana.
Mondlane voltou a apelar as forças de defesa que parem de disparar para manifestantes pacíficos. Relembrou ainda que manifestação é um direito constitucional, por isso que a polícia deve se abster de atacar as marchas. "Então, ninguém deve balear a ninguém”, sublinhou.
O candidato presidencial suportado pelo PODEMOS revelou ainda que pretende caso chegue ao poder, introduzir uma lei de amnistia para os crimes económicos e financeiros que possam ter sido cometidos contra o Estado.
"Aqueles que roubaram ao Estado e ao povo vão ter um período para devolver o que roubaram ao Estado e ficam amnistiados”, esclareceu Venâncio Mondlane, para que "não estamos para perseguir ou meter na cadeira ninguém”.
Mondlane terminou o seu discurso agradecendo o apoio que tem recebido de várias partes, principalmente dos angolanos e declarou a sua abertura a apoiar o povo angolano nas próximas eleições, em 2027, "a ter eleições justas, livres e transparentes”. "E tudo que for necessário para quebrar o ciclo de roubo de votos em Angola, nós moçambicanos estaremos disponíveis para ajudar”, prometeu Venâncio Mondlane.
DW – 01.11.2024