Por Guga Macovane
A diferença entre países verdadeiramente democráticos e Moçambique é tão grande quanto a distância entre o céu e o inferno. Enquanto as democracias genuínas prosperam com governos que respeitam os direitos dos cidadãos, Moçambique é gerido não por um partido político, mas por um grupo de mafiosos que, há 49 anos, transformou o país numa empresa privada para seu próprio benefício.
Este cartel político armou bem as forças armadas não para proteger a soberania nacional, mas porque sabia que, mais cedo ou mais tarde, o povo iria acordar. Desde o início, o inimigo número um da Frelimo sempre foi o povo. A estratégia é clara: manter o controlo pelo medo, pela força e pelo silêncio imposto.
Quando se ouve falar do tratamento dado a figuras que desafiam o sistema, como Venâncio Mondlane, percebe-se que o diálogo não é uma opção. O que a Frelimo quer é simplesmente eliminar qualquer um que ouse ameaçar o seu monopólio, tal como já fizeram com tantos outros ao longo das décadas.
Querem entender o que é o partido Frelimo? Basta pesquisar sobre o Cartel de Sinaloa ou o Cartel de Medellín. A resposta que procuram estará lá. A Frelimo não governa; ela gere uma rede criminosa que trata Moçambique como um produto a explorar, independentemente do custo humano.
Um exemplo gritante desta realidade é o que acontece em Cabo Delgado. Sob o pretexto de combater o terrorismo, estão a orquestrar uma limpeza étnica em várias zonas, apoderando-se de terras ao expulsar populações inteiras. A desculpa do terrorismo é apenas um teatro bem ensaiado para encobrir os verdadeiros motivos: garantir o controlo absoluto das terras e os seus recursos.
E o resto do país? Não se engane. O mesmo padrão de abuso e exploração estende-se a outros sectores. Essas forças militares que vemos a reprimir manifestações e a silenciar a oposição não estão ao serviço da pátria amada, mas sim ao serviço do cartel. Muitos deles são apenas peças deste esquema criminoso que se finge de governo.
A maior prova de que Moçambique é uma república das bananas está no mais recente ciclo eleitoral. Como é possível que, em mais de 1.100 distritos, o povo grite contra a fraude e declare não ter votado na Frelimo, mas o partido insista em permanecer no poder como se nada tivesse acontecido?
O povo sabe a verdade. O mundo também. A questão é: até quando Moçambique será refém de um cartel que nem disfarça mais as suas intenções?