Resumo da situação
O Estado Islâmico de Moçambique (EIM) manteve-se ativo em sete distritos de Cabo Delgado durante a última quinzena, embora de forma dispersa e concentrado-se na pilhagem de bens, com apenas uma fatalidade. Em Pemba, no entanto, pelo menos três pessoas morreram em manifestações anti-governamentais que recomeçaram a 4 de Dezembro, no meio a uma agitação generalizada e crescente em todo o país devido a contestação das eleições. Nesta actualização, analisamos esses desenvolvimentos a nível nacional, o seu impacto nas operações de contrainsurgência e as medidas que estão a ser tomadas para resolver a crise. Refletindo a gravidade da crise pós-eleitoral de Moçambique, manifestações violentas eclodiram nos distritos de Metuge, Montepuez e Pemba. Estas ocorreram em resposta ao apelo do candidato presidencial do Podemos, Venâncio Mondlane, por oito dias de protesto, começando a 4 de Dezembro. Protestos e manifestações violentas ocorreram em pelo menos nove províncias de 4 a 6 de Dezembro. Os dados da ACLED indicam pelo menos 25 eventos só no dia 4 de Dezembro, o número mais elevado de eventos de manifestação e protesto em um dia que ACLED registrou para Moçambique. Ao longo dos três dias, foram registradas pelo menos 26 mortes relacionadas às manifestações.
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