Por Francisco Nota Moisés
Tudo isto é bom contra um regime totalitário que segundo a percepção do recém-eleito presidente Donal Trump "quer governar Moçambique à força" e acrescento, eu, cujos dirigentes estão sempre no poder à força desde a sua fundação quando a Frelimo era uma força terrorista contra os portugueses e tornou-se implacavelmente mais terrorista desde 1975 após assumir o poder político quando Portugal decidiu sair de Moçambique.
O vídeo que colocarei ao fim retrata o episódio que acaba de acontecer desta revolução do povo no poder quando a população apedrejou o comandante da polícia que agora se encontra no hospital em condição grave. A população tomou um carro da polícia que se vê a ser conduzido com membros da população em cima dele. Como não ha um único relatador, há muitas vozes a falar do que se passa em português e distantemente alguns que falam em Sena que é língua de Morrumbala.
A dado tempo ha uma mulher que esta aflita ao ver os membros da população apedrejar um policia e grita: "estão a matar um policia. Mamã, mamã.. Não façam isto. Não façam isto." É interessante que haja pessoas que sintam pena desses carrascos que disparam contra a população, matam, roubam, violam e violentam homens, mulheres e crianças e usam gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
O ponto culminante do episódio acontece quando alguns invadem a prisão, um edifício construído pelos portugueses em forma duma fortaleza da idade media e esvaziaram a prisão de todos os prisioneiros. Todos os prisioneiros foram libertos. Minutos depois ouviram-se tiros vindos de dentro da prisão invadida, não se sabendo ao certo quem estava a disparar e contra quem. Aquilo forçou membros da população perto do edifício a correr antes de se ver uma onda de população a dirigir-se lugar ao donde os outros tinham fugido.
Foi então que um dos relatadores disse que as pessoas tinham vandalizado instalações de Frelimo. "Não querem a Frelimo. Não querem mais a Frelimo," enfatizou o relatador antes de mostrar casas vandalizadas, uma do partido Frelimo e a outra a secretaria da Frelimo.
A vila de Morrumbala está na província da Zambézia, próxima da minha de Tete. Um tributário do Zambeze, o Chire separa o Malawi de Moçambique ao norte até onde a fronteira do Malawi termina e dai o Chire separa Tete da Zambézia em Chindio onde o Chire desagua no Zambeze. De Chindio o grande rio marca a fronteira entre a províncias de Sofala e de Zambézia até ao Oceano indico.
Em Outubro de 1986 estive na província de Zambézia nas zonas libertadas da Renamo. O ditador Samora Machel morre no dia 19 e Outubro enquanto em estive alguns quilômetros da vila de Morrumbala, por onde passei três vezes de motorizada. Ninguém vivia na vila, embora estava numa zona libertada, por receio de ataques aéreos inimigos. A população vivia não muito longe da vila.
Vejam,