Por: Rodolfo Macuácua
Que o regime está de cócoras, não tenhamos dúvidas. A FRELIMO perdeu legitimidade, perdeu apoio do povo, está exposta ao ridículo como uma prostituta que de dia vai à Igreja vestida da roupa e perfumes mais requintados enquanto, de noite, dorme no papelão para satisfazer as concupiscências mais profanas de desprezíveis homens.
Temos que entender que a única mentira que sustenta(va) a FRELIMO para nos humilhar, nos perseguir, nos despojar da nossa dignidade, nos considerar moçambicanos de segunda, entre outras formas cruéis de tratamento, está a ruir aos bocados: O MEDO!
A FRELIMO sempre usou o medo para gerir as nossas emoções tal como fazem as mais cruéis ditaduras do Mundo. Primeiro subverteu a história de Moçambique, transformando-se na única força que achava que tinha capacidade intelectual, moral, material de dirigir Moçambique. Construiu a ideia de que não é qualquer pessoa que pode governar fora da sua esfera de influência económica, tribal, regionalista, clubista. Autoproclamaram-se a única seita que dá o beneplácito a quem espera um dia governar.
Definiu o assassinato de quem os contrariasse, como refrão principal da sua música da intolerância, da sua prostituição moral, da sua avidez pelo lucro fácil, do seu descompromisso pelas causas do Povo, da sua paixão desenfreada pela ganância, pela captura do Estado: E foi o que se viu – 50 anos de sofrimento indisfarçável.
Para facilitar o culto esquizofrénico ao seu DNA de falsos libertadores, subverteram o papel das instituições colocando gente manipulável pelo medo: Medo de perder as regalias, medo de tomar decisões que contrariassem os seus deuses de papel, medo de sonhar uma nação livre, justa, harmoniosa. Uma nação de medrosos até para pensar: É só verem a quantidade de inúteis que estão a nos governar desde Ministros até simples director de escola primárias que chegam a estes cargos por via de confiança política.
Para apimentar o seu compromisso indissociável à criação e gestão de medo, pariram nos últimos anos, os esquadrões da morte, um grupo de cães rafeiros cuja missão se consubstancia entre gerar medo e tirar vida das suas vítimas, dependendo do quanto se sintam donos desse direito. Foram muitos que tombaram nas mãos destes grupos, sendo as vítimas recentes, os manos Elvino e Guambe, bem como centenas de jovens das últimas manifestações.
Crescemos assim, absorvemos também cada bala que matou um nosso compatriota, pois, ao mesmo tempo que o silenciava, matava o nosso medo. A maioria dos nossos heróis contemporâneos estão mortos fisicamente, mas em cada perda de suspiro que as vossas armas lhes impunham, nos preparavam para aprendermos que a única forma de vos vencermos, é vencermos a nós mesmos, vencendo o vírus do medo que vocês tem colocado a cada minuto nas nossas vidas.
O mano Azagaia descobriu há muito tempo esta vossa macabra tática. Por isso, as últimas mensagens musicais deste herói foram para desconstruir o vosso castelo de mentiras e nos fez recordar a importância de tudo fazermos para não deixar o medo nos governar.
Por isso meus irmãos, não tenhamos medo! Lutar por Moçambique é um direito geracional do qual não devemos abdicar sobre o risco de sermos vilões da responsabilidade que o destino ousou nos conceder nas entranhas da existência. O momento é agora!