ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, nós vamos conversar sobre essa história [provocação] do Presidente Vládimir Putin “propor” um duelo entre o míssil Oreshnik e o Sistema Aegis Ashore dos Estados Unidos [EU].
O quê acontece é o seguinte: o discurso de fim de ano quê o Presidente Putin faz para Rússia que durou quatro horas, ele falou em “tom de brincadeira” quê proporia um duelo entre o míssil Oreshnik e o Sistema Aegis Ashore que é um Sistema de defesa aéreo que os EU tem “instalado” na Roménia e que a Ucrânia queria muito.
Bom…é lógico que ele falou em “tom de brincadeira”, mas a imprensa imperialista por “falta de matéria” ela levou isso e colocou como se fosse uma coisa séria. Mas, agente tem que lembrar que o Sistema Aegis Ashore já tem um bom tempo de uso, por isso, têm muitas “vulnerabilidades” das quais os russos devem ter ciência, contudo ninguém vai topar uma ideia “estapafúrdia” dessa de fazer um duelo isso está fora de cogitação.
Mas, conforme eu disse o que + têm é jornalista “sem matéria” eles colocam essa coisa como se fosse um “principal facto” do dia quando tem muita coisa importante acontecendo. Mas, se vocês me dão licença, deixe-me eu explicar umas coisas importantes para voces: o Sitema Oreshnik da Rússia não 'mudou' a guerra, eu falo sempre quê o grande «game changer» dessa guerra foi Industria Militar da Rússia, o resto é muito bom para vender Jornal e essa coisa toda, mas não é o Oreshnik que vai 'mudar' efectivamente o Campo de batalha, até porquê agente não sabe quantos exemplares a Rússia tem, pode ser que só tinha aquele; ninguém sabe é uma verdade.
Agente precisa lembrar que quando os EU “lançam” as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki, eles que tinham + uma so,nem sei se tinham + uma, porquê só tinham aquelas duas. Então, o problema dessas armas novas é isso que, “pelo preço” ser muito alto e por ainda estar em carácter experimental as vezes um país tem poucos exemplares, logo fica muito difícil você fazer um ataque em escala, não quê, a Rússia não possa ter existe a possibilidade dela ter vários mísseis em stock.
Mas, eu não acho que é isso que ‘mudaria’ o cenário da guerra na Ucrânia, acho quê o que 'mudaria' agora no momento seria “um avanço” + rápido da Rússia, eles estão fazendo “diversos avanços”, mas um avanço + rápido que deixasse a Ucrânia numa situação bastante difícil e convencesse + o imperialismo da impossibilidade dos ucranianos de vencerem essa guerra. Isso já foi convencido efectivamente, eles já estão convencidos, quer dizer, o imperialismo já está convencido quê a Ucrânia tem pouca chance, mas… o regime fantoche do Zelensky ainda dá sinais de vida, regime esse quê “vamos ser sincero”, já não tem muita moral em virtude de não fazer eleições e etc ou a imprensa imperialista “vai passar o pano” vai dizer; “que não… porque ele não pode fazer eleições porque está em guerra etc., etc.,” , mas a Rússia fez! Ai… vão dizer quê as eleições na Rússia não são legítimas, mas a Ucrânia nem tem eleições, mas… as da Rússia que não são legítimas aquelas coisas de sempre.
Agora, deslegitimaram e cancelaram as eleições da Roménia, estão deslegitimando da Geórgia também, eles querem “vender” a ideia que o General russo que foi assassinado, o Igor Kirilov quê ele seria o “criminosos de guerra”, ou seja, eles vão na base da propaganda, mas… é muito difícil porquê dado a quantidade de notícias que circula mundo lá fora, as pessoas começam a perceber o “negócio”, por exemplo: a Rússia invadiu a Ucrânia? Não tem dúvida, invadiu! Mas… Israel também invadiu a Síria. Israel, a Turquia e EU invadiram a Síria e ninguém fala nada!
Quer dizer, agente não pode ter duplo padrão, [dois pesos e duas medidas] são “invasões” da mesma forma, pessoas estão morrendo um “acto ilegítimo” estão tomando terras prejudicando as pessoas, então se isso vale para a Rússia, tem que valer para Israel, tem que valer para os EU, tem que vale para Turquia e…por ai vai. Se vale para invasão da Ucrânia também tem que valer para invasão da Síria e ninguém parece “muito preocupado” com isso.
Então, esse é o quadro que agente tem no momento, estamos indo terminando o terceiro ano de guerra, não duvido que essa guerra entre no seu quarto ano, que dia [24] de Fevereiro agora do ano que vem que falta praticamente dois meses que ela entre no seu quarto ano, é uma possibilidade muito grande e ai vamos ver como é que as coisas vão ficar.
Se “espera” muito do Donald Trump que ele vai vir com “soluções miraculosas”, mas o quadro não está indicando isso, agente não vê “optimismo” nos dois lados, a Ucrânia dificilmente o Trump vai conseguir manter o ímpeto da ajuda do Biden, até porque é uma “promessa” de Campanha dele; a Europa agente sabe a situação está quase falida. Por isso, eu acho pouco complicado ou pouco provável quê essa guerra tenha um “desfecho” favorável para Ucrânia, lógico se os EU colocarem + dinheiro ali para tentar 'obter' uma negociação vantajosa, mas… não sei se o Trump vai nessa direcção e, se ele não for nessa direcção e, se ele for tentar ir nessa direcção de ajudar a Ucrânia, eu não sei como é que as coisas vão se “comportar” a nível do Congresso.
Muitas são as variáveis nessa “brincadeira” toda, mas eu acho quê de tudo isso, de tudo que nós falamos aqui nós temos uma certeza: acho que nós não vamos ver esse duelo do Oreshnik versus Aegis Ashore pelo menos não voluntariamente. Mas, agente precisa colocar uma coisa, o imperialismo marcou uma vitória chamada Síria, embora o pessoal queira negar, a Síria “desarticulou” a estratégia do Irão, salvou Israel e… deixou a Rússia numa “situação crítica” no Médio-Oriente.
Portanto, pode-se dizer quê foi uma grande vitória do imperialismo e não tenho dúvida a respeito disso, acho quê foi uma das manobras geopolíticas + brilhantes da história da humanidade vamos ver como é que as coisas vão ficar daqui para frente o + provável é que agente continue com uma Síria fracturada, a Síria sendo “joguete” dos EU, Israel e Turquia. O Irão acho que está fora dessa jogada e agora agente começa também se 'preocupar' com Iraque, pode ser que a situação do Iraque se torne bastante complicada e não vai ter Oreshnik que resolve isso.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [20] de Dezembro, 20[24]