Um grupo de agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) cercou no princípio desta tarde a residência do presidente da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel. O grupo permaneceu no local até cerca das 15h00.
Manecas Daniel está em parte incerta, depois de constantes ameaças, incluindo de morte, por indivíduos que se identificam como membros da UIR, uma unidade da Polícia da República de Moçambique (PRM), usada para fazer o serviço sujo do regime, como seja o assassinato de vozes criticas à governação, como aconteceu com o assassinato do activista Anastácio Matavel.
Quando os referidos agentes, também conhecidos como esquadrões da morte, tomaram conhecimento do desaparecimento de Manecas Daniel, começaram a ameaçar a família que está, neste momento, em pânico.
Na noite de 22 de Novembro, a irmã de Manecas Daniel foi sequestrada para forçá-la a revelar o paradeiro do irmão. No mesmo dia, homens fortemente armados, com rostos cobertos e vestindo trajes civis, mas identificados como membros da UIR, invadiram a casa de Manecas Daniel, interrogaram a mulher dele e confiscaram todos os telemóveis.
A CAD é a coligação que viu a sua candidatura chumbada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e pelo Conselho Constitucional (CC), quando os dois órgãos se aperceberam que seria a plataforma que iria suportar a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidência da República. Mesmo depois do chumbo da candidatura, a CAD e Manecas Daniel continuaram a apoiar Venâncio Mondlane.
A família de Manecas Daniel está em pânico depois do cerco desta tarde.
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